Fanfic: Brincando Com Fogo AyA (Finalizada) - Adaptação de Karen Kelley | Tema: Rebelde
As sobrancelhas de Alfonso formaram um arco interrogativo.
— Anahí? Aquela da qual você já me falou? Rica... possui seu próprio negócio?
— Ela mesma. E não é apenas uma empresa própria, é mais como uma cadeia de negócios. Anahí é também a melhor amiga de meu marido. Eles se conhecem desde o ginásio. Se você a magoar, Christopher jamais o perdoará, ou a mim. Eu não poderia suportar isso, Poncho. Como um presente de casamento, prometa-me que não fará nada para destruir a amizade de Anahí e Christopher. O relacionamento deles é muito caro para meu marido. Por favor...
Alfonso analisava Anahí. Mulheres o fascinavam. Amava tudo nelas. Todas as pequenas peculiaridades. A maneira como se moviam com graça. O perfume e o riso. O sorriso tímido e sedutor. Acima de tudo a maneira como os olhos delas faiscavam. Tinha um pressentimento de que havia muitas facetas de Anahí que adoraria conhecer.
— Alfonso? Por favor, você precisa me prometer!
Ele olhou para a irmã. Naquele momento, Dulce o fitava daquele jeitinho que o desarmava, obrigando-o a fazer qualquer coisa que pedisse. Seu suspiro foi longo e profundo.
— Tudo bem, você venceu. Como sempre. Ela sorriu de leve, mas parecia preocupada.
— Ótimo, mas tem de jurar. Prometer apenas não basta. Alfonso enganchou o dedo mínimo ao dela.
— Jure, Poncho.
— Isso é uma grande besteira.
Dulce ficou quieta, e não sairia dali até que o irmão jurasse. Teimosa, mal-humorada... Alfonso quase teve pena de Christopher.
— Tudo bem, eu juro.
— Dê-me sua palavra de que jamais irá flertar com Anahí.
— Eu nem mesmo chegarei perto dela.
Os ombros de Dulce relaxaram, e a expressão amenizou-se.
— Obrigada. Agora dance comigo, irmãozinho. Nós não estivemos na pista de dança sequer uma vez.
Boa tática: afastá-lo de qualquer tentação. Alfonso consultou seu relógio de pulso, que mostrou quase nove horas.
— Vocês não deverão estar no aeroporto às dez e trinta?
— Sempre haverá tempo para uma dança com meu irmão querido — disse ela com os olhos brilhantes de amor, no mesmo instante em que agarrou o braço dele.
— Sendo assim, como posso recusar?
Alfonso permitiu que Dulce o conduzisse à pista. Antes que se juntassem aos outros casais ela entregou-lhe um chaveiro.
— Aqui está a chave de meu apartamento, Poncho. É melhor que você pegue isto antes que eu esqueça. Mas prometa que não dará nenhuma festa maluca por lá.
— De onde tirou essa ideia, Dulce? Não costumo dar festas malucas. Além do mais, estarei trabalhando, você sabe. E a casa não é mais só sua. Está casada, esqueceu? — Olhou para a chave antes de enfiá-la no bolso. — Deve ter avisado sobre isto a Christopher, não é? Ele sabe que ficarei hospedado lá por uma semana?
— Você sempre se hospedou em meu apartamento, amor. E Christopher me ama. Portanto, não se importará. Além do mais, estaremos em lua-de-mel.
— De qualquer modo, acho que você deveria ter conversado com seu marido a respeito disso. Não gosto da ideia de ir para a casa de vocês sem o consentimento dele.
— Fique tranquilo. Conheço meu marido. Ele não fará nenhuma objeção. Acontece apenas que, com tantas coisas na cabeça, acabei me esquecendo de falar com sobre esse assunto. Porém, juro que mais tarde explicarei tudo a Christopher, está bem? Pode ficar sossegado. — Acariciou-lhe de leve os cabelos. — Apenas esteja certo de que manterá aquele compromisso. Tive de desatar muitos nós para estabelecê-lo.
