Fanfic: História de um Grande Amor - adaptada. (vondy) | Tema: Rebelde
Dulce não lamentou muito o fato de Ucker ter deixado Queiroz House antecipadamente. Se pudesse, teria feito o mesmo. Além disso, poderia refletir melhor na ausência dele. Embora não houvesse muito para discutir: ela se comportara de maneira contrária a todos os princípios condizentes com sua criação e cairia em desgraça se não se casasse. Era, porém, um alívio experimentar um certo controle das emoções.
Alguns dias mais tarde, os Uckermann voltaram para Londres e Dulce supôs que encontraria Ucker em seguida. Não estava interessada em preparar uma armadilha para levá-lo ao altar, porém conhecia as conseqüências esperadas de um encontro amoroso entre um cavalheiro e uma donzela.
No entanto, Ucker garantira que se casaria com ela.
Pareceu-lhe também que a satisfação tinha sido mútua, o que a levava a crer que a promessa seria cumprida.
Com estudada indiferença, perguntou a lady Casillas sobre o paradeiro do filho. A bondosa dama respondeu não ter a menor idéia, exceto que ele se ausentara da cidade.
Depois de dar uma desculpa qualquer, subiu correndo a escada e escondeu-se no quarto para chorar mansamente.
Mas logo seu otimismo veio à tona, quando convenceu-se de que ele talvez tivesse sido chamado com urgência para resolver um assunto importante na Nortúmbria. Como a região era distante de Londres, ele provavelmente demoraria uma semana para voltar.
A semana passou e a frustração de Dulce chegou às raias do desespero. Não podia insistir em perguntas para não despertar suspeita. Os Uckermann não podiam imaginar o que acontecera, mesmo porque era tida como amiga de Anahí, e não de Ucker. E muito menos poderia fazer indagações no hotel em que ele se hospedava. Seria um escândalo e sua reputação ficaria definitivamente arruinada. Até aquele momento, sua desgraça não era de conhecimento público.
Mais uma semana se passou sem notícias e ela decidiu que não poderia permanecer em Londres por mais tempo. Inventou que o pai estava doente e disse aos Casillas que teria de retornar a Cumberland sem demora. Ficaram todos muito preocupados, e Dulce sentiu remorso quando lady Casillas insistiu para que viajasse no coche da família com dois criados a cavalo e uma criada.
Não havia alternativa. Seria muito doloroso permanecer em Londres por mais tempo.
Alguns dias mais tarde, chegou em casa. O pai ficou perplexo. Mesmo sem entender muita coisa a respeito de convívio pessoal, ainda mais de moças, tinha a convicção de que elas amavam as temporadas londrinas.
Mas, no fundo, para ele, tanto fazia, pois Dulce não o perturbava. Na maioria das vezes nem mesmo sabia onde a encontrar. Por isso, abraçou-a carinhosamente ao chegar e voltou a seus preciosos manuscritos.
Ela chegou a convencer-se de que estava feliz em voltar para casa. Sentira falta dos campos verdes e do ar fresco dos lagos, da paz da aldeia e da rotina de levantar e deitar cedo. Sem compromissos e nada para fazer, dormia até o meio-dia e escrevia no diário até a madrugada.
Dois dias após sua chegada, recebeu uma carta de Anahí. Sorriu ao abri-la, refletindo sobre a conhecida impaciência da amiga. Passou os olhos pela missiva e não encontrou menção a Ucker. Sem saber se a sensação era de alívio ou desapontamento, pôs-se a ler o conteúdo com mais vagar.
Anahí escrevia que Londres sem a sua companhia era um tédio. Indagava várias vezes quando pretendia voltar para a capital, se Sr. Luiz melhorara, ou se ao menos havia começado a se recuperar.
A leitura deixou-a com um peso na consciência. O pai, em perfeitas condições de saúde, trabalhava nas traduções em seu gabinete no térreo.
Ela suspirou, esqueceu os pruridos de retidão moral, dobrou a carta e guardou-a na gaveta. Concluiu que nem sempre uma mentira era pecado. Não havia como continuar em Londres, sentada e esperando pela volta de Ucker.
Admitiu que em casa ela fazia o mesmo. Pensava em Ucker o tempo inteiro. Uma noite, teve a paciência de contar quantas vezes citara, aquele dia, o nome dele no diário. Trinta e sete, para seu supremo desgosto.
Conclusão: a viagem de volta para casa não tinha melhorado seu estado de espírito.
Depois de dez dias, Anahí chegou para uma visita surpresa.
— Any, o que está fazendo aqui? — Dulce perguntou ao irromper na sala onde a amiga estava esperando. — Aconteceu alguma coisa? Quem está doente?
— Nada disso — Anahí respondeu, animada. — Eu vim buscá-la. Nós sentimos desesperadamente a sua falta em Londres.
O coração de Dulce disparou.
— Nós, quem?
— Eu, é claro! — Anahí abraçou-a e as duas se sentaram no sofá. — Sem a sua presença, não sou ninguém.
— Não posso acreditar que sua mãe tenha permitido você deixar a cidade em meio à temporada.
— Ela praticamente me jogou porta afora. Reconheço que tenho me comportado de maneira insuportável, desde a sua partida.
Dulce teve de rir.
— Na certa não foi esse desastre todo.
— Não estou brincando. Mamãe sempre elogiou a sua boa influência, mas eu só me dei conta disso quando fiquei sozinha. — Anahí deu um sorriso envergonhado. — Não consigo pôr um freio na língua.
— Isso acontece independentemente da minha presença. Quer tomar chá?
Anahí aceitou.
— Não entendo por que sempre estou metida em encrencas, pois o que eu digo nem de longe se compara aos seus comentários. A sua língua é a mais ferina de Londres.
— Não é verdade — respondeu Dulce, puxando a corda da sineta para chamar uma criada.
— É, sim, e sabe disso muito bem. Considero uma injustiça que você nunca crie problemas com os seus comentários.
— Talvez seja por não os divulgar em alto e bom som — Dulce respondeu, evitando sorrir.
— Tem razão. Assim mesmo, não deixa de ser aborrecido comprovar que o seu senso de humor não perdoa nada e que o fato permanece impune.
— Ora, vamos lá, não sou tão perigosa assim.
— Claro que é. Ucker sempre diz isso também. Não sou a única a fazer comentários maliciosos.
Dulce engoliu em seco à menção do nome de Ucker.
— Ele já voltou a Londres? — perguntou casualmente.
— Não. Faz séculos que não o vejo. Ucker está em Kent com amigos.
Por que tão longe?, pensou, desanimada.
— Ele está viajando há tempos, não é mesmo?
— É verdade, e dessa vez foi na companhia de lorde Harry Simpson, um cavalheiro um tanto libertino, se é que me entende.
Autor(a): LorenaLemos
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Dulce entendeu, e como... — Tenho certeza de que eles estão se divertindo bastante com vinho e mulheres de vida fácil — comentou Anahí. O nó na garganta voltou em tamanho maior. Imaginá-lo com outra mulher era doloroso, ainda mais agora que sabia exatamente o que significava isso. Imaginara todos os tipos de motivos para a sua ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4110
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stellabarcelos Postado em 18/04/2016 - 02:24:20
Apaixonada por essa história! Amor lindo e puro! Amei
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alwaysvondy Postado em 15/07/2013 - 14:36:10
omG q web perfeita...amei demais o final<3
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
2ª vez que estou lendo essa web, ela é tão linda, tão encantadora.... que no final não sei se choro que emoção pela história ou por ela ter terminado. Ela é PERFEITA!!
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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