Fanfics Brasil - 022 - Cap VII Spring of Love - AyA [Adp] [Finalizada]

Fanfic: Spring of Love - AyA [Adp] [Finalizada] | Tema: Anahí e Alfonso


Capítulo: 022 - Cap VII

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Cap. VII


 


No sábado pela manha, Anahí foi acordada por insistentes batidas à porta. Ainda sonolenta, vestiu o roupão e foi atender. Deparou com Alfonso, parado junto à soleira de botas, jeans desbotado e uma jaqueta de couro. Na mão segurava o chapéu.


— Que faz aqui tão cedo, caubói madrugador ?


— Engraçadinha.- disse ele sem sorrir.- Preciso falar com você.


— Entre. Vou preparar um café.


Bocejou a caminho da cozinha. Poderia pedir licença para ir se trocar, mas nem se incomodou com isso. Como médico, ele estava mais do que acostumado a ver mulheres usando roupas informais. Alfonso ficou observando Anahí movimentar-se, sentado numa  das cadeiras da cozinha. O jeans colado revelava as pernas longas e firmes. Com o cabelo em desalinho, parecia mais relaxado do que nunca.


—Aqui está seu café.- disse ela, estendendo-lhe a xícara. Em seguida serviu-se também.


— Para o caso de estar pensando algo nesse sentido, quero deixar claro que nada tive a ver com a volta de Claudia à cidade - informou ele secamente.


— E porque eu pensaria nisso? Claudia não é assunto meu.


— Sei - respondeu ele, irritado. Tomou o café, parecendo zangado.- Também não é meu, mas ela e Jennifer estão transformando minha vida num verdadeiro inferno.


— Como pode dizer isso? Afinal são dias belas mulheres disputando sua atenção. – constatou ela ironicamente.


— Não tenho mais sossego.- foi a resposta, dada num tom  impaciente- Onde quer que eu vá, há sempre uma delas por perto. E às vezes as duas, como você viu naquela noite.


Anahí riu.


— Desculpe pela risada, mas o episódio no restaurante foi mesmo engraçado.


— Eu não achei.


— Entendo a sua situação, mas veja meu caso. Não encontro nenhuma delas quando preciso. Fogem de mim como se eu sofresse de alguma doença contagiosa.


— A situação não pode continuar como está. Vou chamar a atenção das duas.


 Faça isso. Quanto a mim, partirei em breve e por isso não dou muita importância ao fato.


— Como assim, partirá? Não tinha resolvido ficar?


— De onde você tirou essa idéia? Entreguei- lhe minha carta de demissão. Se jogou fora, o problema é seu.


Alfonso olhou, pensativo, para a xícara.


— Não julguei que fosse sério.


— Ah, é ? Mas que memória conveniente a sua, doutor. Não consigo esquecer uma só palavra do que disse a Christian sobre mim, e você não consegue se lembrar do que conversamos naquele mesmo dia?


Ele passou os dedos por entre o cabelo.


— Aquilo foi um desabafo.  Eu não sabia que você estava ouvindo. Naquele dia, além do problema com o garotinho, eu havia recebido uma carta de meu pai, pedindo dinheiro. Não aguentei a pressão e explodi.


— Eu não sabia que seus pais eram vivos.


— Só o meu pai. Mora em Tucson. Aposta tudo o que tem nas corridas de cavalos, e quando perde, recorre a mim para saldar suas dívidas.


— Sinto muito.


— O problema é antigo.- disse ele, o olhar suavemente preso ao dela. – Por causa disso, quase me tornei um criminoso. Meu pai me obrigava a praticar pequenos furtos, para poder apostar nos cavalos. Não aqui em Jacobsville, claro, mas em Houston. Escolhia as casas mais elegantes e me mandava fazer o serviço sujo, porque ,sendo menor de idade, eu não podia ser preso.


— Mas ele poderia ter sido preso!


— E foi. Fui adotado enquanto esteve na penitenciária. Eu tinha treze anos e queria esquecer o passado. Estudei muito, esforcei-me para ser alguém. Como minha situação financeira atualmente é boa ,ele se aproveita.


