Fanfic: S2 with you,stranger sensatión S2 TERMINADA

Christopher andava de um lado para o outro do corredor do hospital. Fora mandado para fora do quarto, onde a mulher estava em trabalho de parto. Mas não queria se afastar dali.
Sentia-se apreensivo. A lembrança da queda de Dulce da escada o perseguia. Ele a via, fria e imóvel, deitada na cama imensa. O estômago, contraiu-se horrivelmente e o medo aumentou.
Os primeiros gritos de Dulce o deixaram desesperado e Christopher começou a suar. Os seguintes, o fizeram correr para a porta do quarto, mas ele dominou-se e não a abriu.

Os minutos passavam com uma lentidão exasperante e quanto mais andava pelo corredor mais agitado Christopher ficava. Os gemidos de Dulce passaram a ser quase contínuos. Às vezes eram altos, outros, suaves, forçando-o a apurar os ouvidos. Eles significavam que a mulher continuava viva e respirando.
 Se aguentar mais foi até a porta e a abriu com estrondo, alarmando as pessoas.

 Dr. Raú o olhou com cara feia. Mas nada falou deixou q ele se aproximase da cama onde Dulce gemia, Chris apreensivo perguntou:

Chris:Por que a criança ainda não nasceu? — indagou ele.
Dr. Raú: Tenha um pouco mais de paciência. Ainda não chegou a hora...
Chiris: Paciência?! Estou ouvindo seus gritos há perto de uma hora!
Em vez de concordar com a acusação comovente, Raú sorriu.

Dr. Raú: E vai levar outro tanto. Você precisa ir lá para fora e esperar. Nós o avisaremos quando o bebê nascer.
Chris: Não saio daqui até verificar como minha mulher está passando!
Dul: Podem deixar ele ficar! — Dulce gritou. — Melhor, ele que venha até aqui para ver como estou passando!
Chris: Dulce — Christopher murmurou ao se aproximar depressa da cama.
Ela estava arquejante, com o rosto vermelho e não aparentava a palidez da morte. Mesmo assim, não parecia bem. Enquanto ele a observava, suas feições se contraíram num espasmo de dor.
Chris: Como você se sente? — indagou ele.
Dul: Chegue mais perto e me deixe retorcer suas partes intimas. Assim saberá como me sinto — respondeu ela, ofegante.
A sugestão o deixou perplexo por um instante. Então, Christopher endireitou-se e lhe dirigiu um olhar severo.
Chris: A culpa não é só minha, lembre-se disso! Agora, não venha me culpar por seu desconforto.
Dul: Desconforto?! Eu lhe provocarei desconforto suficiente, seu desgraçado! A culpa é toda sua! Você me levou para a cama! Ou melhor para o celeiro!
Chris: Você me seduziu!
Os dois gritavam tão alto um com o outro que não ouviram o médico dizer:
Dr. Raú: Faça força, Dulce.
Foi preciso Raú repetir a ordem em alto e bom som.
Dr. Raú: Faça força!
Dulce ouviu e obedeceu antes de voltar a gritar com Christopher.
Dul: Nunca mais vou fazer isso!
Chris: Ótimo! Pelo menos, concordamos em alguma coisa.
Dulce voltou a fazer força, seu rosto ficando escarlate. Christopher sentiu-se alarmado, mas a mulher o injuriou novamente.
Dul: Nunca mais me toque!
Chris: Nesse caso, você precisa manter as mãos longe de mim.
Dul: Homem teimoso!
Chris: Mulher cabeçuda!

Christopher semicerrou os olhos ao fitar os de Dulce. Estes brilhavam de fúria. Mas então, ela gemeu e largou-se sobre os travesseiros, enquanto estendia a mão e pegava a dele. Apesar de suas ameaças, ele a segurou com força e entrelaçou os dedos. No mesmo instante, o choro de uma criança ecoava no quarto.
Atônito, Christopher olhou para os pés da cama, onde o médico entregava uma forma minúscula para a enfermeira, enquanto resmungava:
Dr. Raú: Pobre criaturinha! Imagine ter o sangue desses dois! Eles não poderiam ser mais loucos.
Sorrindo, Christopher virou-se para a mulher e ela, com os olhos brilhando, murmurou:
Dul: Eu não quis dizer nada daquilo.
Chris: Nem eu — admitiu ele, alargando o sorriso.
Por um momento, fitaram-se, sentindo o amor que fluía entre eles como um rio caudaloso. Então, a enfermeira se aproximou e entregou uma trouxinha para Christopher.
Dr. Raú: Uma menina.

Dulce pegou a filha no colo e pensou que explodiria com a força da alegria sentida.
Dul: Ora, Christopher, sua covinha apareceu — provocou.

Chris: Vamos chamá-la de Vitória!

Dul: Bella Vitória!

FIM