Fanfic: História de um Grande Amor - adaptada. (vondy) | Tema: Rebelde
— Diga-me, srta. Savinón. — Ergueu-lhe ligeiramente o queixo com a ponta de dois dedos. — Já foi beijada?
Não seria nenhum exagero afirmar que Dulce sonhara com aquele momento desde menina. E em suas fantasias, ela sempre sabia o que dizer. Mas a realidade era muito mais complexa, e deixou-a estática, encarando-o sem ar.
O engraçado era sempre ter imaginado que ficar sem respirar fosse uma metáfora.
— Acho que não — ela respondeu, sentindo-se atordoada.
Deveria sair correndo, mas estava paralisada. Além do mais, o que mais desejava no mundo era ser beijada por Ucker. Ou, pelo menos, era o que imaginava desde os dez anos de idade, quando nem sabia o significado de um beijo. Ucker beijou-a levemente nos lábios.
— Adorável — ele murmurou e traçou uma linha de beijos sedutores pela face delicada até alcançar a linha do queixo.
Era como estar no paraíso, uma sensação totalmente diversa das que conhecia. De repente Dulce foi invadida por uma estranha tensão que se enovelava, se expandia e era de compreensão ignorada. Ela permaneceu no mesmo lugar, deliciando-se com os beijos no rosto e nos lábios.
— Abra a boca.
Ela obedeceu porque se tratava de Ucker e por ser o que sempre desejara. Sentiu a língua ávida, aventurando-se pelo interior de sua boca inocente. E no minuto seguinte foi puxada de encontro àquele corpo viril. As mãos grandes e os dedos exigentes ficaram muito mais ousados. Foi quando entendeu que havia algo errado. Aquela não era a carícia que sonhara durante anos. Estava claro que não era desejada, muito menos amada. Aliás, obscura também era a razão pela qual estava sendo beijada.
— Beije-me — Ucker resmungou e pressionou os lábios de encontro aos dela com renovada insistência, ao senti-la recuar.
Ele estava sendo ríspido e agia com raiva. Pela primeira vez naquela noite, o medo se abateu sobre Dulce.
— Não. — A negativa perdeu-se dentro da boca que a devorava.
Sem aviso, ou carinho preliminar, as mãos fortes desceram, apertando as curvas do corpo feminino, até alcançarem as nádegas firmes. Foi então que ele atingiu o auge da ousadia ao pressioná-las, apertando-as contra seu membro enrijecido. Dulce percebeu que estava no limiar do desejo e do medo, pois ao mesmo tempo que o desejava, temia estar sendo forçada a um ato sem amor.
— Não — ela tornou a dizer e colocou as mãos entre ambos, empurrando-o com as palmas no peito. — Não!
Ucker se afastou abruptamente e sem a menor demonstração de pesar.
— Dulce María Savinón — ele murmurou —, quem é que vai saber o que houve?
Movida pela raiva e sentindo-se humilhada, ela deu-lhe um tapa no rosto.
Ele estreitou os olhos, mas nada disse.
— Por que fez isso? — ela quis saber com voz firme, embora continuasse a tremer.
— Eu quis beijá-la, ora. — Ele deu de ombros. — E por que não deveria fazê-lo?
— Porque não. — Dulce não conseguiu demonstrar a indignação que sentia. — Nunca concedi esse privilégio ao senhor.
Uma gargalhada sonora ecoou na sala.
— A senhorita desempenha muito bem o papel de dominadora.
— Pare com isso! — Ela o detestava por falar de coisas que não entendia. — Por que me beijou? O senhor não me ama!
Dulce enterrou as unhas na palma das mãos. Nem mesmo ela sabia de onde tirara coragem para enfrentá-lo daquela forma.
Ucker apenas sorriu.
— Esqueci que a senhorita tem apenas dezenove anos e por isso é incapaz de entender que o amor nem sempre é um pré-requisito para um beijo.
— O senhor nem ao menos gosta de mim.
— Bobagem, claro que gosto. — Ele piscou, como se tentasse lembrá-la de quanto a conhecia. — Bem, certamente não desgosto.
— Eu não sou Alice — ela sussurrou.
Em uma fração de segundo, Ucker agarrou-a pelo braço com força.
— Nunca mais mencione esse nome, entendeu? Espantada, Dulce percebeu a fúria cruel nos olhos dele.
— Perdão. Agora, por favor, solte-me.