— Pode deixar. Não tenho condições de perdê-lo. Estou jogando meu futuro nesse programa de computação.
Dulce apertou o braço dele, e começaram a se mover ao ritmo de uma canção lenta.
— Você se sairá muito bem, Poncho. E que melhor lugar para jogar do que em Las Vegas?
— Christopher!
O amigo de Anahí virou-se, com um sorriso acolhedor.
— Eu estava começando a imaginar se o veria antes que saísse para sua lua-de-mel. — Lágrimas brotaram nos olhos de Anahí, mas ela logo as deteve.
Ele a abraçou forte por um momento.
— Não vai chorar, vai, Anahí? Não no dia mais feliz de minha vida.
Ela fungou e conseguiu fazer que não, não obstante estar pressionado o nariz contra a camisa dele.
— Estou tão contente por você, meu amigo! E gosto muito de Dulce, também. Fez uma ótima escolha, Christopher. Parabéns.
— Obrigado, Anahí. Concordo que escolhi a melhor garota. Para ser sincero, nunca pensei que me apaixonaria... então, por acaso ela surgiu em meu caminho. Por Deus, eu a amo tanto que chega a doer!
— Fico satisfeita por ouvir isso. — De repente, Anahí franziu as sobrancelhas. — Mas vi um homem muito sexy todo embasbacado por Dulce minutos atrás. Bonita como é sua esposa, você tem de ficar alerta. Sabe como é, um buquê de rosas, jantares românticos à luz de velas, presentes especiais... Essa espécie de coisa.
Christopher arqueou uma sobrancelha escura.
— Você e minha mulher não estiveram conspirando contra mim, estiveram?
— Nós?! — A expressão dela descontraiu-se, e ela riu a valer. — Não, mas havia mesmo um homem com Dulce ainda há pouco. Deve ser algum parente. Eu estava esperando por uma apresentação. — Sorriu, travessa.
— Mostre-o para mim. É o mínimo que posso fazer, uma vez que você está me surpreendendo com essa conversa.
Anahí escrutinou o ambiente. Suas feições ficaram rígidas. Os dois estavam ali um minuto atrás. Resmungou baixinho. O cavalheiro em seu smoking impecável era a melhor coisa que vira nos últimos anos. Cabelos escuros, feições másculas e fortes, e sem dúvida marcantes. E o smoking caía-lhe como uma luva, tornando-o mais sensual ainda.
— Não me diga que você já perdeu sua esposa — disse um senhor de idade um tanto embriagado quando aproximou-se de Christopher e bateu-lhe nas costas. Examinou Anahí com um olhar de avaliação. — Fez uma bela troca...
O sorriso de Christopher não conseguiu disfarçar a irritação.
— Dulce está mudando de roupa para nossa viagem de lua-de-mel, daqui a pouco.
— Engraçado, mas vi sua jovem esposa ser conduzida para o tablado de dança um minuto atrás por um moço que parecia muitíssimo interessado nela.
— Obrigado pela informação. — Christopher se controlava para não agredir o atrevido. — E você pode experimentar o café que está sendo servido ao lado do bar — acrescentou, com cinismo.
Segurou Anahí pelo braço e a conduziu para longe.
— É algum familiar seu?
— Um tio distante, que, graças aos céus, não vejo com frequência. Minha mãe insistiu que o convidasse. E o tolo aqui a obedeceu. Não me pergunte por quê.
Nem bem Christopher se livrou do tio embriagado e apareceu-lhe pela frente uma senhora idosa com voz chorosa:
— Estou tão nervosa, Christopher! Como vou fazer para pegar um táxi para me levar embora para casa, uma vez que é você que sempre faz isso e não estará aqui?
— Não se preocupe, tia Pamela. Há seguranças na porta que a ajudarão a encontrar condução.
