Fanfic: Caminhos da Sedução Adaptada AyA (Terminada) | Tema: Ponny

Na tarde de quinta-feira, o casamento aconteceu. Foi uma cerimônia breve, mas tão bonita quanto a tarde que caía lentamente sobre a cidade. A pedido de Annie, tudo aconteceu na fazenda dos Tremayne, ao ar livre, com a presença dos familiares, apenas.

Ela estava radiante e ainda mais bela vestida de noiva. Mal podia acreditar que, a partir daquele dia, era a mulher de Poncho. Olhou para o anel de diamante e a aliança que trazia nos dedos. Era verdade. Estava casada com o homem com quem sempre sonhara.

Mas Poncho estava preocupado. Durante a singela recepção, na casa da fazenda, ele não conseguiu esconder a apreensão e Annie sabia o motivo daquela angústia. Não havia mais como fugir; a noite de núpcias era uma realidade próxima demais para ser ignorada e temia que Annie fugisse dos carinhos dele, temendo ser machucada.

— Foi uma cerimônia adorável, Annie - Polly comentou quando já se aproximava o momento de partirem para a viagem de lua-de-mel. — Espero que se divirtam em Nova Orleans e, acima disso, desejo que sejam felizes.

— Seremos, mamãe. Você ainda não me disse o que resolveu com papai.

— Ele viaja para Atlanta esta noite.

— Tão cedo? — indagou Annie, decepcionada.

— Vou com ele - Polly continuou, sorridente. — Duke vai pedir transferência para Houston e ficará morando aqui, em Jacobsville.

— Que notícia boa, mamãe!

— Todas as noites ele virá para casa, a não ser, é claro, que esteja escalado para vôos noturnos. Voltaremos a ser uma família, Annie.

— É bom demais para ser verdade, mamãe!

— Espero diminuir minha carga de trabalho. - Polly esclareceu, satisfeita como uma colegial apaixonada. — Assim poderei voar com Duke para fora do país.

— Vocês merecem a felicidade, afinal, ainda, se amam!

— Também vocês merecem ser felizes, querida. Vá e tenha uma doce lua-de-mel. Quando voltarem conversaremos mais.

— Obrigada... - Annie agradeceu com os olhos cheios de lágrimas.

Minutos mais tarde, estavam num táxi rumo ao aeroporto.

— Feliz? - Poncho indagou, os olhos fixos no rosto dela.

— Muito. E você?

— Não há como traduzir em palavras o que estou sentindo, Annie. Sou o homem mais feliz do mundo por ser teu marido, mas tenho medo do que está para acontecer.

— Oh, Poncho, por favor! Será que vou precisar te servir alguns drinques antes de te levar para a cama?

Ele não sorriu. Estava tenso demais para achar graça da situação.

— Não tenho medo de fazer amor com você - ela prosseguiu.

— Tomara que esteja dizendo a verdade, pequena. Porque esta noite terá que me dar provas disso!

Annie não respondeu. Observou o pôr-do-sol pela janela do carro e segurou entre as dela as mãos de Poncho. Pertenciam um ao outro e tudo faria para ajudá-lo a superar o trauma.