Fanfic: História de um Grande Amor - adaptada. (vondy) | Tema: Rebelde
Certamente porque ele nunca os declarara em voz alta, embora comentasse com freqüência o quanto estava feliz em ter-se casado. Isso sem citar quanto ele a elogiava.
Não poderia existir forma mais cruel de tortura, refletiu, e ele sequer imaginava que a cometia. Achava que ser atencioso e agir com bondade resolveria tudo.
Mas toda vez em que Ucker a olhava e sorria, caloroso, Dulce imaginava que ele se inclinaria para o seu lado e sussurraria que a amava.
Porém nada disso acontecia. Ele a beijava no rosto, acariciava-lhe os cabelos ou perguntava se gostava de estar grávida ou outra baboseira qualquer. Dulce imaginava que seu pobre coração amargurado ficava cada vez mais enrugado e seco, o que tornava sempre mais difícil fingir que sua vida era precisamente como havia desejado que fosse.
Tentara ser paciente. Não gostava de falsidade. Afirmar amor por alguém seria terrível se não houvesse nenhum sentimento por trás das palavras.
Recriminou-se, pois não deveria pensar no assunto àquela altura. Ucker mostrava-se muito atencioso e terno. Portanto deveria sentir-se imensamente feliz.
E estava feliz... Ou melhor, quase. Havia apenas uma pequena falha que insistia em aparecer e que a aborrecia de verdade. Dulce não queria desperdiçar a mente e a energia em fatos sobre os quais não tinha controle.
Ucker entrou no escritório e beijou-a no alto da cabeça.
— A sra. Hingham garantiu que mandará trazer uma bandeja com comida em alguns minutos.
— Eu disse que não deveria preocupar-se em descer — ela repreendeu-o. — Imaginei que nada estaria pronto.
— Se não tivesse ido por minha conta — comentou ele, casualmente —, teria de esperar uma criada vir para ver o que eu desejava. Depois seria preciso aguardá-la descer até a cozinha e ficar na expectativa de a sra. Hingham preparar nossa comida, e então...
— Chega! Entendi o seu ponto de vista — clamou ela, levantando a mão.
— Dessa maneira o almoço chegará mais rapidamente. Não sou uma pessoa dotada de muita paciência.
Dulce também não era.
Mas Ucker, ignorando os pensamentos tumultuados da esposa, simplesmente sorriu e olhou pela janela. Uma leve camada de neve cobria as árvores.
Um casal de criados entrou no escritório e a bandeja com comida foi arrumada sobre a escrivaninha.
— E seus documentos? — inquiriu Dulce.
— Não se preocupe. — Ele empilhou tudo a um canto.
— Não faz mal se ficarem misturados?
Ele deu de ombros.
— A refeição é mais importante. Você é mais importante.
A criada suspirou diante das palavras românticas e Dulce apertou os lábios. A criadagem na certa imaginava que lorde Ucker se derretia de amor quando ficava sozinho com a esposa.
— Ora, vejam — Ucker animou-se. — Temos carne e ensopado de legumes, meu anjo. Quero vê-la comer tudo.
Dulce olhou com desconfiança para a tigela deixada à sua frente. Seria preciso um exército de mulheres grávidas para consumir tudo aquilo.
— Você deve estar brincando.
— De maneira nenhuma. — Ucker enfiou a colher no ensopado e levou-a até os lábios dela.
— Francamente, não posso...
Ela engasgou pela surpresa, depois mastigou e engoliu o bocado.
— Ah, isso é muito engraçado.
— Talvez para você. — Ele repetiu o gesto e Dulce engoliu. — Nada pode ser mais ridículo.
— Que bobagem.
— Isso não será uma maneira de evitar que eu fale tanto?
— Não, embora eu tenha perdido uma grande oportunidade com a última sentença.
— Você é incor... Mais uma colherada.
— Querida, está com um pouco de guisado no queixo.
— É você quem está segurando a colher.
— Fique quieta. — Inclinou-se para a frente e lambeu as gotas de molho da pele dela. — Hum, delicioso.
— Eu lhe digo que me vingarei, seu... — Dulce interrompeu-se quando a colher colidiu com seu nariz.
— Olhe o que você fez. — Ucker sacudiu a cabeça com exagero. — Está se mexendo tanto que eu perdi a direção da sua boca. Agora fique quieta.
Ela contraiu os lábios, mas não pôde evitar um leve sorriso.
— Isso, mostre que é uma boa menina. — E aproximando o rosto, sugou-lhe a ponta do nariz até limpar tudo.
— Ucker!
— Lady Dulce Saviñón Uckermann é a única mulher no mundo que tem cócegas no nariz. — Ele deu risada. — E eu tive o bom senso de me casar com ela.
— Pare com isso!
— De derramar molho no seu rosto ou de beijá-la? Dulce prendeu a respiração.
— De derramar guisado, ora. Você não precisa de um pretexto para me beijar.
— Ah, nem pode imaginar o meu alívio. — Ele tocou o nariz dela com o seu.
— Se não me beijar logo, sou eu quem ficará maluca. Ele provocou-a com um beijo leve como as asas de uma borboleta.
— Assim está bem? É o suficiente?
Recebeu como resposta uma negativa com um gesto de cabeça e o beijo foi intensificado.
