Fanfics Brasil - Capítulo IV (parte IV). História de um Grande Amor - adaptada. (vondy)

Fanfic: História de um Grande Amor - adaptada. (vondy) | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo IV (parte IV).

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Continuação...


     Ucker acordou na manhã seguinte com uma forte dor de cabeça que nada tinha a ver com a bebida. O achar que seria mais fácil de ser curado se tivesse sido causado pelo conhaque.


Dulce.


     Não conseguia atinar com nenhum pensamento coerente em relação ao que ocorrera na noite anterior. Só havia uma certeza: nenhum dos dois raciocinara em absoluto.


     Não apenas a tinha beijado, mas por pouco não a submeterá às próprias ânsias. E ainda por cima, seria difícil ima­ginar que existisse na Inglaterra uma mulher que merecesse mais sua consideração do que Dulce Savinón.


     Ele ainda haveria de pagar por esse pecado. Se fosse um homem honrado de verdade, deveria pedi-la em casamento. Qualquer outra perderia a reputação por muito menos que isso.


     No entanto não houvera testemunhas, o inconsciente lhe soprava.   Apenas os dois sabiam do ocorrido, e Dulce não diria nada a ninguém, não era do tipo de espalhar notícias.


     Porém estava convencido de ser um aproveitador. Alice se encarregara de matar qualquer sentimento bom, que por­ventura pudesse ter sobrevivido após um casamento tão desgastante. E como ainda lhe restava um pouco de juízo, dali por diante, evitaria qualquer aproximação maior com Dulce.


      Um erro era compreensível; dois seria a ruína; e três...


      O fundamental dali para à frente seria não ficar mais sozinho com ela. Quanto mais longe, mais distante estaria da tentação de tocá-la, e o tempo os ajudaria a esquecer o encontro ilícito.


      Quem sabe ela logo encontrasse alguém disposto a amá-la de verdade. No entanto, imaginá-la nos braços de outro ho­mem causou-lhe um desconforto inesperado. Imaginou que a repulsa devia-se ao fato de estar cansado e por tê-la beijado havia pouco mais de seis horas e...


       Poderia existir uma centena de razões diferentes, nenhu­ma delas importante o suficiente para ser examinada. O es­sencial era se afastar, retomar a idéia inicial de não passar muito tempo em Londres e ir para o campo.


       Abriu os olhos e gemeu. Começava a desconfiar que per­dera o autocontrole. Dulce era uma moça inexperiente, com vinte anos recém-completados; bem diferente de Alice, que era versada na arte da conquista e a usava sempre em benefício próprio.


      No entanto, por mais que Dulce fosse tentadora, ele tinha de ser homem suficiente para afastá-la de seus pen­samentos. Enquanto operava mudanças em sua vida, talvez fosse melhor olhar com mais  atenção para as mulheres da sociedade. Havia muitas viúvas jovens e discretas que o re­ceberiam de boa vontade. Era do que precisava.  Estava mui­to tempo sem companhia feminina. Nada melhor que uma mulher para esquecer outra.


 


Ucker está de mudança. Anahí veio com a novidade.


O quê? Dulce assustou-se. Por pura sorte não derrubou o precioso vaso antigo de porcelana, onde arruma­va um buquê de flores.


Aliás, ele já foi embora. Seu criado pessoal está arru­mando os pertences que ficaram para trás.


     Dulce inspirou fundo várias vezes, tentando acalmar-se, e somente falou quando teve certeza de que a voz não tremeria.


Seu irmão vai sair de Londres?


Creio que não. A amiga largou-se numa poltrona e bocejou.     Se bem que não pretende ficar por muito tempo em Londres mesmo, por isso alugou um quarto de hotel.


     Ela lutou contra a horrível idéia que lhe apertava o cora­ção.   Então, ele alugara um espaço para morar com a intenção óbvia de se afastar. Seria humilhante se não fosse tão triste. Ou talvez fossem as duas coisas.


Acho que será melhor assim Anahí continuou, sem perceber o desgosto da amiga. Para que continuar por aqui se afirmou que jamais tornaria a casar-se...


Você ouviu essa afirmação? perguntou Dulce, sen­tindo um frio na espinha.


    Como não havia entendido o óbvio quando o ouvira dizer que não estava procurando uma esposa?


Ah, sim. Foi o que declarou no outro dia e com muita firmeza. Pensei que mamãe fosse ter um ataque por causa disso. Na verdade, por pouco não desmaiou.,


Verdade?


Bem, não. Mas se não fosse uma pessoa tão controlada, era isso o que teria acontecido.


     Em geral Dulce divertia-se com os exageros da amiga, mas naquela altura gostaria de poder fazê-la calar a boca.


De qualquer forma, apesar de ele ter dito que não se casaria novamente, acredito que vai reconsiderar a decisão. É preciso dar tempo ao tempo.


