Fanfic: História de um Grande Amor - adaptada. (vondy) | Tema: Rebelde
— Christopher, poderia nos fazer o favor de levar Dulce para casa? — lady Casillas perguntou. — O pai dela foi retido por um compromisso.
Dulce refletiu no motivo do estremecimento daquele corpo esplêndido quando a mãe dissera seu nome.
— Pois não, mamãe. Anahí, sua festa foi boa?
— Ma-ra-vi-lho-sa.
— Onde está o Javier ?
Em vez de responder, a menina deu de ombros.
— Saiu para brincar com o sabre que ganhou de presente de Christian Chaves.
— Espero que a arma não seja de verdade.
— Deus me livre se fosse — lady Casillas interveio. — Muito bem, Dulce, resolvemos o assunto. Seu casaco está no outro quarto. — A dama saiu e voltou em instantes com um agasalho marrom simples.
— Vamos? — O rapaz que parecia um deus estendeu a mão.
Dulce enfiou o casaco e aceitou a gentileza. Céus!
— Eu a verei na segunda-feira! — Anahí falou alto. — E não se preocupe com o que Belinda disse. Ela não passa de uma gralha idiota.
— Olhe os modos, minha filha!
— Pois é isso mesmo, mamãe. Não a quero mais como amiga.
Dulce sorriu enquanto Christopher a conduzia pelo hall. As vozes de Anahí e da mãe iam ficando para trás.
— Muito obrigada pelo trabalho de me levar para casa, Christopher.
Ele tornou a estremecer.
— Desculpe-me — Dulce emendou-se. — Eu deveria chamá-lo de “milorde”, não é? Mas como Anahí e Javier se referem ao senhor, chamando-o pelo primeiro nome, eu...
Ela olhou para o chão. Apenas dois minutos naquela companhia esplêndida tinham sido suficientes para deixá-la confusa.
Christopher parou e abaixou-se para que ela pudesse fitá-lo.
— Dulce, não se preocupe com o “milorde” e eu lhe contarei um segredo.
Ela arregalou os olhos e suspendeu a respiração por um segundo.
— Detesto meu nome de batismo.
— Isso não é bem um segredo, Chris... quero dizer, “milorde” ou seja lá como prefere ser chamado. O senhor estremeceu quando sua mãe o chamou pelo nome.
Christopher sorriu. Sentira um aperto no coração ao ver aquela menina tão séria brincando com a indomável Anahí. Era uma garota engraçada, e seus olhos castanhos aveludados, adoráveis.
— Como prefere ser chamado?
— Ucker.
Ele imaginou que não receberia resposta. Dulce permaneceu imóvel por alguns instantes.
— Um nome bonito. Estranho, talvez, mas eu gosto.
— Bem melhor do que Christopher ou Uckermann, não acha? Dulce concordou com um gesto de cabeça.
— O senhor o escolheu? Sempre imaginei que as pessoas devessem decidir a respeito de seus próprios nomes. Acredito que muitos haveriam de preferir nomes diferentes dos próprios.
— E qual seria a sua escolha?
— Não sei, mas certamente não o meu. Algo mais simples, eu acho. Creio que Dulce traz expectativas amplas, e todos se desapontam ao me conhecer.
— Bobagem. O nome combina com o seu aspecto. Ela se encantou.
— Obrigada, Ucker. Posso chamá-lo assim?
— Ora, mas é claro que pode. Também não escolhi esse nome. Trata-se apenas do meu título, visconde Uckermann, resolvi abreviar. Desde que fui para Eton, eu o uso em lugar de Christopher.
— E também parece muito adequado ao senhor.
— Obrigado. — Ucker encantava-se com a seriedade da menina. — Agora me dê novamente sua mão e, vamos embora. — Ele reparou no arco encapado que ela segurava. — O que é isso?
— Ah, é uma fita. Anahí ganhou duas dúzias delas de presente de Belinda Bennet e disse para eu ficar com uma.
Ucker estreitou os olhos ao lembrar-se das palavras de despedida de Anahí e segurou o adorno.
— Creio que elas devem ser usadas nos cabelos.
— Ah, mas esta não combina com o meu vestido — sussurrou Dulce enquanto Ucker ajeitava o enfeite na sua cabeça. — Como ficou?
— Adorável.
— Verdade? — Ela arregalou os olhos, descrente.
— Sim. Sempre achei que o tom violeta combina com cabelos ruivos.
Dulce apaixonou-se por Christopher no mesmo instante. A emoção foi tão intensa que ela esqueceu de agradecer pelo cumprimento.
— Podemos ir?
Ela apenas anuiu, sem confiar na própria voz. Eles saíram da mansão e seguiram para a estrebaria.
— O que acha de uma cavalgada? — Ucker indagou. — Não devemos desperdiçar um dia tão bonito dentro de uma carruagem.
Mais uma vez Dulce concordou. Estava bem quente para o mês de março.
— Pode ir no pônei de Anahí. Tenho certeza de que ela não se incomodará.
