Fanfic: História de um Grande Amor - adaptada. (vondy) | Tema: Rebelde
Ucker percorreu a Inglaterra rumo a Edimburgo com surpreendente rapidez: quatro dias e meio. Chegou à capital da Escócia cansado e sujo, o que não pareceu incomodá-lo. Cada dia que Dulce ficava sozinha era mais um em que poderia... Não imaginava o que ela faria e também não queria descobrir.
Conferiu o endereço pela última vez antes de subir a escada. Os avós de Dulce moravam em uma casa nova de um bairro elegante de Edimburgo. Ucker ouvira dizer que faziam parte da pequena nobreza e que possuíam propriedades ao norte. Suspirou aliviado por eles terem resolvido passar o verão próximo à fronteira. Não teria sido nada agradável continuar a viagem rumo às Terras Altas, pois estava exausto.
Bateu na porta com firmeza. Um mordomo atendeu e saudou-o com a arrogância habitual de quem trabalhava na residência de um duque.
— Quero falar com a Srta. Savinón — Ucker explicou em tom cortante.
O mordomo olhou com desdém para as roupas desalinhadas daquele cavalheiro à sua frente.
— Ela não está.
— Verdade? — Ucker deixou evidente não acreditar no sujeito.
Não ficaria admirado se Dulce tivesse descrito sua aparência para todos e dado ordens para não permitir sua entrada.
— O senhor terá de voltar mais tarde. No entanto, se desejar, poderei entregar uma mensagem...
— Prefiro esperar. Com licença. — Passou por ele e entrou numa pequena sala que antecedia o salão.
— Mas o que é isso, senhor?
Ucker tirou um cartão de visitas do bolso e entregou-o ao empertigado criado. O mordomo leu o que estava escrito, olhou para Ucker e de novo para o cartão. Certamente não esperava encontrar um visconde tão descomposto. Ucker deu um sorriso torto. Às vezes um título era bem conveniente.
— Se quiser esperar, milorde — o tratamento modificou-se de imediato —, pedirei a uma criada para servir um chá.
— Faça isso, por favor.
O mordomo saiu e Ucker examinou o ambiente. Os avós de Dulce tinham bom gosto. Enquanto avaliava uma bela paisagem pintada numa tela, imaginou, pela quinquagésima vez desde que saíra de Londres, o que diria para Dulce. Já era um bom sinal o mordomo não ter chamado um guarda para expulsá-lo assim que ficara sabendo seu nome.
O chá foi trazido dez minutos mais tarde e Dulce não apareceu em seguida. Ucker supôs que, afinal, o mordomo não teria mentido sobre sua ausência. Não importava. Esperaria o tempo que fosse necessário e acabaria por ser atendido.
Dulce era uma garota sensível e não ignorava o que o mundo reservava aos filhos ilegítimos frieza e sofrimento. Independente do volume de sua raiva, e não sem motivo, ela não haveria de condenar o filho a uma vida tão difícil.
A criança era sua também e merecia a proteção de seu nome, assim como a mãe. Na verdade, não lhe agradava a idéia de ela ficar sozinha na Escócia, mesmo se os avós houvessem concordado em cuidar da neta durante a gestação.
Ucker ficou sentado por meia hora tomando chá e comendo bolinhos. Fora uma longa viagem desde Londres e ele não se detivera muito para fazer refeições.
— Robert!
Era a voz de Dulce. Ucker levantou-se com um bolinho mordido nas mãos. Escutou passos no saguão, provavelmente do mordomo.
— Poderia ajudar-me com os embrulhos? Sei que deveria tê-los mandado entregar em casa, mas eu estava muito impaciente.
Ucker percebeu o ruído dos pacotes que trocavam de mãos, seguido pela voz do mordomo.
— Srta. Savinón, tenho o dever de informá-la que há um visitante à sua espera na sala menor.
— Que estranho. Ah, deve ser um dos MacLean. Sempre nos encontrávamos quando eu vinha para a Escócia e eles devem ter ouvido falar que eu estava na cidade.
— Não creio que a origem dele seja escocesa.
— Mas então quem...
Ucker quase sorriu ao ouvir a voz chocada e imaginou Dulce de queixo caído.
— Srta. Savinón, perdoe-me, mas ele foi muito insistente. — Robert explicou. — Eis o cartão.
