Fanfics Brasil - Capítulo VI (parte VI). História de um Grande Amor - adaptada. (vondy)

Fanfic: História de um Grande Amor - adaptada. (vondy) | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo VI (parte VI).

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Dulce não lamentou muito o fato de Ucker ter deixado Queiroz House antecipadamente. Se pudesse, teria feito o mesmo. Além disso, poderia refletir melhor na ausência dele. Embora não houvesse muito para discutir: ela se comportara de maneira contrária a todos os princípios condizentes com sua criação e cairia em desgraça se não se casasse. Era, po­rém, um alívio experimentar um certo controle das emoções.


Alguns dias mais tarde, os Uckermann voltaram para Londres e Dulce supôs que encontraria Ucker em se­guida. Não estava interessada em preparar uma armadilha para levá-lo ao altar, porém conhecia as conseqüências es­peradas de um encontro amoroso entre um cavalheiro e uma donzela.


No entanto, Ucker garantira que se casaria com ela.


Pareceu-lhe também que a satisfação tinha sido mútua, o que a levava a crer que a promessa seria cumprida.


Com estudada indiferença, perguntou a lady Casillas so­bre o paradeiro do filho. A bondosa dama respondeu não ter a menor idéia, exceto que ele se ausentara da cidade.


Depois de dar uma desculpa qualquer, subiu correndo a escada e escondeu-se no quarto para chorar mansamente.


Mas logo seu otimismo veio à tona, quando convenceu-se de que ele talvez tivesse sido chamado com urgência para resolver um assunto importante na Nortúmbria. Como a re­gião era distante de Londres, ele provavelmente demoraria uma semana para voltar.


A semana passou e a frustração de Dulce chegou às raias do desespero. Não podia insistir em perguntas para não despertar suspeita. Os Uckermann não podiam imaginar o que acontecera, mesmo porque era tida como amiga de Anahí, e não de Ucker. E muito menos poderia fazer inda­gações no hotel em que ele se hospedava. Seria um escândalo e sua reputação ficaria definitivamente arruinada. Até aque­le momento, sua desgraça não era de conhecimento público.


Mais uma semana se passou sem notícias e ela decidiu que não poderia permanecer em Londres por mais tempo. Inventou que o pai estava doente e disse aos Casillas que teria de retornar a Cumberland sem demora. Ficaram todos muito preocupados, e Dulce sentiu remorso quando lady Casillas insistiu para que viajasse no coche da família com dois criados a cavalo e uma criada.


Não havia alternativa. Seria muito doloroso permanecer em Londres por mais tempo.


Alguns dias mais tarde, chegou em casa. O pai ficou per­plexo. Mesmo sem entender muita coisa a respeito de con­vívio pessoal, ainda mais de moças, tinha a convicção de que elas amavam as temporadas londrinas.


Mas, no fundo, para ele, tanto fazia, pois Dulce não o perturbava. Na maioria das vezes nem mesmo sabia onde a encontrar. Por isso, abraçou-a carinhosamente ao chegar e voltou a seus preciosos manuscritos.


Ela chegou a convencer-se de que estava feliz em voltar para casa. Sentira falta dos campos verdes e do ar fresco dos lagos, da paz da aldeia e da rotina de levantar e deitar cedo. Sem compromissos e nada para fazer, dormia até o meio-dia e escrevia no diário até a madrugada.


Dois dias após sua chegada, recebeu uma carta de Anahí. Sorriu ao abri-la, refletindo sobre a conhecida impaciência da amiga. Passou os olhos pela missiva e não encontrou men­ção a Ucker. Sem saber se a sensação era de alívio ou de­sapontamento, pôs-se a ler o conteúdo com mais vagar.


Anahí escrevia que Londres sem a sua companhia era um tédio. Indagava várias vezes quando pretendia voltar para a capital, se Sr. Luiz melhorara, ou se ao menos havia começado a se recuperar.