— Any não tem nenhum pônei — Dulce encontrou a voz. — Ela tem uma égua, assim como eu. Nós não somos mais criancinhas.
Ucker evitou sorrir.
— Claro, que tolice a minha. Falei sem pensar. Alguns minutos mais tarde, os cavalos estavam selados, e os dois saíram para o trajeto de quinze minutos até a casa dos Savinóns.
— Divertiu-se na festa de aniversário? — Ucker quebrou o silêncio.
— Muito. Foi uma festa deliciosa, exceto... — Dulce arrependeu-se por haver falado demais.
— Sim?
Ela mordeu o lábio inferior.
— Uma das garotas usou palavras descorteses ao falar comigo.
— Ah. — Teria sido melhor não perguntar nada. Dulce ergueu o rosto e fitou-o com franqueza, à maneira de Anahí.
— Belinda Bennet foi um tanto grosseira, e Anahí a chamou de gralha imbecil. Devo dizer que sua irmã estava certa.
— Eu concordo com ela — Ucker falou com seriedade —, se Belinda foi mesmo rude.
— Sei que não sou bonita, mas é uma indelicadeza dizer isso sem a menor cerimônia.
Ucker fitou Dulce, sem saber o que dizer. Ela não era uma beldade, mas também não era horrorosa. Talvez fosse um pouco desajeitada. E ele foi salvo de contradizê-la pelo comentário de Dulce.
— Acho que deve ser por causa dos cabelos ruivos — disse ela. — Cabelos e olhos desta cor não estão na moda. Também sou um pouco magra, meu rosto é redondo e sou branca demais.
— Bem, tudo isso é verdade.
Ela voltou-se e encarou-o com tristeza.
— Temos de admitir que os seus cabelos são ruivos, seus olhos são castanhos. — Ucker virou a cabeça de lado e fingiu fazer uma inspeção completa. — Também é magra, tem o rosto redondo mas afilado e a pele branca.
Ele resolveu parar de provocá-la, ao ver os lábios trêmulos.
— Mas acontece — disse, sorrindo — que eu prefiro mulheres de cabelos ruivos e olhos da cor do seu.
— Mentira!
— Verdade. E também gosto das magras de pele clara.
— E o rosto um pouco arredondado? — Dulce fitou-o com suspeita.
— Bem, admito que nunca me importei com isso, eles são afilados já te disse.
— Belinda Bennet disse que sou sardenta! — ela desafiou-o.
Ucker esforçou-se para não rir.
— Eu nunca havia reparado que minhas sardas me deixam feia. — Dulce suspirou.
— Não são tão chamativas, combinam com você. Ela o fitou, precavida.
— Está inventando coisas para que eu me sinta melhor.
— Eu gostaria de agradá-la, mas não mentiria por isso. Da próxima vez em que Belinda lhe disser que é uma sardenta, responda que isso é uma característica atraente.
— E qual a diferença? — Dulce fitou-o com seriedade.
— Suas sardas elas são... Sedutoras, entende? . Ela assentiu parecendo satisfeita com a explicação.
— Belinda não tem sardas e têm pele limpa.
— Suas sardas te deixam mais bela! Do que uma simples pele limpa — Ucker enfatizou. Gostava daquela menina engraçada e desejou que ela não se magoasse.
— Por quê?
Ucker pediu desculpas mentais aos deuses da etiqueta e bons modos antes de responder:
— Suas sardas são sedutoras pois, localizam-se no colo... dos seios. Dulce corou e sorriu.
— Entendi.
Ucker ficou satisfeito.
— Sabe o que eu acho, Srta. Dulce María?
— O quê?
— Que a senhorita precisa apenas de um tempo para se desenvolver. — Arrependeu-se de imediato pela afirmativa. Não saberia o que dizer se a menina lhe pedisse maiores explicações.
Mas ela era precoce e inclinou a cabeça de lado, pensativa.
— Creio que o senhor está certo. Veja minhas pernas. Ucker tossiu para não rir.
— O que está pretendendo dizer?
— Bem, são muito pequenas e magras. Mamãe sempre diz que elas parecem galhos finos.
— Para mim, parece que elas têm o tamanho certo. Dulce sorriu.
— Eu estava falando de maneira metafórica.
Ucker espantou-se com o vocabulário daquela menina de dez anos.
Autor(a): LorenaLemos
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— Eu quis dizer que as minhas pernas são muito finas e estranhas para o meu tamanho e talvez por isso não consiga aprender a dançar. Vivo pisando nos pés de Anahí. — Como é? — Praticamos juntas — Dulce explicou. — Creio que se o meu corpo fosse mais adequado as minhas pernas, eu não seria ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4110
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stellabarcelos Postado em 18/04/2016 - 02:24:20
Apaixonada por essa história! Amor lindo e puro! Amei
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alwaysvondy Postado em 15/07/2013 - 14:36:10
omG q web perfeita...amei demais o final<3
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
2ª vez que estou lendo essa web, ela é tão linda, tão encantadora.... que no final não sei se choro que emoção pela história ou por ela ter terminado. Ela é PERFEITA!!
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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