Anahí ficou pensativa. De certa forma, a vida de ambos fora parecida.


— É uma pena não poder escolher os pais. – comentou ela.


— É verdade. Sabe, no dia em que Christian ligou, eu já estava de mau humor. Quando comentou que vocês iriam sair juntos, foi a última gota. Me aborreceu o fato de você gostar dele, enquanto me evitava como se eu fosse uma praga.


Que ironia... Alfonso interpretava aquela reação como desprezo quando, na verdade, não passava de uma máscara que Anahí usava para disfarçar a forte atração que sentia.


— Eu simplesmente correspondi à maneira  como fui tratada. Você sempre deixou claro que fazia questão de manter nosso relacionamento em bases profissionais.


— Mas não precisava me tratar daquele jeito. – protestou ele. Estranhamente não parecia mais preocupado. Na verdade, estava sorrindo. – Fiquei muito surpreso quando li sua carta de demissão.


Anahí olhou para as próprias mãos.


— Julguei que fosse ficar feliz.


As palavras o deleitaram. Sabia exatamente o que Anahí sentia por ele, tivera certeza quando a beijara, e não poderia deixá-la ir até ter certeza dos próprios sentimentos. Mas como impedi-la de partir?


Fitou-a intensamente quando quando  um plano maluco lhe ocorreu.


— Acabo de ter uma idéia que com certeza fará com que Claudia e Jennifer me deixam em paz.


— É mesmo ? E qual seria?


— Podemos fazer de conta que estamos noivos.


As palavras invadiram a mente de Anahí como um furacão. Ela ficou parada, fitando-o sem nada dizer. Era dezembro, o dia estava lindo e o sol brilhando lá fora. Os enfeites de Natal cintilavam por toda parte.


— Ei, você me ouviu?


— É uma piada? Se for, não achei graça.


Alfonso se levantou, e antes que ela pudesse evitar, enlaçou-a pela cintura. Em seguida deslizou as mãos pelas suas costas,e puxou-a contra o peito. Ficou tão perto que Anahí pôde sentir-lhe o calor.


— Quer parar de fingir? Sei que você me quer e esse é o verdadeiro motivo que a levou a demitir-se.


— O quê? - Anahí gemeu. Não ousou mover-se.


— Não precisa ter medo. Fingir que lhe sou indiferente não a levará a lugar nenhum.


— É assim tão óbvio. – sussurrou ela, o orgulho no chão.


 — Tenha calma, porque tudo dará certo.-ele sorriu- Conseguiremos lidar com isso.


— Não precisa lidar com nada. Eu vou....


Ele a interrompeu com um abraço apertado. Anahí o encarou. Notou que Alfonso não sorria mais, mas viu que seus olhos revelaram um brilho indisfarçável de desejo. Pressentiu perigo e tentou se afastar, mas ele a segurou, fazendo com que as coxas se encaixassem e os seios fossem comprimidos contra o tórax musculoso enquanto seu robe abria vagarosamente. Começou então a beijá-la no nariz, nas maças do rosto, nas têmporas. Beijos leves, lentos. Uma vez que ela já estava presa, não havia necessidade de pressa.


— Alfonso...


Anahí ainda tentava protestar, sentindo a boca seca. Ele inclinou a cabeça, mergulhando a língua por entre os lábios semi-abertos. Estava ávido de desejo, assim como ela. Anahí enlaçou-lhe o pescoço. Podia ver estrelas faiscando, mesmo de olhos fechados. Tudo aconteceu depressa demais. No momento seguinte, deitados no chão da cozinha, eles se beijavam com ardor, as pernas sensualmente entrelaçadas. Alfonso acariciava-lhe as costas possessivamente. Anahí sentiu os seios inchados e doloridos de desejo. Sentiu calidamente a mão grande e poderosa deslizar até o mamilo rígido. Ele beijou-lhe o pescoço, ateando fogo às partes mais sensíveis do seu corpo enquanto seus dedos trabalhavam carinhosamente sobre o seio. Ela nunca estivera com um homem. Jamais alguém a atraíra tanto a ponto de fazer com que se esquecesse do tempo e do espaço. Uma pontada de irritação, e a sensação de que agia como uma tola, começaram a atormentá-la. Alfonso era atraente demais, tentador demais, perigoso demais para a paz de espírito de uma mulher. Por que se submetia a isso?