Ele não obedeceu. Continuou a segurá-la como se estivesse encarando o fantasma de Alice.
— Por favor, está me machucando!
De repente Ucker percebeu o que estava fazendo e recuou.
— Desculpe-me. — Olhou para o lado. Para a janela ou para o relógio? — Peço perdão por ter feito o que fiz.
Engolindo em seco, ela desejou dar-lhe outro tapa e ir embora. Mas era uma tola e não pôde conter as palavras:
— Sinto muito por Alice ter feito a sua infelicidade.
— Os boatos correm depressa, até mesmo nas salas de aula, não é? — ele perguntou, encarando-a.
— Não! Eu apenas fiquei com vontade de dizer isso.
— Ah, é?
Dulce mordeu o lábio, imaginando o que deveria dizer. Além dos boatos, ela mesma testemunhara várias ocorrências. A começar pelo brilho de paixão naqueles olhos no dia do casamento. Era como se o casal estivesse numa redoma que os isolava dos outros, e a ela só restava contentar-se em observar e sofrer calada.
Da outra vez em que o vira... tudo havia mudado.
— Srta. Savinón... — Ucker insistiu. Ela olhou para cima.
— Qualquer pessoa que o conheceu antes do casamento poderia desconfiar da sua desdita.
— Explique melhor. — O olhar ansioso a impedia de mentir.
— Eu sempre o via rir e, quando isso acontecia, seus olhos cintilavam.
— E agora?
— Seu olhar é duro e frio.
Ucker fechou as pálpebras, deixando a impressão de estar sofrendo. Mas ao descerrá-las, fitou-a com olhar penetrante e um sorriso irônico. Em seguida, cruzou os braços e encostou-se numa estante.
— Diga-me, srta. Savinón, quando foi que se tornou tão perspicaz?
Dulce engoliu o desapontamento, fora vencida de novo. Quando Ucker fechou os olhos, teve a impressão de que ele a escutara. Não exatamente as palavras, mas o seu significado.
— Sempre fui assim. O senhor até comentou sobre isso quando eu era pequena.
— Esses olhos castanhos — Ucker riu sem vontade —, seguiam-me por toda parte. Sei muito bem que eu a agradava.
Como um homem podia ser tão cruel?
— O senhor sempre foi muito bondoso para mim quando eu era criança.
— Talvez fosse mesmo, mas isso já faz muito tempo.
— Ninguém entende o fato mais do que eu. Os dois ficaram em silêncio por algum tempo.
— Vá embora. — A voz de Ucker foi ríspida e sofrida e ela obedeceu de imediato.
E naquela noite a página do diário ficou em branco.
Meus amores por hoje é só, postei bastante. O que vocês acharam da mudança de Dulce em relação ao prólogo e agora que ela tem dezenove anos? E essa Alice, fazia o Ucker ser um chifrudo, tadinho! Mas a falecida será muito lembrada durante a web por todos. E a atitude do Ucker, no começo nos dá um calor, uma felicidade de poder saber que a Dul vai realizar seu sonho com ele, quando PÁH! ele está sendo um grosso, apenas com raiva por Alice e sua morte! Agradeço a todos os meus leitores tantos os antigos, quantos os novos, amei cada um, assim que entrei e vi tantos coments eu quase caiu pra trás, KKKK!
Sejam bem-vindos: vondyatrevidinha; Leeh; Luh; Juju; Thai; Lucas; dulyuckerforever; tatamaribrurbd; vondete. Bem vindos e bem vindas todos os que já conheço e os que conheci e ao longo da web a amizade irá crescer, muito obrigada!
COMENTEM!!!
Beijão ~*Lore
Autor(a): LorenaLemos
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4110
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stellabarcelos Postado em 18/04/2016 - 02:24:20
Apaixonada por essa história! Amor lindo e puro! Amei
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alwaysvondy Postado em 15/07/2013 - 14:36:10
omG q web perfeita...amei demais o final<3
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
2ª vez que estou lendo essa web, ela é tão linda, tão encantadora.... que no final não sei se choro que emoção pela história ou por ela ter terminado. Ela é PERFEITA!!
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
2ª vez que estou lendo essa web, ela é tão linda, tão encantadora.... que no final não sei se choro que emoção pela história ou por ela ter terminado. Ela é PERFEITA!!
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:27
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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anevondy Postado em 27/06/2012 - 00:13:26
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