Fanfic: História de um Grande Amor - adaptada. (vondy) | Tema: Rebelde
— Sei que está certa.
— Estou?
— Isso não lhe agrada?
— Pare de tentar me confundir.
— Não foi essa a minha intenção. Caso não tenha notado, estou concordando com as suas acusações. — Ucker empenhou-se num sorriso cativante. — Meu pedido de desculpas foi aceito?
Dulce suspirou. Deveria ser proibido um homem possuir encanto tão poderoso.
— Está bem, eu o perdôo. Mas o que esteve fazendo em Kent?
— Bebendo, na maior parte do tempo.
— Só isso?
— Também caçamos um pouco.
— E o que mais?
— Tive de me empenhar para manter Javier, que chegou de Oxford, afastado de confusões. Isso me reteve por mais uma quinzena.
— E?
— Já sei! Quer saber se havia muitas mulheres lá.
— Talvez...
— Havia. ― Esforçando-se ao máximo, ela procurou engolir o ciúme, saindo da frente de Ucker.
— Acho que está na sua hora de retirar-se. Ele segurou-a pelo braço e forçou-a a encará-lo de novo.
— Saiba que não encostei um dedo em nenhuma delas. ― A intensidade daquela voz sensual foi suficiente para deixá-la com vontade de chorar.
— Por quê?
— Eu sabia que iríamos nos casar, e estar com outra me soaria como traição. Eu não a submeteria a tal agravo.
— Não? — ela murmurou.
— Eu me incomodo com os seus sentimentos e os prezo sinceramente, além de devotar grande consideração por Você.
Dulce foi até a janela. Era um começo de noite claro. O sol ainda estava alto no céu e as pessoas se entregavam alegremente a seus afazeres, como se não tivessem problemas. Ah, como gostaria de ser uma delas. Tinha vontade de sair à rua, afastar-se dos problemas e nunca mais voltar.
Ucker queria desposá-la, evitara as tentações e permanecera fiel. Deveria estar radiante de alegria, mas era impossível afastar a idéia de que tal comportamento era apenas o cumprimento de um dever. Não havia afeição nem amor envolvidos, exceto um desejo evidente.
Uma lágrima deslizou pela face delicada. Aquilo bastaria se não o amasse tanto. Mas a disparidade de sentimentos acabaria por matá-la aos poucos até transformá-la em uma concha triste e vazia.
— Não posso deixar de lhe agradecer por haver feito uma viagem tão longa para me ver. Também foi muito... — ela procurou a palavra adequada — ... honrado de sua parte afastar-se das mulheres de Kent. Tenho certeza de que eram muito bonitas.
— Elas não tinham nem a metade da sua beleza — afirmou, convicto.
Dulce engoliu em seco. A cada segundo, tudo ficava mais difícil. Agarrou-se no peitoril da janela, como se procurasse força para não esvair-se em lágrimas.
— Não posso aceitar o seu pedido de casamento. Fez-se um silêncio mortal. Ela não se virou e, mesmo sem ver aquele rosto de traços fortes, sentiu a raiva com que era encarada.
Por favor, saia desta casa e nunca mais volte, pediu mentalmente. Por tudo o que for mais sagrado, nem pense em me tocar!
No entanto suas preces não foram atendidas e Ucker segurou-a pelos ombros com violência, virando-a de frente para ele em um supetão.
— O que foi que disse?
— Que não posso aceitar o seu pedido de casamento — ela repetiu, trêmula, sentindo a pele queimar com o toque daquelas mãos grandes e quentes.
— Olhe para mim! Não diga absurdos. Terá de se casar comigo, sim!
Ela negou com um gesto de cabeça.
— Sua tolinha. Será que esqueceu disto? — Ele puxou-a e a beijou sem muita delicadeza.
— Não.
— E quando disse que me amava? Ucker teve vontade de sumir.
— Também não.
— Então, certamente, os dois fatos contam para alguma coisa, não acha?
— E por acaso eu o ouvi dizer alguma vez que me amava? Ou será que ainda não se deteve para uma reflexão sincera? — ela contra-atacou. — Responda!
Ele sentiu-se engasgado. Era impossível verbalizar o que Dulce desejava ouvir.
— Entendi — ela disse num fio de voz.
