Fanfic: Spring of Love - AyA [Adp] [Finalizada] | Tema: Anahí e Alfonso
Cap. X
O telefone tocou alguns minutos após Anahí entrar em casa.
— Ainda está tremendo? - era Alfonso.
— O que você quer?
— Convida-la para passar o Natal comigo. Não quero ficar o dia todo sozinho, assistindo televisão e comendo comida congelada.
Anahí ainda estava ressentida. Pela Segunda vez haviam dado um espetáculo em público e agora seriam alvo de comentários maliciosos durante semanas.
— Não é tão ruim. O descanso lhe fará bem.
— Ainda prefiro um pouco mais de agitação. Se você preparar um belo peru, prometo levar a sobremesa.
Anahí hesitou. Queria muito ter alguém a seu lado no Natal, especialmente Alfonso. Mas, do jeito como as coisas estavam, isso só traria mais complicações.
— Vamos lá, Anahí. Será uma oportunidade de passarmos algum tempo juntos. Você irá embora. O que tem a perder?
“Nada demais” pensou ela. “Somente a auto estima, a honra, a virtude e o orgulho”.
— Está Bem. Eu o esperarei.
— Ótimo. Estarei aí às onze da manhã.- E desligou, antes que ela mudasse de idéia.-
“ Creio que me arrependerei disso o resto da vida”, concluiu ela ao afastar-se do telefone. Decisão tomada, precisou ir às compras.
Na véspera do Natal, o dia estava ensolarado e a possibilidade de nevar, segundo o meteorologista, afastada. Anahí imaginou como seria bom ter uma paisagem típica do Natal americano. Deixou tudo pronto para o dia seguinte, ligou a televisão e encolheu-se no sofá usando um velho jeans, suéter de lã e meias. Conseguira relaxar um pouco quando um carro estacionar lá fora. Eram oito horas, e ela não esperava visitas. Foi até a janela e avistou o Jaguar prateado estacionado. De dentro dele saiu um homem alto, moreno, usando jeans, suéter de couro e botas. Carregava uma grande caixa.
— Abra a porta - Alfonso pediu ao se aproximar.
— O que é isso?- ela perguntou, cheia de curiosidade.
— Comida e presentes- Dirigiu-se à cozinha e abriu a caixa.- Aqui estão todos os acompanhamentos para o peru, além de torta de maçã e bolo de chocolate com recheio de mousse. Há lugar na geladeira?
— Para que tanto doce?
— Eu gosto. Você não?
— Gosto muito.
Anahí abriu a geladeira e ajudou-o a guardar as embalagens. Alfonso retornou à caixa e lá tirou dois pacotinhos.
— Este eu entrego a você este outro, você entrega para mim.
— Mas já comprei um presente para você - protestou ela.
— É mesmo?
— Claro. O fato de eu não pretender passar o Natal a seu lado não significa que fosse deixar de comprar-lhe presente.
— Na festa de Natal todos trocaram presente, mas você não me deu nada.
— Nem você.
Alfonso sorriu.
— Guardei o seu presente para entregar amanhã. Vamos colocá-los sob a árvore?
— Faça o favor... -Anahí seguiu-o até a sala de estar.
O fogo crepitava na lareira de pedra sobre a qual se encontravam vários enfeites natalinos. Diante da janela da frente havia uma enorme árvore, que Anahí arrastara para dentro da casa no começo da semana e cuja decoração brilhava. Mas o que mais chamou a atenção de Alfonso foi o trenzinho elétrico que ela colocara ao pé da planta.
— Não posso acreditar. É um American Flyer! - exclamou, e abaixou-se para examinar mais atentamente o brinquedo.
— Foi mamãe que me deu. Sou fanática por trenzinhos elétricos. Tenho mais dois e quase um quilometro de trilhos guardados no armário, mas não tive coragem de armar tudo sozinha.
— Em que armário estão?- perguntou ele, com os olhos brilhando.
— No do corredor. Gosta de trens?
— Se gosto? Tenho uma coleção!
— Eu jamais poderia imaginar...
Anahí conduziu-o até o armário e de lá tiraram as caixas. Em seguida, como duas crianças, sentaram-se no chão e passaram horas montando os trilhos. Ela preparou café, que tomaram ali mesmo. Quando a miniatura de uma linha férrea que passava por dento de uma vilazinha ficou pronta, a eletricidade foi ligada e o efeito foi surpreendente. Os prediozinhos iluminaram se e o trenzinho começou a mover-se.
