Fanfic: Caminhos da Sedução Adaptada AyA (Terminada) | Tema: Ponny

Quando Poncho deixou o escritório de Polly, Annie não se encontrava na sala. Ele a avistou do lado de fora do prédio, recostada ao carro que a mãe lhe dera de presente, um Porsche último tipo, estacionado ao lado do seu.

Ele sorriu, compreendendo a situação. As garrafas de uísque haviam sido usadas para chamar sua atenção e o plano funcionara, ele admitia. Precisava ficar mais atento às investidas daquela garota.

Era difícil ignorar Annie. E, logo, seria praticamente impossível fugir dos pequenos planos de aproximação que ela costumava arquitetar.

— Está esperando por alguém? - indagou assim que chegou ao lado dela.

— Estou esperando por você, Poncho - Annie disse em tom teatral.  — Estou morrendo por você, meu amor! - continuou dramática, esticando-se contra a capota baixa do carro esportivo.  — Vamos, Poncho! Acabe comigo de uma vez! Não me mate aos poucos, que o sofrimento é maior!

— E realmente isso o que deseja? - Ele indagou, chegando mais perto.

— Me ame, por favor! - ela insistiu fechando os olhos.

— Em que lugar prefere? - a voz dele soou mais perto.

— O lugar não importa meu amor! Pode ser dentro do carro, no porta-malas, na capota... - ela continuou, recostada ao carro, de olhos cerrados.

— Bem, acho que seu carro não suportaria meu peso, querida. E o porta-malas é pequeno demais para nós dois.

— No chão? - Ela abriu os olhos e o encarou.

— Duro demais.

— Na grama? - insistiu.

— Há formigas e orvalho... - Poncho a olhou com sensualidade, sem a indiferença de outras vezes, e Annie se sentiu como se estivesse nua diante dele.

Devagar, ele a abordou como se quisesse abraçá-la.

— Não faça isso - pediu ela, sem pensar, espalmando as mãos no peito do homem que a assediava.

— Você começou tudo, querida - lembrou-o e pressionou o corpo dela contra o carro.

Annie tentou fugir, nervosa diante da reação dele. Alguns jogos de sedução podiam ser perigosos e Poncho estava decidido a fazê-la entender que homens adultos eram diferentes dos meninos com quem estava acostumada a brincar.

— Poncho... - ela murmurou ao sentir a pressão do peito dele contra os seios arfantes.

O estacionamento, deserto àquela hora da manhã, tornou-se grande demais para os aflitos olhos de Annie. Flertar era bom, mas ela não estava preparada para uma situação de maior intimidade com Poncho. Sempre conseguira dominar os ímpetos de Randall, mas com Poncho era tudo diferente. Experiência e determinação eram constantes na personalidade forte do mais velho entre os irmãos Tremayne. Connal, Harden e Donald o admiravam e respeitavam, pelo muito que haviam aprendido com ele.

— O que foi? - Poncho indagou com um sorriso maroto.  — Não era isso o que você queria?

Annie já não sabia mais o que quisera; não conseguia sequer pensar. O perfume que exalava do corpo dele a atordoava e o a intimidava o peso daqueles músculos.

— É dia claro! - ela lembrou de repente.

— Eu sei - Poncho concordou depois de um largo sorriso.

A expressão do rosto dele era diferente naquele instante. Havia sensualidade, desejo e arrogância, como se sentisse prazer por mantê-la ali, presa, num misto de surpresa e excitação.

— Preciso ir, Poncho. Eu realmente preciso ir - Annie repetiu com franqueza.

Poncho fitou o rosto assustado a sua mercê. A vulnerabilidade dos olhos azuis o atraíam mais do que aquelas constantes investidas. Não conseguia deixar de fitar a exuberância daqueles seios rijos sob a blusa. Annie era linda e, de perto, o hipnotizava.