Na verdade, Ucker não tinha certeza se a amava ou não, Contudo admitia que não queria fazê-la sofrer. Então, por que não pronunciar as três palavras que a fariam feliz?
— Dulce... eu...
— Não abra a boca para dizer o que não sente!
Ele virou-se e foi até um aparador onde vira uma garrafa de conhaque e outra de uísque. Sem pedir permissão, serviu-se do uísque e tomou um grande gole, que desceu queimando, e não se sentiu melhor por isso.
— Dulce — recomeçou, procurando parecer coerente. — Não sou um homem perfeito.
— Mas tinha a obrigação de ser! — ela vociferou. — Quando eu era menina, achava-o maravilhoso e sem defeitos. Simplesmente por Christopher Ucker ser quem era. E as suas atenções e atitudes faziam com que eu me sentisse menos desajeitada. Então houve uma mudança radical em sua mente e pensei que pudesse fazê-lo voltar a ser o mesmo de antes. Tentei, mas não consegui.
— Não é por sua causa...
— Não procure desculpas! Não sou a mulher escolhida por livre e espontânea vontade, e por isso eu o odeio! Escutou bem? Eu o odeio!
Abalada, deu-lhe as costas e abraçou-se, tentando controlar o tremor do corpo.
— Sei que não está dizendo a verdade — ele procurou acalmá-la.
— Não. Mas odeio Alice. Se ela não tivesse morrido, eu mesma a mataria...
Ucker entortou o canto da boca num arremedo de sorriso.
— ...torturando-a lentamente.
— Mas que temperamento maligno — afirmou, como se a elogiasse.
Dulce procurou sorrir, porém os lábios não obedeceram. O silêncio se prolongou até ele falar de novo.
— Tentarei fazê-la feliz, embora não possa corresponder ao seu ideal.
— Eu sei. Achei que poderia ser diferente, mas eu estava errada.
— Assim mesmo entendo que faremos um bom casamento. Bem melhor que a maioria.
Na certa isso significava que eles trocariam algumas palavras pelo menos uma vez ao dia. Seria uma vida boa, porém totalmente vazia. Um casamento não se mantinha com uma paixão platônica e unilateral. Por isso continuou meneando a cabeça negativamente.
— Mas que droga! Nós nos casaremos de qualquer maneira! — vociferou, irritado diante de tamanha impassibilidade. — Por Deus do céu, um filho meu está crescendo no seu ventre!
Então era esse o motivo por que Ucker viajara para tão longe e com aquele propósito em mente! Agora sim, as coisas estavam bem claras.
Por mais que Dulce apreciasse o senso de honra, embora atrasado, não havia como contornar o fato de que tinha perdido o bebê. Tivera uma hemorragia, e logo depois o apetite havia voltado, e os enjôos, cessado.
Sua mãe, certa vez, contara que tinha sido exatamente assim com ela, duas vezes antes e duas depois do nascimento de Dulce. Talvez lady Savinón não devesse ter relatado essas coisas a uma filha tão nova, mas ela o fizera por estar morrendo e desejar passar para Dulce o maior número de informações possível. Dissera para não lamentar se o mesmo acontecesse com ela e que bebês que não vingavam poderiam ter má-formação. Dulce passou a língua nos lábios e engoliu em seco:
— Não estou grávida.
Não está grávida? OMG, o que será? COMENTEM!!
Obrigada pelo carinho de todos e todas! Lua também te amo, louca. <3
Autor(a): LorenaLemos
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—Não acredito no que está me dizendo — Ucker retrucou depois de hesitar. — Como assim? — Anahí me contou tudo. — Eu estava grávida quando sua irmã veio comigo para cá. — Como saber que não está apenas querendo se ver livre de mim? — Porque não sou tonta. Ac ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4110
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stellabarcelos Postado em 18/04/2016 - 02:24:20
Apaixonada por essa história! Amor lindo e puro! Amei
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alwaysvondy Postado em 15/07/2013 - 14:36:10
omG q web perfeita...amei demais o final<3
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
2ª vez que estou lendo essa web, ela é tão linda, tão encantadora.... que no final não sei se choro que emoção pela história ou por ela ter terminado. Ela é PERFEITA!!
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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