    Dulce esforçou-se para sorrir, embora soubesse que o resultado não seria convincente. Estava chocada com a no­tícia e rezava para não deixar transparecer.


Afinal, ele precisa casar de novo Anahí continuou tagarelando, indiferente ao sofrimento da amiga. E com certeza, não encontrará uma esposa enquanto estiver mo­rando aqui. Deus Pai, como ele poderia cortejar uma mulher na companhia dos pais e de duas irmãs mais novas?


Duas?


Claro. Todos consideram você a segunda irmã. Ucker, portanto, não poderia comportar-se como gostaria, estando na nossa presença.


    Agora já não sabia mais se deveria rir ou chorar. Por sorte a amiga estava de olhos fechados, caso contrário teria per­cebido sua indecisão.


Mesmo que ele não decida casar-se tão cedo, haverá de procurar uma amante. Isso o fará esquecer Alice. E morando aqui, como poderia ter uma amante? Anahí abriu os olhos e apoiou-se nos cotovelos. Portanto acho que foi melhor assim. Concorda comigo?


    Dulce anuiu com um gesto de cabeça. Se tentasse falar, com certeza não conteria as lágrimas.


 



19 de junho de 1819,


     Ucker partiu há uma semana e eu continuo amar­gurada.


Eu poderia perdoá-lo se apenas tivesse se mudado. Mas ele não voltou a me procurar!


     Não veio me visitar, nem ao menos mandou uma carta. Embora eu tenha escutado boatos sobre sua pre­sença em eventos sociais, Ucker parece me evitar. Não comparece às mesmas festas ou aos mesmos lugares aonde tenho ido. Uma vez pensei tê-lo visto, mas não tive certeza.


 


Que traje pensa vestir esta noite para o baile dos Padilhas? Anahí indagou ao adoçar o chá.


Esta noite? Dulce sentiu um aperto no coração. Ucker prometera uma dança naquele baile e certamente não faltaria com a palavra. Precisava dar um jeito de fazê-lo comparecer.


Usarei o vestido de seda verde informou Anahí. A menos que pretenda usar o seu da mesma cor que, aliás, lhe fica muito bem.


Acha mesmo? perguntou. De repente pareceu impe­rativo que se apresentasse da melhor maneira possível.


Mas decida logo, pois nós duas não podemos usar ves­tidos parecidos.


O que me aconselha? Apesar de seu bom gosto, a amiga era especialista no assunto.


    Anahí inclinou a cabeça de lado, avaliando-a.


Acredito que uma cor discreta ficaria muito bem com o seu tom de pele e cabelos, mas mamãe acha que ainda somos muito novas para isso. Talvez... Ela deu um pulo, pegou uma almofada verde-musgo de uma poltrona e a pôs sob o queixo de Dulce. Hum...


Está planejando mudar o meu estilo?


Segure isto ordenou, afastando-se alguns passos pa­ra avaliar melhor a idéia que acabara de ter. Isso mesmo, perfeito.


Terei de usar uma almofada? indagou, divertida.


Nada disso. Usará o meu vestido de seda verde, que é exatamente dessa mesma cor. Pediremos para Lola estrei­tá-lo hoje mesmo.


Mas o que pretende vestir?


Ah, qualquer coisa. Anahí fez um gesto vago com a mão. Talvez um rosa. Os homens parecem ficar malucos com essa cor. Já me disseram que fico parecendo um doce.


E não se importa de ser comparada a um confeito?


Não me incomodo nem um pouco. Isso me deixa em posição vantajosa. Em geral é um benefício ser subestimada. Mas você... precisa de algo mais sutil e sofisticado.


     Dulce terminou de tomar o chá e levantou-se, alisando a musselina da túnica simples que usava em casa.


Vou experimentar o vestido agora. Assim Lola terá tempo de fazer as alterações necessárias.


     Além disso, teria de cuidar de uma correspondência especial.


 




 


 


 


 


Leitores e Leitoras lindas do meu coração peço mil perdões pela demora mas prometo recompensá-los.


Paty eu não sou má, rumm. =|       *-*


 


 


 


 



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Autor(a): LorenaLemos

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Enquanto apertava a gravata, Ucker descobriu que a quantidade de impropérios que tinha em seu vocabulário era muito maior do que imaginava. Já havia usado ao menos uma centena de expressões de baixo calão desde que recebera a famigerada mensagem de Dulce durante a tarde. Mais do que tudo, tinha amaldiçoado a si próprio e qualq ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4110



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  • stellabarcelos Postado em 18/04/2016 - 02:24:20

    Apaixonada por essa história! Amor lindo e puro! Amei

  • alwaysvondy Postado em 15/07/2013 - 14:36:10

    omG q web perfeita...amei demais o final<3

  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

    2ª vez que estou lendo essa web, ela é tão linda, tão encantadora.... que no final não sei se choro que emoção pela história ou por ela ter terminado. Ela é PERFEITA!!

  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26

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