Fanfics Brasil - 020 - Cap VI Spring of Love - AyA [Adp] [Finalizada]

Fanfic: Spring of Love - AyA [Adp] [Finalizada] | Tema: Anahí e Alfonso


Capítulo: 020 - Cap VI

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Cap. VI


 


 


Alfonso abriu a porta da casa e a fez entrar na ampla sala de estar decorada em estilo espanhol. A mobília, em tons de bege, creme e marrom, combinava com as cortinas brancas.


— Não pense que este sempre foi o meu modo de vida. Também já passei maus pedaços. Cresci sentado em caixotes de laranjas, comendo em pratos lascados - comentou ele ao vê-la correr os dedos por uma bela escultura de bronze.


Anahí riu.


— Se a companhia for agradável, não vejo problema algum  em sentar em caixotes de madeira  e usar pratos lascados. Odeio aqueles jantares formais, com pratos de porcelana chinesa e talheres de prata.


Ao ouvir essas palavras, Alfonso começou a se preocupar. Afinal, tinham a mesma opinião  e não achava possível  ambos possuírem  tantas coisas em comum. Fitou-a com as sobrancelhas erguidas.


— Você é surpreendente. Tem certeza de que não andou me investigando só para dize exatamente o que quero ouvir?


A surpresa de Anahí foi genuína. Nunca vira tanta presunção.


— Já basta por hoje. Creio que é melhor eu ir embora.


Alfonso pegou-a pelo braço.


— Desculpe – Hesitou - Quando há mulheres envolvidas fico sempre na defensiva. Eu jamais soube distinguir...


— Não precisa explicar. Já entendi.


— Não, você não entendeu. Eu não era assim. Acreditava nas pessoas, mas seu pai acabou com minhas ilusões. Minha ex-noiva não permitia que eu a tocasse, mas dormia com ele. O pior foi que engravidou e pretendia se casar comigo sem me contar nada. - Ele suspirou - Odiei seu pai mais do que tudo no mundo e quando descobri quem você era, quase briguei com Christian por ter escondido isso de mim.


—Eu desconhecia essa sujeira toda.


— Sei disso. É passado o choque inicial, tive de admitir que você me era bastante útil. Jamais se queixou do excesso de trabalho, por mais que eu a pressionasse. Julguei que a fosse fazer desistir,mas quanto mais eu exigia mais você  correspondia. Tanto que após um certo tempo me convenci de que tinha feito um bom negócio. Não que gostasse de você.


— Isso você fazia  questão de deixar bem claro.


— Lamento, mas não sei fingir. No entanto, intimamente eu a admirava. Muitos não teriam a sua fibra engoliriam a raiva e esbravejariam longe de mim. Mas você me enfrentava.


— É porque estou acostumada a lidar  com pessoas  temperamentais. Meu pai era como você.


— Só que não bebo, não sou drogado e nunca machuquei uma mulher.


— Mas é muito rígido. Ordena, pressiona, jamais desiste. Justamente como ele. Quando meu pai achava que tinha razão lutava até o fim para provar isso. Era teimoso e jamais admitiu que estava com problemas. O mesmo se aplica a minha mãe. Era escrava dele e se afastaria da própria filha se esse fosse o desejo do seu amo e senhor.


— Mas tenho certeza que ela a amava.


— Talvez, mas seu amor por meu pai era maior. Era grande o suficiente para que mentisse por ele, que morresse até. E foi o que ela fez. - Anahí voltou-se o rosto tenso.- Entrou naquele avião sabendo que meu pai não tinha condições de pilotá-lo. Talvez tivesse tido uma premonição e quisesse morrer também. Não viveria sem ele.


— Do jeito que você fala, dá a entender que não acredita num amor tão grande assim. Acha que não existe?


— Pode ser que exista. Mas não quero para mim nada tão obsessivo.


— E o que deseja? Uma vida inteira de solidão ?


— Não foi o que você escolheu ?


Ele deu de ombros antes de responder;


— Por enquanto- Seus olhos prenderam-se aos dela por um momento, e em seguida desviaram-se.- Você sabe cozinhar?- perguntou , a caminho da cozinha.


— Claro.


Como o restante da casa, a cozinha era ampla, limpa e modernamente equipada.


— E que tal é o seu chili?


— Bem devo confessar que comida mexicana, não é a minha especialidade.


— Vivo recebendo elogios por causa do meu.- disse ele, orgulhoso. Tirou o palito, arregaçou as mangas da camisa e lavou as mãos.-Você pode preparar o café.- sugeriu aproximando-se do fogão .


O jantar foi servido minutos depois. Anahí não se lembrava de ter apreciado tanto uma refeição.


— Delicioso. Qual é o seu segredo ?


— É simples: o chili deve ser levado ao fogo numa panela de ferro.


— Vou me lembrar disso, se algum dia tentar preparar o prato.


Alfonso recostou-se a xícara de café na mão, enquanto a observava.


