Fanfic: Entre el deseo y el amor[Vondy] - Mini Web - Terminada

Amoras do meu tum tum, sorry nun ter postado o Ultimo Cap ontem!

La vai ele!

Corri o mais rápido que pude e pude avistar Christopher em uma rua totalmente deserta a duas quadras da casa dele. O cheiro forte de sangue entrou pelas minhas narinas e eu quase bebi o sangue empoçado no asfalto. Christopher estava muito machucado e havia perdido muito sangue. Acolhi Christopher em meu colo e me controlei ao máximo para não beber de seu sangue ali mesmo. Olhei para o céu. Em questão de minutos amanheceria. Em questão minutos vários humanos sairiam de suas casas e nos veria. Em questão de minutos a policia chegaria. E me veriam brilhando. E então, o mundo dos vampiros estaria altamente ameaçado.

Mas isso pouco me importava. Eu chorava e em completo desespero implorava para que Christopher acordasse.

“Ele não tem muito tempo de vida Dulce!”

Uma voz ecoou em minha mente. Era a voz de Poncho.

- Dul… - ouvi um murmúrio que saiu dos lábios de Christopher.

- Oh Christopher, meu amor! Não faça força! Você vai ficar bem, eu te prometo.
- Dul… que… ro… te… dizer… u…uma… coisa.

Minhas lagrimas quentes caiam sem cessar pela face dele.

- Eu… a…am…amo… você.

- Oh Chris! Eu também te amo! Você não vai morrer, meu amor, eu não deixarei!
- Sin…to…que…já…Che…gou…mi…nha…ho…hora… que…ro… te…pedir…… uma… coisa…

Eu não tinha forças para falar nada e ele continuou:

- Que…ro… que… vi… vi…viva! Não… se… ma…ma…mate. – e então ele fechou completamente os olhos e eu dei um grito de dor, enquanto ainda o abraçava fortemente. Não me importava em me sujar de sangue. Nada mais importava agora. Christopher não poderia morrer!

E então, eu o senti desfalecer em meus braços. Senti o ultimo suspiro sair dos lábios de Christopher. Seu coração lentamente parou te bater… e sua pulsação ficou cada vez mais fraca.

“Só há uma maneira de salva-lo Dulce!”

Senti a voz de Poncho ecoando em minha mente mais uma vez. E então, na desesperada tentativa de fazê-lo viver eu mordi seu pescoço e suguei seu sangue.

O quente e doce liquido vermelho desceu por minha garganta como um vulcão. Um gole. Dois goles… eu queria mais. Mais e mais. Tudo que eu bebesse não seria suficiente para acabar com minha sede do sangue dele.

“Vá com calma Dulce! Se continuar assim… ele perderá muito sangue e não conseguirá se transformar!”

E eu tentei. Uma, duas, três vezes. Tentei parar beber o sangue. Tentava descolar meus lábios de seu pescoço. E então, comecei a chorar. Chorar em um completo desespero, sem ao menos, descolar meus lábios de seu pescoço, sem ao menos deixar de sugá-lo. Tinha raiva de mim… raiva por não conseguir parar, raiva por ser esse lixo. Raiva por matá-lo…

Por minha culpa ele não sobreviveria… eu era uma idiota, um lixo. E que tipo de amor era esse?

E então, a terrível imagem de seu rosto pálido e sem vida voltou a minha mente. Sua morte seria tremendamente dolorosa e então eu consegui. Parei de beber. Descolei meus lábios. E suspirei fortemente.

Um lado meu queria voltar a beber o sangue. Mais o outro, que estava tremendamente fortalecido, dizia que não. Eu precisava dele. Eu precisava dele vivo e comigo.

E então, minha atenção se voltou a ele. Tentei ouvir seus batimentos. Nada. Tentei ouvir seu sangue pulsando. Nada. Christopher estava morto.

“Sinto muito Dulce, mais acho que não poderemos fazer mais nada por ele.”

E então uma lagrima caiu. E em seguida outra e outra. E eu dei um uivo de dor. Um uivo que toda Florida ouviu. Abafado por soluços e mais soluços e um rio de lágrimas de dor. Ele estava pálido. Ele estava sem vida. Eu não sentia mais seu pulso. Nem seu coração. Morto. Gélido e morto.

Não sei quanto tempo eu fiquei ali… olhando seu rosto pálido e sem vida. A imagem que eu tanto desprezei. A imagem que durante todo esse tempo me deu forças para não matá-lo. Que sentido tinha a vida agora? Christopher me pedira uma coisa impossível. Não me matar. E essa promessa, eu não cumpriria. O mundo não fazia sentido se ele não estivesse vivo.

Alguém deveria estar se aproximado (não que isso me importasse agora, afinal, nada mais me importava) por que ouvi um coração pulsando muito lentamente.

Eu ainda olhava Christopher que estava como uma estatua. Foi então que um longo suspiro saiu de seus lábios e ele começou a tremer convulsivamente. Minhas lagrimas seguintes foram de alegria pura. O coração que eu ouvira pulsando a segundos atrás era o dele.

As batidas de seu coração foram ao triplo do normal. Coisa que um coração humano nunca aquentaria.

Sim. Ele estava se transformando.

Meus poderes ajudaram muito para que ninguém aparecesse na rua e fui obrigada a voltar a ChurkVile com Christopher em pleno processo de transformação, que duraria cerca de seis horas. Segurei nas mãos de Christopher durante todo o processo. Eu sabia que era doloroso. Era uma dor insuportável.

Mais apesar de tudo, meu coração estava tranqüilo. Com o Christopher vampiro eu tinha certeza que nunca mais o perderia.

Horas depois, quando Christopher abriu os olhos, dessa vez como um vampiro recém-transformado, ele se viu em nosso castelo. Senti uma forte emoção ao vê-lo despertar e ter a certeza de que não o perderia e que ele seria meu e eu dele durante todo o sempre.

Ao mirar seus olhos avermelhados, eu soube que não seria um mar de rosas eternamente. Afinal, nunca foi. Eu tinha a minha personalidade forte e ele tinha a dele.
Haveria brigas? Oh sim, haveria. Mais com grandes reconciliações. Não me importava o que fosse acontecer. Não me importava o que eu fosse enfrentar. Eu estava com ele. E isso me bastava e eu sabia que para ele bastava também.

Sorri para ele.

- Bem vindo ao meu mundo Christopher.

- Meu amor, acho que descobri meus verdadeiros poderes.

- Mais já? – o olhei espantada.

- Não é possível que você realmente esteja nua, é?

Olhei para mim. Eu estava completamente vestida. E então o mirei. Ele gargalhava sem parar. Idiota. Ele estava de brincadeira, tirando uma com a minha cara.

- Quer morrer no seu primeiro dia como vampiro Christopher?

Ele me sorriu.

- Brincadeirinha Dulce. Mais que seria divertido, seria!

- Haha, muito engraçadinho você.

- Obrigado.

- Pelo o que?

- Por me receber em seu mundo.

- Nosso mundo. Esse mundo agora é nosso. E eternamente será.

- Amo você Dulce.

- Eu também te amo Chris. – olhei no fundo de seus olhos vermelhos, que em contraste com sua pele branca e gélida o deixou ainda mais bonito e o beijei.

Oh sim! Aquele vampiro em minha frente era Christopher. O meu Christopher.

                                                                                 Fim.