Fanfic: Trabalho ou prazer - Adaptada - vondy

Marmiranda (bem-vinda, Mah) e Nita (no hay de que)!!!

Obrigada pelos coments.

CAPÍTULO DOIS

Dois dias inteiros e nada.

De copo na mão e vestindo um baby-doll amarelo, Dulce fechou a porta da geladeira,

endireitou o turbante de toalha, depois saiu da cozinha arrastando as pan-tufas de coelhinho.

Antes de relaxar num banho perfumado com lavanda, esboçara várias idéias para a campanha do

Hits. Próximo passo? Colar uma nova afirmação no seu blog pessoal.

Tempos duros não duram. Mulheres duras, sim.

Ontem, Christopher comentou que a procuraria mais tarde para falar da promoção. Só que não o

fez. Nem hoje, apesar de cumprimentá-la de longe quando passaram pelo corredor essa tarde.

— Vá para casa, Dulce— disse Christopher, sem ser rude, embora sem soar muito positivo,

tampouco.— Não precisa ficar aqui até tarde.

Depois, ele entrou no escritório da arrogante, mas, verdade seja dita, atraente Rachel

Bragg e fechou a porta.

Com as dúvidas remoendo no cérebro, Dulce bebericou o vinho Chardonnay, adoçado com

refrigerante sabor cereja, e afundou no sofá com capa de algodão.

Será que a promoção fora um delírio? Quando começaram os fogos de artifício? E ela não

se referia ao tipo que explodiu ontem, com efeitos pirotécnicos especiais, quando a imaginação

enlouqueceu no escritório do sr. Uckermann— Christopher. Quando ficou tão abobalhada que chegara a

acreditar que o chefe sentia atração por ela. Que Christopher queria relaxar, e não com aviões de

papel.

Christopher queria relaxar com ela.

Contudo, Christopher era tão maduro, cosmopolita, sofisticado e rico, enquanto ela era...

Dulce suspirou e tomou outro gole.

Mas ela não recuaria e protelaria a pergunta sobre a promoção para sempre. Confrontaria

Christopher a respeito logo cedo pela manhã.

Definitivamente, até o meio-dia.

Perto do laptop, na mesinha-de-centro, o celular tocou e Dulce atendeu.

— Dulce...— a voz masculina do outro lado da linha soou estranhamente nítida— ...o que vai

fazer no final da noite?

O coração disparou. "Christopher! Agora?", estaria ouvindo bem. Acima da pia da cozinha, o

relógio em forma de gato preto, com olhos que tiquetaqueavam, anunciava 19h.

— O que vou fazer esta noite? Nada de especial. Por quê?

— Explico quando chegar aí.

— Aí onde?

— No seu apartamento: Peguei o endereço no seu arquivo pessoal. Já estou estacionando

aqui fora.

Quê?

Ao correr para a janela, Dulce quase tropeçou nas pantufas de coelhinho.

Apesar do sol já ter se posto atrás da praia de Manly, os turistas continuavam tirando

fotos no calçadão orlado de pinheiros, enquanto os casais empurravam carrinhos de bebê e os

corredores se acotovelavam na pista de pedestres. Logo abaixo, uma Mercedes preta último

tipo parou na calçada. Dulce prendeu o fôlego quando Christopher desceu do carro, com o celular

grudado no ouvido.

Olhando para cima, ele protegeu os olhos da iluminação da rua, que se infiltrava através das

folhagens das palmeiras, balançadas pela brisa do Oceano Pacífico.

— É você?— acenou Christopher.— Número 24, certo? Dulce não conseguiu responder. Mal

conseguia pensar. Era assim que um pobre canguru encurralado pelos faróis devia se sentir...

grudado no chão, paralisado de medo.

Christopher estava todo vestido de preto. E ela vestia... lingerie de criança.

— Dulce? Você está aí?

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Bjix da Naty