— Adoro ficar no escuro observando. È como se fosse uma vila de verdade, com os habitantes escondidos em suas casas! – comentou ela.
Alfonso encontrava-se de bruços no chão, encantado com o brinquedo.
— Mas é surpreendente! Eu não fazia idéia de que você gostasse de trens.
Anahí riu.
— Sempre me senti culpada por mantê-los dentro das caixas, quando milhões de crianças fariam qualquer para poder brincar com eles.
— Também me sinto assim. Tinha oito anos quando meu avô me presenteou com um desses... Na verdade, ele estava presenteando a si mesmo. Adorava brincar. –disse, sorrindo. De repente seu rosto ficou sério. - Quando fui para Houston com papai, senti tanta falta do trenzinho quanto de meus avós. Demorei para voltar mas, quando fiz isso, o trenzinho ainda funcionava.
— Você disse que não contou a Jane sobre seu pai...
— É verdade. É algo do qual durante muito tempo me envergonhei.
— Mas não devia. Certo ou errado, as crianças fazem sempre o que as mandam fazer.
— Eu estava ciente de que era errado, mas tinha medo de meu pai. Alfonso voltou-se e sorriu. – Você deve entender o que estou dizendo.
— Mais do que ninguém.
Ele apoiou o queixo nas mãos e olhou, pensativo, para o trenzinho.
— Graças a Deus pode contar com a ajuda de pessoas bem intencionadas. Hoje procuro, de alguma forma, retribuir. Por isso fiz medicina. Para poder ajudar quem precisa.
— Entendo.
Anahí se pôs a observa-lo. Alfonso era tão diferente, assim relaxado... Tão mais gentil... Lembrou que logo não se veriam mais. Seu olhar triste voltou-se para o pequeno trem. O barulho dos vagões soava como uma cantiga reconfortante e deliciosa em seus ouvidos.
— Você precisa comprar mais alguns acessórios para ficar completo. - disse ele - Se houvesse alguma loja de brinquedos por perto, poderíamos ir comprar. Mas já deve estar tudo fechado.
— Creio que sim.
— Se você ficasse na cidade, poderíamos juntar o que temos e formar um grande circuito. Poderíamos montar as pontes e os prédios com os novos acessórios que comprarmos.
Anahí admirou-se com aquele entusiasmo. No entanto, estava mais interessada em aproveitar Bem o tempo que lhes restava.
— Seria muito bom, mas já assinei um contrato e tenho de cumpri-lo.
— Contratos podem ser rompidos... Há sempre uma cláusula que prevê estes casos.
Autor(a): JL
Este autor(a) escreve mais 5 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
— Há gente demais comentando sobre nós, interferindo em nossas vidas. Não gosto disso. — Em cidadezinhas como esta não há como evitar. – Alfonso puxou uma pequena alavanca, que desviou os trilhos, e o trem mudou de curso. - Não é uma beleza ? — Acho! - Anahí riu - Se eu tivesse mais t ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 289
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
Guiovanna Postado em 21/05/2018 - 22:08:57
Gente dá aquela moral lá na minha web por favor! https://fanfics.com.br/fanfic/58073/lacos-de-sangue-anahi-e-alfonso#comments
-
alinneportilla Postado em 05/08/2012 - 21:02:05
terminei de ler. que web linda. amei!!
-
alinneportilla Postado em 05/08/2012 - 21:02:05
terminei de ler. que web linda. amei!!
-
alinneportilla Postado em 05/08/2012 - 21:02:05
terminei de ler. que web linda. amei!!
-
alinneportilla Postado em 05/08/2012 - 21:02:04
terminei de ler. que web linda. amei!!
-
alinneportilla Postado em 05/08/2012 - 21:02:04
terminei de ler. que web linda. amei!!
-
alinneportilla Postado em 05/08/2012 - 21:02:04
terminei de ler. que web linda. amei!!
-
alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:08:09
estou adorando a web.
-
alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:08:09
estou adorando a web.
-
alinneportilla Postado em 03/08/2012 - 00:08:08
estou adorando a web.