Fanfics Brasil - Capítulo IV (parte V). História de um Grande Amor - adaptada. (vondy)

Fanfic: História de um Grande Amor - adaptada. (vondy) | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo IV (parte V).

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Enquanto apertava a gravata, Ucker descobriu que a quantidade de impropérios que tinha em seu vocabulário era muito maior do que imaginava. Já havia usado ao menos uma centena de expressões de baixo calão desde que recebera a famigerada mensagem de Dulce durante a tarde. Mais do que tudo, tinha amaldiçoado a si próprio e qualquer resto de honra que lhe sobrara.


      Ir ao baile dos Padilhas era uma rematada tolice, a maior de todas que poderia cometer. Mas não poderia faltar à promessa que fizera.


      E com certeza era o que menos lhe convinha no momento.


      Releu a mensagem uma vez mais. Havia prometido dan­çar com ela se houvesse falta de parceiros? Bem, esse não seria o problema.    Daria um jeito para que não faltassem pares para dançar, e ela ainda seria coroada como a bela da noite.


      Ucker supôs que, na obrigação de comparecer ao malfa­dado baile, poderia aproveitar para conhecer as viúvas descomprometidas. Se tivesse sorte, Dulce entenderia a quem ele planejava devotar-se, e trataria de procurar outro cavalheiro.


      Estremeceu, não queria aborrecê-la. Afinal, nutria por ela uma ternura única, que tampouco saberia explicar se lhe questionassem.


      Sacudiu a cabeça. Estava decidido a não fazê-la sofrer, ao menos, não muito. Além disso, fazia tudo isso por ela, a bel­dade do baile, lembrou a si mesmo enquanto entrava na car­ruagem e se preparava para uma noite das mais difíceis.


  


    Anahí viu Ucker no momento em que ele entrou.


Veja! exclamou, cutucando Dulce com o cotovelo. Meu irmão está ali.


Está? perguntou, rezando para não demonstrar a ansiedade.


Sim, olhe. Não o vejo há séculos. Por acaso o tem visto em algum lugar?


    Dulce meneou a cabeça em negativa e esticou o pescoço para ver melhor.


Ele está ali, falando com Dunas Abeto Anahí infor­mou-a. Não é difícil imaginar sobre o que estão conver­sando. O Sr. Abeto é político.


Verdade?


É, sim. Eu adoraria dar uma palavra com meu irmão, mas não tenho o menor interesse em discutir política.


    Dulce não chegou a concordar e Anahí franziu o cenho de novo.


Agora ele está conversando com lorde Padilhas! exclamou, irritada.


Querida, os homens têm liberdade de trocar idéias com quem lhes aprouver. Tentou aplacar a intensidade da ami­ga e escondendo a própria exasperação por ele ainda não ter se aproximado de onde estavam.


Sei disso, mas é ultrajante não ter vindo nos cumpri­mentar primeiro. Somos a sua família.


Pelo menos... você é.


Não seja tola. Você também faz parte da família retorquiu Anahí. Onde já se viu uma coisa dessas? Ele está indo para o lado oposto ao nosso.


Não conheço o cavalheiro com quem está conversando agora Dulce comentou.


É o duque de Antunes. Muito bonito, não acha? Pen­sei que estivesse no exterior em férias com a esposa. Pelo que sei, são muito devotados um ao outro.


    Dulce achou um sinal positivo que pelo menos um casal da nobreza fosse feliz.


Perdão, lady Anahí, creio que esta é a minha vez de dançar com a senhorita.


Anahí e Dulce olharam para cima e depararam com um rapaz atraente cujo nome não se lembraram.


Ah, sim Anahí sorriu. Tolice a minha ter-me es­quecido.


Vou buscar uma limonada. Dulce sabia que a amiga não gostava de deixá-la sozinha quando saía para dançar.


     Aproximando-se de um criado que servia refrescos, notou que, como de costume, seu cartão fora preenchido apenas até a metade. E onde estava Ucker, que prometera dançar se lhe faltassem parceiros?     Que homem detestável! De certa forma, seria bom se pudesse encará-lo de maneira menos principesca, assim sofreria bem menos.        Dulce tomou um gole de limonada e sentiu que a seguravam pelo cotovelo. Virou-se e ficou desapontada. Não era Ucker, mas sim um cavalheiro cuja fisionomia não lhe era estranha.


Srta. Savinón?


    Ela anuiu com um sinal de cabeça.


Poderia conceder-me o prazer desta dança?


Sim, claro, mas nós não fomos apresentados.


Perdoe-me. Sou lorde Padilhas.


    Não seria o mesmo que conversava com Ucker pouco an­tes? Ela sorriu, apesar de intrigada. Não acreditava muito em coincidências.


    Lorde Padilhas era um excelente dançarino e os dois rodopiaram com graça pela pista. A música terminou, ele fez uma elegante mesura e levou-a até a lateral do salão.


Obrigada pela companhia lorde Padilha. falou Dulce com cortesia.


Sou eu quem deve agradecer, Srta. Savinón. Espero poder repetir o prazer em breve.


    Lorde Padilhas deixou-a longe da mesa de refrescos. E naquele momento estava com muita sede, ao contrário de antes, quando só pretendera deixar Anahí à vontade.


    Dulce suspirou e pensou na multidão que teria de en­frentar para chegar ao outro lado do salão. No entanto, não chegou a dar dois passos, quando um cavalheiro de muito boa aparência parou à sua frente. Era o Sr. Abeto, o que se dedicava à política.


    Em segundos, Dulce estava de volta à pista e, dessa vez, irritada.


    Não poderia culpar os parceiros. Se Ucker havia decidido subornar homens para dançar com ela, pelo menos tivera bom gosto na escolha. Eram bonitos e bem-educados. Mas quando o Sr. Abeto conduziu-a para fora da pista, viu o duque de Antunes se aproximando e fez uma retirada estratégica.


    Por acaso Ucker imaginava que ela não tinha orgulho para agradecer aos parceiros que se viam obrigados a tirá-la para dançar?    Que situação humilhante! Pior ainda era saber que ele estava empregando aquele expediente para não pre­cisar dançar. Seus olhos se encheram de lágrimas, e, apavo­rada de que a vissem chorando, apressou-se até um corredor deserto.


     Encostou-se na parede e respirou fundo. Sentir-se rejei­tada pelo homem amado talvez doesse mais do que uma punhalada ou talvez um tiro, e direto no coração.


     Bem diferente de quando ainda a considerava uma meni­na. Pelo menos, na época, ela se consolava refletindo que Ucker não sabia o que estava perdendo. Mas agora ele des­cobrira e não se importava.


     Embora sua vontade fosse ficar ali a noite inteira, sabia que precisava voltar e enfrentar a festa. Para ganhar um pouco mais de tempo, foi para o jardim e sentou-se num banco de pedra, de onde podia ver a parte de trás da resi­dência.








Comentem , meus belos vondys (:  recompensando minha falta e minha malvadeza.


Perdão.



 




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Autor(a): LorenaLemos

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4110



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  • stellabarcelos Postado em 18/04/2016 - 02:24:20

    Apaixonada por essa história! Amor lindo e puro! Amei

  • alwaysvondy Postado em 15/07/2013 - 14:36:10

    omG q web perfeita...amei demais o final<3

  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

    2ª vez que estou lendo essa web, ela é tão linda, tão encantadora.... que no final não sei se choro que emoção pela história ou por ela ter terminado. Ela é PERFEITA!!

  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26

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