Fanfic: História de um Grande Amor - adaptada. (vondy) | Tema: Rebelde

— Ucker? — chamou-o novamente, procurando tirá-lo do devaneio.

— Muito... — ele falou como se acabasse de entender o inacreditável.

— Muito o quê?

— A senhorita... você é muito sedutora. — Ucker sacudiu a cabeça, procurando afastar-se do encanto que, de alguma forma o atingira.

Dulce suspirou.

— Por favor, não minta para poupar meus sentimentos. Isso é um insulto à minha inteligência, sei que não tenho esse poder de sedução.

— Não estou mentindo. — enfatizou ele, parecendo sur­preso.

— Bem, então... obrigada — ela observou, sem graça, mor­dendo o lábio inferior.

— Em geral meus elogios são aceitos como sinceros.

— Tenho certeza disso.

— Então, por que de repente tive a impressão de ser acu­sado de falsidade?

Dulce abriu muito os olhos e duvidou que houvesse falado com tanta frieza.

— Não sei do que está falando. — Por um momento, teve a impressão de que Ucker continuaria a questioná-la, mas, em seguida, ele se arrependeu, segurou as rédeas e sorriu.

— Vamos?

       Continuaram o trajeto por alguns minutos e, sempre que possível, Dulce o fitava de relance, e encontrava uma ex­pressão tranqüila e indecifrável. O que não deixava de ser irritante, uma vez que suas idéias se encontravam num ver­dadeiro redemoinho. Se Ucker não a desejava, por que a tinha beijado? Qual fora o objetivo? Então...

— Por que me beijou, Ucker?

      Ele engasgou, surpreso com o tom intempestuoso da per­gunta. Os cavalos diminuíram a marcha, sentindo a falta de atenção do condutor. Pela aflição demonstrada, Dulce concluiu que ele não encontraria nenhuma maneira benévola de responder.

— Esqueça o que eu perguntei. Não importa — ela disse, embora não tivesse se arrependido da pergunta.

Afinal, não tinha nada a perder. Por certo, ele não zom­baria nem espalharia boatos a seu respeito. Ficou apenas constrangida pelo momento que não poderia ser comparado com o da noite anterior, portanto...

— A culpa foi toda minha — Ucker afirmou. — E você teve a infelicidade de estar ao meu lado.

    Dulce notou a desolação nos olhos castanhos cor de mel exposto ao sol que refletia por entre a janela do cabriolé e apoiou a mão no braço musculoso.

— Ter raiva de sua esposa não é nenhum absurdo. Ucker não se deu o trabalho de fingir que ignorava do que Dulce estava falando.

— Alice está morta.

— Isso não apaga a verdade de ela ter sido uma pessoa terrível enquanto viva.

Ele a fitou com curiosidade e desatou a rir.

— Ah, admiro-me com a sua capacidade de dizer coisas abomináveis como se fossem normais.

— Agora eu realmente tomarei à afirmativa como um cumprimento. — Dulce sorriu.

— Terei de me lembrar de jamais permitir que ocupe o posto de professora na escola dominical.

— Pois não terá de se preocupar com isso. As virtudes cristãs não estão muito arraigadas no meu coração.

— É mesmo? — Ucker divertiu-se.

— Ainda guardo ressentimento contra Belinda Bennet.

— Quem é ela?

— A menina desagradável que me chamou de feia no dé­cimo primeiro aniversário de Anahí e Javier.

— Deus do céu! Há quantos anos foi isso? Não posso esquecer-me de saber que agora você não é a feia a qual Belinda se referia. Falou inocentemente.

     Ela franziu o cenho. Seria mais uma ofensa dele diante daquela conversa?

     Percebendo o que falara tentou novamente corrigir-se.

─ Perdão! Digo, sabes que eu não te achara feia, naquela mesma noite te disse que se tornaria tão bela quanto a sua inteligência. Ó céus! Ele lembrava! Ela não deixou de sorrir.

─ Também não posso esquecer-me de nunca a contrariar.

Dulce arqueou uma sobrancelha.

— É bom mesmo que não o faça.

— Devo confessar, minha querida, que notei uma grande lacuna em relação à sua natureza caritativa.

Ela deu de ombros, admirada pela facilidade com que Ucker conseguia deixá-la despreocupada e feliz em tão pouco tempo.

— Não diga nada à sua mãe. Ela me acha uma santa.

— Comparada com Anahí, tenho certeza de que é.

— Por favor, nada diga contra minha amiga querida. Sou inteiramente devotada a ela.

— Fiel como um cão, se me permite uma comparação nada agradável.

— Não faz mal, adoro cães.

      E o assunto não pôde ser concluído, uma vez que a viagem havia terminado. E o pior foi que a última frase dita poderia direcioná-lo a lembrar dela toda vez em que pensasse em cachorros. Ucker ajudou-a a descer e espiou o céu, que co­meçava a escurecer.

— Se não se incomodar, não a acompanharei até a entrada — ele murmurou.

     Uma das grandes qualidades de Dulce era ser muito prática. Seria uma tolice exigir companhia sob a garoa, uma vez que podia perfeitamente caminhar até a porta de sua própria casa.

— Claro que não.

— Boa sorte — ele desejou, subindo no cabriolé.

— Com quê?

— Com Londres, com a vida... — Ucker deu de ombros. — Com qualquer coisa que deseje.

Dulce sorriu com tristeza. Se ele ao menos soubesse qual era o seu maior desejo...

Meninas e meninos muito obrigada pelos lindos comentários, isso me faz querer postar mais e mais. :D

Sejam bem-vindos: maarckos (marido *-*); peruegas; candyta; maby; dulyuckervondy. Gostaria que vocês me dissessem seus nomes seria melhor pra eu chamar vocês (:

Tem também os leitores que favoritaram que lêm e eu ainda não dei boas vindas que são: dheelhauptmann; lovecandy; dehwinchester; drika; karine; allissa; marmiranda; anyevondy; dulceforever.

Sejam todos bem-vindos *---* espero começar novas amizades aqui :) e peruegas o livro é lindo sim, e que bom que gostou adaptado como vondy .

COMENTEM!! Postarei mais tarde.