Fanfic: História de um Grande Amor - adaptada. (vondy) | Tema: Rebelde
Contudo seria preciso abordar o assunto com um pouco mais de delicadeza. Fazendo uma retrospectiva, Ucker reconheceu que a nota expressando seu perdão fora provavelmente um deslize. No íntimo, sabia que a irritaria, mas não conseguira controlar o ímpeto de escrever. E não era para menos. Toda vez em que olhava no espelho, via o olho roxo.
Dulce chegou ao parque e andou por alguns minutos até encontrar um banco desocupado. Sentou-se e tirou um livro da sacola.
Encostado numa árvore a cerca de cinqüenta metros de distância, Ucker sorriu, e a própria satisfação o surpreendeu. Comprazia-se em contemplá-la entretida na leitura. Imaginou-a sentada atrás da secretária na sala de estar Conjugada a seu quarto na Nortúmbria. Estaria escrevendo uma carta, na certa para Anahí, relatando os últimos acontecimentos.
Compreendeu de repente que mesmo não sendo o ideal, aquele casamento poderia ser muito bom e que tinham chance de ser felizes.
Assobiando, aproximou-se dela e largou-se no banco.
— Olá, meu anjo.
Dulce suspirou e revirou os olhos.
— Ah, que surpresa — murmurou, sem convicção.
— Acredito que não estivesse esperando outra pessoa. Dulce fez uma careta ao observar-lhe o rosto.
— Perdoe-me tê-lo atingido no olho.
— Se está lembrada, eu já a perdoei.
— Eu sei. — Aguardou alguns momentos e tornou a abrir livro. — Estou tentando ler.
— Percebi. Isso é muito bom. Gosto de mulheres que ampliam seus horizontes. — Ucker pegou o livro para ler o foilo. Orgulho e Preconceito. Está gostando?
— Estava.
Ele ignorou o sarcasmo. Folheou as primeiras páginas, sem desmarcar onde ela parara.
— É uma verdade universalmente aceita que um homem solteiro e rico deve casar-se — leu em voz alta.
Dulce tentou retomar o livro, mas ele afastou-o.
— Uma idéia interessante. Eu certamente quero uma esposa.
— Vá para Londres. Lá, encontrará uma quantidade enorme de mulheres.
— Caso ainda não saiba, sou dono de uma boa fortuna. — Ucker inclinou-se para a frente, devolveu-lhe a obra e sorriu.
— Nem imagina o meu alívio ao saber que a fome nunca baterá à sua porta.
— Ah, minha querida, por que não desiste? Desta vez não poderá vencer — provocou-a com a usual maestria.
— Não acredito que haja sacerdotes que realizem um casamento sem o consentimento da mulher.
— Sua anuência é ponto pacífico.
— Como?
— Esqueceu que afirmou me amar?
— Isso foi há muito tempo. — Dulce apertou os lábios.
— Digamos há dois ou três meses? Não é tanto assim. O amor voltará.
— Não diante da maneira como vem agindo.
— Ah, que língua mordaz! E se quer saber, essa é uma das suas qualidades que mais aprecio.
Dulce teve de se conter para não o enlaçar pelo pescoço.
—Bem, já estou embriagada de tanto ar puro — anunciou, escondendo o sorriso, e levantou-se com o livro apertado de encontro ao peito. — Vou para casa.
— Então eu a acompanharei, lady Uckermann — anunciou ele, colocando-se em pé também.
— Como é que me chamou? — indagou, prendendo a respiração por um momento.
— Estava testando o nome. Combina bem com você. Creio que se acostumará bem com ele e, quanto antes, melhor.
Ela sacudiu a cabeça e fez o caminho de volta para casa. Embora andasse depressa, Ucker não teve a menor dificuldade em alcançá-la.
— Vou lhe dizer uma coisa. Se me der apenas um bom motivo por que não devemos nos casar, eu a deixarei em paz.
— Não gosto do senhor.
— Isso é mentira, portanto não vale.
Ela pensou um pouco e andou mais rápido ainda.
— Não preciso do seu dinheiro.
— Claro que não. No ano passado Anahí me contou que sua mãe lhe deixou uma pequena herança, o suficiente para mantê-la com conforto. Mas é uma visão acanhada recusar um pedido de casamento por não querer ter mais dinheiro, não é verdade?
Dulce cerrou os dentes e continuou andando. Logo chegou aos degraus da casa dos avós, seguida de perto por aquela presença perturbadora. Antes porém de conseguir entrar, ele a segurou pelo pulso, detendo-a.
— Viu só? — Sorriu com presunção. — Não encontrou nenhuma razão, por menor que fosse.
— Talvez não — constatou ela com frieza —, mas também não encontro nenhum motivo para aceitá-lo.
— Sua reputação não seria uma boa causa?
— Meu bom nome não está em perigo.
— Não?
— Não ousaria fazer o que estou pensando, Christopher Uckermann!
— Em geral não sou um brutamontes. Mas não me subestime. Vamos nos casar e ponto final.
Ucker não teria de subir ao altar se não quisesse, ninguém o forçava a nada. Ali estava, numa bandeja de prata, a oportunidade de fugir.
— Quer mesmo que eu seja sua esposa?
— Sou um cavalheiro e faço questão de reparar os meus erros.
— Então sou um erro?
— Eu deveria ter agido com maior sensatez, e não tê-la seduzido. Muito menos poderia abandoná-la durante as semanas que se seguiram. E para isso não existe desculpa, exceto os meus defeitos. Não permitirei que o meu bom nome seja enxovalhado, por isso terá de se casar comigo. — Ucker mostrava-se igualmente constrangido.
— O senhor deseja a mim ou à sua honra?
— As duas são a mesma coisa.
28 de agosto de 1819, Eu me casei com Ucker.
Amo todas e todos vocês, são muito preciosos pra mim, sempre sinto falta de muitos que por algum caso deixaram de comentar, mas sei que não me abandonaram! Como diz a Anne vocês são meus xuxus. *-*
Comentem!!! Por hoje é só. Beijos ;* LOS AMO.
Autor(a): LorenaLemos
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4110
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stellabarcelos Postado em 18/04/2016 - 02:24:20
Apaixonada por essa história! Amor lindo e puro! Amei
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alwaysvondy Postado em 15/07/2013 - 14:36:10
omG q web perfeita...amei demais o final<3
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
2ª vez que estou lendo essa web, ela é tão linda, tão encantadora.... que no final não sei se choro que emoção pela história ou por ela ter terminado. Ela é PERFEITA!!
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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