A leitura deixou-a com um peso na consciência. O pai, em perfeitas condições de saúde, trabalhava nas traduções em seu gabinete no térreo.


Ela suspirou, esqueceu os pruridos de retidão moral, do­brou a carta e guardou-a na gaveta. Concluiu que nem sem­pre uma mentira era pecado. Não havia como continuar em Londres, sentada e esperando pela volta de Ucker.


Admitiu que em casa ela fazia o mesmo. Pensava em Ucker o tempo inteiro. Uma noite, teve a paciência de con­tar quantas vezes citara, aquele dia, o nome dele no diário. Trinta e sete, para seu supremo desgosto.


Conclusão: a viagem de volta para casa não tinha melho­rado seu estado de espírito.


Depois de dez dias, Anahí chegou para uma visita surpresa.


Any, o que está fazendo aqui? Dulce perguntou ao irromper na sala onde a amiga estava esperando. Acon­teceu alguma coisa? Quem está doente?


Nada disso Anahí respondeu, animada. Eu vim buscá-la. Nós sentimos desesperadamente a sua falta em Londres.


O coração de Dulce disparou.


Nós, quem?


Eu, é claro! Anahí abraçou-a e as duas se sentaram no sofá. Sem a sua presença, não sou ninguém.


Não posso acreditar que sua mãe tenha permitido você deixar a cidade em meio à temporada.


Ela praticamente me jogou porta afora. Reconheço que tenho me comportado de maneira insuportável, desde a sua partida.


Dulce teve de rir.


Na certa não foi esse desastre todo.


Não estou brincando. Mamãe sempre elogiou a sua boa influência, mas eu só me dei conta disso quando fiquei sozi­nha. Anahí deu um sorriso envergonhado. Não consigo pôr um freio na língua.


Isso acontece independentemente da minha presença. Quer tomar chá?


Anahí aceitou.


Não entendo por que sempre estou metida em encren­cas, pois o que eu digo nem de longe se compara aos seus comentários. A sua língua é a mais ferina de Londres.


Não é verdade respondeu Dulce, puxando a corda da sineta para chamar uma criada.


É, sim, e sabe disso muito bem. Considero uma injustiça que você nunca crie problemas com os seus comentários.


Talvez seja por não os divulgar em alto e bom som Dulce respondeu, evitando sorrir.


Tem razão. Assim mesmo, não deixa de ser aborrecido comprovar que o seu senso de humor não perdoa nada e que o fato permanece impune.


Ora, vamos lá, não sou tão perigosa assim.


Claro que é. Ucker sempre diz isso também. Não sou a única a fazer comentários maliciosos.


Dulce engoliu em seco à menção do nome de Ucker.


Ele já voltou a Londres? perguntou casualmente.


Não. Faz séculos que não o vejo. Ucker está em Kent com amigos.


Por que tão longe?, pensou, desanimada.


Ele está viajando há tempos, não é mesmo?


É verdade, e dessa vez foi na companhia de lorde Harry Simpson, um cavalheiro um tanto libertino, se é que me entende.



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Autor(a): LorenaLemos

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Dulce entendeu, e como... — Tenho certeza de que eles estão se divertindo bastante com vinho e mulheres de vida fácil — comentou Anahí. O nó na garganta voltou em tamanho maior. Imaginá-lo com outra mulher era doloroso, ainda mais agora que sabia exatamente o que significava isso. Imaginara todos os tipos de motivos para a sua ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4110



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  • stellabarcelos Postado em 18/04/2016 - 02:24:20

    Apaixonada por essa história! Amor lindo e puro! Amei

  • alwaysvondy Postado em 15/07/2013 - 14:36:10

    omG q web perfeita...amei demais o final<3

  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

    2ª vez que estou lendo essa web, ela é tão linda, tão encantadora.... que no final não sei se choro que emoção pela história ou por ela ter terminado. Ela é PERFEITA!!

  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26

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  • anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26

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