— E agora?
— Acho que ainda não.
— O que você quer? — ele sussurrou, com a respiração quente de encontro aos lábios macios.
— Primeiro diga você o que deseja — ela contrapôs e acariciou os braços fortes e, de maneira não usual, massageou os músculos dos ombros.
Aquilo despertou instantaneamente o ardor de Ucker.
— Ah, Dulce... — Gemeu, sentindo o corpo amolecer. — Isso é maravilhoso. Por favor, não pare.
— É extraordinário. — Ela admirou-se, sorrindo. — Você vira uma massa amorfa nas minhas mãos.
— Qualquer coisa, mas não pare — ele disse entre gemidos.
— Por que está tão tenso?
Ucker abriu os olhos e olhou-a com severidade.
— Sabe muito bem o motivo.
Dulce corou. Na última visita ao médico, fora informada de que estava na hora de fazer uma pausa nas relações sexuais. As reclamações duraram uma semana.
— Eu me recuso a acreditar! — ralhou e tirou os dedos dos ombros do marido, e sorrindo ao escutá-lo gemer em protesto.
— Não sou a única causa das suas dores nas costas.
— Tensão por não poder fazer amor com você, exaustão física por ter de levar esse corpanzil escada acima...
— Você nunca teve de me carregar!
— Está bem, apenas pensei nisso, o que já foi suficiente para fazer surgir meu lumbago. — Ucker levou a mão para trás e apontou um local na coluna vertebral. — Bem aqui.
Dulce franziu os lábios, mas cedeu à tentação. Pôs-se a massagear o lugar indicado.
— Permita-me dizer uma verdade. Milorde é uma criança grande.
— Hum-hum... — ele concordou com a cabeça de lado. — Importa-se se eu me deitar? Será mais fácil para você.
Dulce espantou-se. Como ele conseguira induzi-la a massagear-lhe as costas ali mesmo sobre o tapete? O que também dava a ela um certo prazer. Gostava de tocá-lo e de memorizar os contornos de seu corpo. Feliz, livrou-o da camisa e acariciou a pele dourada, quente e sedosa.
— Gostaria que você cocasse minhas costas — pediu ela, lembrando-se de que fazia muito tempo que não conseguiu deitar-se de bruços.
— Agora fique quieta — comandou ele com suavidade, virou-a e iniciou a compressão metódica na coluna de Dulce.
— Ah... — Ela suspirou, com a impressão de estar no paraíso. — Que delícia!
Ouvindo um gemido, virou o pescoço para ver o que havia acontecido. E comprovou o esforço que ele fazia para controlar o desejo.
— Sinto muito, querido — desculpou-se com uma careta. — Se servir de consolo, eu também sinto imensamente a sua falta.
Ucker abraçou-a com força, mas cuidando para não pressionar o ventre.
— Claro que não é sua culpa, meu anjo.
— Eu sei, mas assim mesmo tem sido difícil aceitar esse afastamento forçado.. — Ela baixou o tom de voz. — Sinto-o dentro de mim, meu amor, e algumas vezes é como se estivesse tocando o meu coração. E isso é o que me faz mais falta.
— Não fale assim...
— Perdoe-me.
— Pelo amor de Deus, pare de se desculpar.
— Está bem, esqueça o que eu disse. — Ela teve vontade de rir. — Mas lamento que você esteja nesse estado. Isso não é justo.
— Claro que é. Tenho uma esposa saudável e um lindo bebê. Restringir-me durante alguns meses não é tão grave.
— Mas não será preciso continuar em abstinência — murmurou Dulce de maneira sugestiva, abrindo-lhe os botões da calça.
— Pare com isso. Eu não suportarei.
— Não terá de fazê-lo. — Ela levantou a camisa de Ucker e beijou-lhe o abdômen.
— O que... Ah, Dulce... — Ele deixou escapar um gemido áspero.
Ela continuou a beijá-lo em sentido descendente.
— Oh... oh!
7 de maio de 1820,
Sou uma desavergonhada, mas meu marido não tem do que se queixar.
Comentem!!! Obrigada pelo carinho. LOS AMO. <3
Maby - tudo bem, senti sua falta. Seja bem-vinda novamente *-*
Lua - Provas são terrriveis, mas necessárias. Então se ocupe estudando pra elas, depois você passa aqui. Boas provas! *-*
Beijão, meu povo lindo ;*
[em relação a outra web espero que vocês tenham me entendido, Ok?! Amo vocês muito!]
Autor(a): LorenaLemos
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Na manhã seguinte, Ucker despediu-se, beijando delicadamente a testa da esposa. — Tem certeza de que ficará bem durante a minha ausência? Dulce engoliu em seco e anuiu, piscando para afastar as lágrimas que jurara não derramar. O céu ainda estava escuro, mas Ucker queria sair cedo para a viagem a Londres. Sentada na ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4110
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stellabarcelos Postado em 18/04/2016 - 02:24:20
Apaixonada por essa história! Amor lindo e puro! Amei
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alwaysvondy Postado em 15/07/2013 - 14:36:10
omG q web perfeita...amei demais o final<3
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
2ª vez que estou lendo essa web, ela é tão linda, tão encantadora.... que no final não sei se choro que emoção pela história ou por ela ter terminado. Ela é PERFEITA!!
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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