— Eu já disse isso para ela — interrompeu outra matrona, que decerto acompanhava Pamela.
— Mas, Matilde, você se esquece de que não tenho idade para pegar qualquer táxi? E se me sequestrarem?
— Ainda bem que sou pobre e posso ir em qualquer táxi, pois, se for assaltada, há o risco de os assaltantes se apiedarem de minha penúria e me darem dinheiro.
— Ora, francamente! — ralhou Pamela. — Não é hora para brincadeiras. Adeus, então, sobrinho querido. Seja muito feliz. — Deu um beijo no rosto de Christopher e se afastou, carregando a amiga consigo.
— Perdoe-me, Anahí, mas minhas tias me tiram do sério. Imagine você que tia Pérola teve a infeliz ideia de perguntar a Dulce se ela estava se casando grávida, porque achou que o vestido de noiva não disfarçava uma sutil barriguinha. Ainda bem que Dulce tem espírito superior e não levou em consideração.
— Não há por que se desculpar, Christopher. — Sorriu. — Pessoas de idade de um modo geral portam-se assim com o passar dos anos.
—Algum tempo atrás assisti a um filme italiano que se chamava Parente é Serpente, em que cinco filhos de um casal de idade avançada, que se torna dependente e um estorvo na vida deles, conspiram para aniquilar a vida dos velhinhos. Na ocasião, fiquei muito sensibilizado com a atitude dos filhos, mas pensando bem acho que o diretor tinha razão. Até eu às vezes penso em escrever um roteiro de sobrinhos que conspiram para acabar com os tios que se tornam inconvenientes, insuportáveis e indiscretos.
Anahí não conseguiu evitar o riso diante do humor negro de Christopher.
— Ah, lá está ele! Aquele a quem quero ser apresentada... — Um formigamento subiu-lhe pela espinha. Ela encarou Christopher. — Dançando com sua mulher...
Christopher arregalou os olhos.
— Aquele? Não acredito! Anahí, é incrível como você sempre tem uma aptidão para escolher o pior homem para namorar. É de fato inacreditável. No meio de todos os rapazes aqui, como é possível que focalizasse sua atenção justo nele? Seu radar foi quebrado quando você nasceu?
—Muito engraçado... — Anahí fez uma pausa, admirando o homem bonito que dançava com Dulce. — Admito que tive algumas experiências românticas desastrosas, mas...
— Algumas? Está sendo muito indulgente consigo mesma. Ela deu de ombros.
— Tudo bem... várias experiências. Mas venho mudando minhas táticas. Decidi que agora só quero me divertir. Nada de relações amorosas emocionais. Apenas prazerosas, dessas que nos fazem transpirar.
Christopher ergueu a mão.
— Basta, menina! É mais informação do que preciso saber. E isso não dará certo.
— Tem algo contra sexo casual? Hum, deveria discutir isso com Dulce antes que partam em lua-de-mel. Não há nada mais gostoso do que sair para jantar num restaurante romântico à luz de velas e uma música suave ao fundo, beber um bom vinho em cálices de fino cristal, sair para a noite com um leve zumbido nos ouvidos e um pequeno estalido no cérebro, ir para a cama com o acompanhante, ter uma maravilhosa noite de amor, e no dia seguinte, "bom dia e adeus". Quer coisa melhor? Nada de compromissos e perguntas do tipo: "Você me liga amanhã?".
— Eu não tenho um problema, Anahí. E você que tem. Sempre acaba se envolvendo. E sempre, sem escapar uma única vez, sai machucada da história.
— Dessa vez será diferente, eu asseguro. Acredite-me, meu amigo. Tudo o que eu quero é...
— Não.
Anahí observava o estranho dançando com Dulce. Era delicioso, sexy e amoral. Ela podia, com toda a facilidade, imaginar-se deitada nua em seus braços fortes.