— Não foi somente da minha parte.


Anahí fitou-o com olhos indagadores.


— O quê?


— Todo aquele antagonismo. Você era bastante brusca , às vezes.


— Todos revidam quando são agredidos.


— Pode ser. – Ele consultou o relógio e terminou de tomar o café . – Creio que é melhor ir para o hospital. Vou colocar a louça na lavadora e em  seguida sairemos.


— Estou preocupada. O fato de chegarmos juntos será motivo para mais comentários maldosos.


— Danem-se os comentários.


Havia um grande movimento no hospital, e muitas pessoas os viram chegar. Anahí fez seu trabalho normalmente indo de paciente a paciente, verificando fichas e sorrindo  amigavelmente para cada  um deles. Quando terminou de fazer a ronda não conseguiu encontrar Alfonso. Olhou para o estacionamento através da janela de uma das enfermarias e viu o carro dele no mesmo lugar onde o deixara. Resolveu verificar na sala dos médicos.  Viu-o na companhia de uma mulher loira, atraente, que usava um vestido caro e segurava o braço dele com ambas as mãos.


— Essa é minha assistente - apresentou Alfonso - Anahí, esta é Claudia Alvaréz, uma... Amiga antiga.


— A ex noiva dele – Corrigiu a mulher num tom adocicado. – è um prazer conhece-la. Acabo de ser contratada pelo hospital. Sou a nova diretora da enfermaria. Creio que nos veremos bastante a partir de agora.


— Então você é enfermeira. - indagou ela, gelando.


— Enfermeira formada.- Eu morava e trabalhava em Houston, mas me divorciei recentemente e este emprego caiu do céu. Nasci em Jacobsville e estou adorando voltar.


— Que bom para você - disse Anahí.


— Não ouvi direito  o nome da sua assistente, querido - disse ela a Alfonso.


— É Anahí. Dra. Anahí Portilla.


— Portilla? – A mulher empalideceu.


— Sou a filha do Dr. Portilla. Deve te-lo conhecido.- observou Anahí friamente.


O rosto de Claudia ficou branco como folha de papel. Ela soltou o braço de Alfonso.


— Preciso ir embora, querido. Tenho várias coisas a providenciar antes de me instalar na cidade. Precisamos jantar juntos qualquer noite dessas. Ligue para mim.


Como era esperado Claudia não tornou a falar com Anahí, que a observou sair com os olhos frios.


— Você não queria que ela soubesse quem sou ,não é?


— Acertou. Acho melhor não mexer com o passado.


— Você sabia que ela viria trabalhar aqui?


— Não. Sabia apenas que havia uma vaga.


— Ela é muito bonita.


— E  loira. Não é o que está pensando?


— Como Jane Parker.


— Jane Burke , agora que se casou. Como Vê, gosto de loiras.


— A maioria dos homens gosta. Mas não espere que eu a receba de braços abertos. Sei quanto minha mãe sofreu por causa dela.


— É uma história antiga. Consegui superar, e creio que você devia fazer o mesmo. O que seu pai e ela fizeram não é da minha conta.


— Meu pai traiu minha mãe com essa mulher e você diz que não é da sua conta?


Alfonso tinha uma expressão fria  e procurou mudar de assunto.


— Você terminou a ronda?


— Sim terminei. Pode me dar uma carona até onde está meu carro? Quero ir para casa. O vídeo do Pavarotti fica para outra ocasião.


Aquilo foi como um balde de água gelada.  Alfonso hesitou, mas apenas por um instante. A expressão dela revelava que a decisão estava tomada. Anahí não voltaria atrás.


— Está bem. Vamos. - concordou ele, fazendo um gesto com a cabeça em direção à saída.


Pouco depois parava o carro ao lado do dela.  


— Obrigada pelo jantar.


— De nada.


Ele esperou até que Anahí entrasse no Ford e se afastasse. Em seguida rumou na direção contrária.


 



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Autor(a): JL

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A chegada de Claudia Alvaréz ocasionou muitos comentários. A maioria das pessoas em Jacobsville lembrava-se do escandaloso caso dela com o Dr. Portilla. Anahí tentou prosseguir com sua rotina, como se nada tivesse acontecido, mas a situação se tornara intolerável. Não pôde deixar de perceber que Claudia passava a maior ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 289



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  • Guiovanna Postado em 21/05/2018 - 22:08:57

    Gente dá aquela moral lá na minha web por favor! https://fanfics.com.br/fanfic/58073/lacos-de-sangue-anahi-e-alfonso#comments

  • alinneportilla Postado em 05/08/2012 - 21:02:05

    terminei de ler. que web linda. amei!!

  • alinneportilla Postado em 05/08/2012 - 21:02:05

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  • alinneportilla Postado em 05/08/2012 - 21:02:05

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  • alinneportilla Postado em 05/08/2012 - 21:02:04

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  • alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:08:09

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  • alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:08:09

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  • alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:08:08

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