Depois de um longo silêncio, veio a resposta:
— Por favor, diga-lhe que não poderei recebê-lo. Dulce terminou a frase com voz trêmula e Ucker escutou-a subir a escada.
Ele foi até o saguão e colidiu com Robert que, na certa, saboreava a idéia de expulsá-lo.
— A Srta. Savinón não deseja vê-lo, milorde — explicou o mordomo com um leve sorriso de sarcasmo.
Ucker empurrou-o.
— Pois ela me receberá.
— Não creio, milorde. — Robert segurou-o pelo casaco.
— Olhe aqui, meu camarada — Ucker empregou o tom mais gélido possível. — Não hesitarei em atingi-lo.
— Muito menos eu, milorde.
— Saia do meu caminho! — Ucker fitou o homem mais velho com desdém.
Robert cruzou os braços e manteve-se diante dele, sem largar seu casaco. Ucker fechou a carranca, tirou o casaco e foi até a escada.
— Dulce! — gritou. — Desça agora! Imediatamente! Temos várias coisas para dis...
Robert atingiu-o com um soco no queixo. Espantado, Ucker esfregou o ponto ferido.
— Ficou maluco?
— De maneira nenhuma, milorde. Tenho muito orgulho de cumprir com as minhas obrigações.
Robert assumira uma posição de luta com a facilidade de um profissional. Era bem o estilo de Dulce contratar um pugilista como criado.
— Escute aqui. — Agora tentava em tom conciliador. — Preciso falar com a Srta. Savinón imediatamente. O assunto é da maior importância. A honra de uma dama está em jogo.
E foi atingido por mais uma pancada.
— Isto, milorde, foi por insinuar que a Srta. Savinón não é honrada.
Ucker estreitou os olhos, ameaçador, mas decidiu que não teria como vencer o mordomo maluco, ainda mais depois de ter recebido dois socos.
— Diga à Srta. Savinón que vou voltar — ele avisou, mordaz. — E que será melhor ela me receber.
Ucker saiu pisando duro e, furioso, desceu a escada da frente.
Inconformado por Dulce se recusar a recebê-lo, virou-se e olhou a casa. Ela se encontrava a uma das janelas superiores, cobrindo a boca com os dedos. Ucker franziu o cenho e percebeu que ainda estava segurando o pedaço de bolo.
Não teve dúvida. Atirou a iguaria na direção da janela, acertou o peito de Dulce e não pôde evitar a satisfação do fato.
24 de agosto de 1819,
Oh, Deus!
Claro que eu não mandei a carta. Levei um dia inteiro para redigi-la e, quando decidi postá-la, tornou-se desnecessário. Eu não sabia se chorava ou se ria.
Ucker está aqui. Ele deve ter arrancado a verdade de Anahí. De outra forma, ela jamais teria me traído. Pobre Any. Ucker, quando está furioso, é capaz de aterrorizar qualquer um.
E, pelo jeito, ele continua enfurecido. Atirou em mim um bolinho mordido! Inacreditável!
Último de hoje galera, o qe vocês acham que Dulce vai recebe-lo ? E como será a conversa deles. Ucker desesperado e ainda apanhou do Robert. KKKKKKKKKK.
Quero avisar que hoje não dará para me att. nas webs das minhas leitoras lindas, porque estou cansadinha do ENEM, mas amanhã o farei prometo. Beijão ;* AS AMO.
capítulo dedicado a kmusica, paty e dulcezita *-*
Autor(a): LorenaLemos
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Duas horas depois, Ucker voltou à casa dos avós de Dulce. Dessa vez ela o aguardava, surpreendendo-o ao abrir a porta antes mesmo de ele bater. Estarrecido, ele ficou ali parado, com o braço erguido e o punho fechado, pronto para bater. — O que está esperando? — Dulce estava irritada. — Entre! Ele arqueou as sobrancelhas. &mda ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4110
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stellabarcelos Postado em 18/04/2016 - 02:24:20
Apaixonada por essa história! Amor lindo e puro! Amei
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alwaysvondy Postado em 15/07/2013 - 14:36:10
omG q web perfeita...amei demais o final<3
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
2ª vez que estou lendo essa web, ela é tão linda, tão encantadora.... que no final não sei se choro que emoção pela história ou por ela ter terminado. Ela é PERFEITA!!
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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