— O que quer que esteja pensando ou querendo, minha amiga, esqueça. Aquele é o irmão de Dulce. Alfonso, o maior conquistador de todos os tempos. O terror das mulheres incautas. Indigno de uma dama como você.
Ela o encarou, espantada.
— Então aquele é o mal-afamado solteirão?
Anahí ouvira histórias sobre ele narradas por Christopher, e mesmo algumas por parte de Dulce. Alfonso Herrera amava as mulheres, e elas sucumbiam diante de seu poder arrebatador. Bastava que estalasse os dedos para que elas corressem em sua direção.
Examinou-o com um olho crítico. Quando Alfonso sorriu, notou um ar de meninice nele, enquanto ao mesmo tempo uma aura de suave sofisticação o circundava. Sim, Anahí gostou do que viu.
Alfonso na certa saberia como agradar uma mulher. A simples possibilidade de ser envolvida naqueles braços viris fez a pulsação dela disparar e seu corpo inteiro se arrepiar, consciente da extraordinária atração sexual que ele lhe causava.
Anahí queria o que lera nos livros, mas o dinheiro sempre interferia nos seus namoros. O fato de ser uma jovem muito bem-sucedida, e rica, punha os homens inseguros. Era como se eles começassem a sentir-se inadequados e decidissem que tinham de provar alguma coisa.
E na cama, costumava tirar o melhor proveito, enquanto ela acabava sempre frustrada. Queria um companheiro que não se importasse com nada, exceto fazer amor intenso a noite inteira.
— Alfonso partirá logo após a recepção. — A afirmação de Christopher interrompeu-lhe as conjecturas.
O coração dela bateu mais forte.
— Está brincando!
— Não, eu falo sério.
— Não é justo! — Anahí fez um biquinho, como uma menina triste.
— De qualquer forma, estará trabalhando, meu bem. — Ele a encarou. — Tem certeza de que quer decorar o apartamento de Dulce com as próprias mãos, embora tenha uma equipe inteira trabalhando para você? Não iria ferir meus sentimentos se delegasse a tarefa para alguém mais, Anahí. Pense bem. Sei o quanto está ocupada com suas lojas.
Ela afastou o olhar de Alfonso e o fixou em Christopher, enlaçando o braço dele.
— Já ponderei muito, Christopher. E de jeito nenhum confiaria esse trabalho a outras pessoas. Você significa muitíssimo para mim, e sabe disso, não é, meu querido e velho amigo?
— Bem, sendo assim é melhor dar-lhe a chave do apartamento antes que eu me esqueça. Acha que Dulce desconfia de algo?
— Em absoluto. Será uma total surpresa para ela.
— Ótimo! Minha mulher adora surpresas.
— Eu também.
Autor(a): Layzinha
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Anahí destrancou o apartamento de Dulce e entrou, deixando cair as malas no chão ao fechar a porta. Estava exausta, pois ficara até tarde da noite arrumando a bagagem, e naquele momento sofria as consequências. Olhando para seu relógio de pulso, verificou que era quase meia-noite. Tudo o que queria era um banho bem demorado e uma ca ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 163
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jl Postado em 04/10/2011 - 11:25:20
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA meu pai que perfeito esses dois no final *--* Anahí toda engraçadinha, AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA carajo foi muito perfeita essa web *--* Obrigada por adaptar *-*
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jl Postado em 04/10/2011 - 11:25:19
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA meu pai que perfeito esses dois no final *--* Anahí toda engraçadinha, AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA carajo foi muito perfeita essa web *--* Obrigada por adaptar *-*
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jl Postado em 04/10/2011 - 11:25:19
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jl Postado em 04/10/2011 - 11:25:18
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jl Postado em 04/10/2011 - 11:25:15
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jl Postado em 04/10/2011 - 11:25:14
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jl Postado em 04/10/2011 - 11:25:14
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jl Postado em 04/10/2011 - 11:25:14
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jl Postado em 04/10/2011 - 11:25:13
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jl Postado em 04/10/2011 - 11:25:13
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