Fanfic: Brincando Com Fogo AyA (Finalizada) - Adaptação de Karen Kelley | Tema: Rebelde

— Você está bem? — Anahí pôs o rolinho de pintar na lata de tinta e correu para o lado dele.

Quando se abaixou para ajudá-lo a erguer-se, seu corpete abriu-se, e Alfonso viu o sutiã de renda branca em sua totalidade. "Bem, devo admitir que a queda valeu a pena."

— Estou bem — murmurou, sem fôlego.

Quando começou a levantar-se, Anahí segurou-lhe a mão, e seus dedos estavam tão quentes que Alfonso sentiu-se como se estivesse ardendo em febre.

— O que aconteceu? — Anahí falava com incrível doçura. Alfonso experimentou uma leve tontura quando ambos os corpos se roçaram no momento em que ela o conduziu em direção ao sofá. E aquela sensação era consequência de desejos refreados com sacrifício, ele sabia.

Tentando dar rumo ao raciocínio desordenado, Alfonso improvisou uma resposta:

— Hum... Eu estava tentando pegar um lápis que caiu, mas acho que estendi demais o braço. A cadeira giratória escorregou, e eu acabei caindo.

Talvez ela acreditasse em sua desculpa esfarrapada.

— Sente-se no sofá, Poncho. Você bateu a cabeça? Será preciso levá-lo até um pronto-socorro? Creio até que neste prédio haja uma sala de emergência.

— Não é necessário. — Alfonso adorava vê-la preocupada com seu bem-estar. — Acho que apenas fiquei um pouco atordoado por um instante.

Ele se sentou, descansando contra uma almofada. Um suspiro profundo escapou-lhe da garganta quando a proximidade dela invadiu seus sentidos.

Aquela aproximação íntima lhe era mais dolorosa do que o aturdimento rápido que sofrera.

— Deixe-me ver. — Anahí enfiou os dedos entre os cabelos escuros de Alfonso, verificando se o crânio não sofrera nenhum dano.

Em seguida, massageou-lhe de leve a cabeça, enquanto uma leve queimação tinha início nas entranhas de Alfonso. Se Anahí continuasse, ele entraria em combustão. Por isso, tentou de todas maneiras disfarçar seus gemidos, mas não teve sucesso.

— Você está machucado, Poncho. Em minha opinião, deveria ir a um médico. Nunca se sabe...

— Não é necessário. Juro. Sinto-me bem.

Aquilo não poderia ser interpretado como uma quebra da promessa feita à Dulce. Afinal, eles não estavam fazendo amor. E se Alfonso de fato quisesse sucumbir à intenção dela, era Anahí quem o seduzia. Não havia a menor dúvida.

— Quero apenas me sentar aqui por um instante até que a tontura passe.

— Você está tonto? Atordoado? — Ela ficou ainda mais ansiosa.

Alfonso fez que sim. Tudo bem, então mentiria apenas um pouco sobre a parte da vertigem. Uma mentirinha boba e inocente.

— Você podia ter sofrido uma concussão. Mas não sinto nenhum calombo em sua cabeça.

Anahí moveu-se no sofá e inclinou-se para mais perto. O perfume doce o envolveu por completo, inebriando-o.

Alfonso abriu os olhos. Os seios dela estavam logo ali, mexendo-se bem diante de seu rosto. Podia até ver o contorno dos mamilos quando fizeram pressão contra sua camisa.