— Eu seria capaz de fazer amor com você aqui mesmo, no chão.- disse ele, num tom rouco.- Ainda pensa em ir embora?


Sentiu-a estremecer, mas continuou apenas a roçar-lhe os lábios. Não ia forçá-la a nada, Anahí precisava entender que, entre um homem e uma mulher, tudo deve ser compartilhado com amor e respeito. Ela sentia a cabeça girar. Aquilo parecia tão irreal... Alfonso fizera tudo, menos seduzi-la, e mantinha a mão em seu seio enquanto olhava para seu corpo, analisando atentamente cada pedacinho. Anahí sabia que deviam parar antes que fosse tarde, mas não conseguia repelir aquele homem cuja boca era tão deliciosa e sensual. Por fim, encontrou forças para isso. Desvencilhou-se levantou-se e amarrou o roupão, embaraçada. Por que se permitirá ser tocada de modo tão íntimo. Alfonso também se recompôs. Depois sentou-se e cruzou as pernas.


— Você parece ofendida.- brincou – Sabe que gosto de vê-la corar.


— Quer fazer o favor de ir embora?- pediu ela, secamente.


— Não, não vou .Tenho uma idéia melhor. Vamos cavalgar.


— Não vou a lugar nenhum com você.


— Prefere ficar aqui e ir para cama comigo? Nada me daria mais prazer, mas infelizmente deixei dois cavalos selados no estábulo.


Anahí apertou a gola do roupão contra o pescoço.


— Dr. Herrera....


— Poncho - ele lembrou. Tinha os olhos ardentes e possessivos.- Ou Alfonso, se preferir. Mas vá se vestir. Ainda estou excitado e isso pode ser perigoso.


— Lamento, mas não posso ir. Tenho coisas a providenciar.


— Escolha: cavalgar ou... - provocou  ele, indo em sua direção .


Anahí fuzilou-o com o olhar  antes de voltar-se e deixá-lo. Vestiu uma calça velha jeans, camiseta e botas ,com a mente a mil. Não conseguia acreditar no que acabara de acontecer. E aquela conversa sobre fingir que estavam comprometidos? Ela devia ter enlouquecido! Sim, era isso. Estava tão tensa que começava a imaginar coisas. O episódio não passara de alucinação! Retornou à cozinha constrangida como nunca, e reparou que ele, muito à vontade, agia como se nada houvesse acontecido. Devia procurar fazer o mesmo.


— Pronta para cavalgar?


Anahí sorriu.


— Só espero não decepcionar. Há muito tempo que não me aproximo de um cavalo.


— Não se preocupe. Tomarei conta de você.


Abriu a porta e saíram. Pouco depois dirigiam-se ao rancho.



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Autor(a): JL

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A região era encantadora, apesar de o inverno rigoroso ter queimado a vegetação. O cavalgar lento era relaxante, mas a companhia a deixava tensa. Anahí não conseguia ignorar a presença marcante de Alfonso, com o chapéu caído sobre os olhos. — Está gostando ?- perguntou ele. — Sim, muito. — ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 289



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  • Guiovanna Postado em 21/05/2018 - 22:08:57

    Gente dá aquela moral lá na minha web por favor! https://fanfics.com.br/fanfic/58073/lacos-de-sangue-anahi-e-alfonso#comments

  • alinneportilla Postado em 05/08/2012 - 21:02:05

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  • alinneportilla Postado em 05/08/2012 - 21:02:05

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  • alinneportilla Postado em 05/08/2012 - 21:02:04

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  • alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:08:09

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  • alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:08:09

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  • alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:08:08

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