Fanfic: Tal como é - [Adp-AYA♥] (FINALIZADA) | Tema: RBD

-Tenho que praticar com alguém, não? -perguntou-lhe ele quando viu que as dúvidas a estavam assaltando. 
-Acredito que essas coisas formam parte do ensino de como conquistar a uma mulher.
-Você não necessita que ninguém ensine a isso, e sabe.
Poncho arqueou as sobrancelhas.
-Ah, não?
-A verdade, é que á teimoso um pouco.
-Sim, sei...
Poncho olhou e dirigiu-se pra onde estava sentada, agarrou-a suas mãos.
- Alguma vez desejas-te a um homem? Ou é sua educação que te manteve assim de inocente? Alguma vez saís-te com algum homem?
Isso lhe trouxe a memória umas lembranças excessivamente penosas que não queria enfrentar-se de novo.
-Então, era terrivelmente tímida. Resultava-me muito difícil falar com os homens.
-E não seria nesta cidade. Ainda me lembro da primeira vez que nos vimos.
- Dei-te uma bofetada - recordou-lhe ela sorrindo. Nesse momento não sabia quão perigoso podia ser isso.
-Pois eu não lhe devolveria isso nunca. Antes me tivesse talhado a mão.
-Isso sabe também Chris. Por isso, é pelo que me chama sempre que te mete em "showzinhos".
-Parece que Chris não está tão cego como você.
-Cego?
-Não tem importância - disse-lhe ele lhe soltando a mão e acendendo um cigarro
Está escurecendo. É melhor que vá para casa antes que alguém, comente que você ficou aqui, a sós comigo, depois de anoitecer.
-E isso te importaria?
-Sim. Não quero que ninguém possa dizer nada de sua reputação. Despedir-me-ia de qualquer de meus empregados que se atrevesse a dizer que aqui acontece algo impróprio.
-Pois esta tarde sim, respondeu ela ruborizando-se.
-Queria ver se era capaz de fazer que você me desejasse – lhe explicou ele tranqüilamente e olhando-a nos olhos.
Ela se levantou da mesa tão depressa que esteve a ponto de atirar a cadeira ao chão. 
-É melhor que vá.
Ele se levantou e a acompanhou. .
- O que acabo de dizer é muito cru para um cavalheiro? Sinto muito, Annie. Nem sempre penso nas coisas antes de dizer. Tome como um pouco de experiência sexual. Parece que não anda muito sobrada disso.
Quando chegaram ao alpendre, ela se voltou e ficou olhando.
-Sente-o? Sentiria-o também se tivesse mais experiência? 
-Eu gostaria muitíssimo que conseguisse essa experiência comigo. Porque, da forma em que eu a tomaria, inclusive sendo a primeira vez, você gostaria. Me asseguraria disso.
 Ela quase não podia andar, tremiam-lhe os joelhos.
-Hey! -gritou-lhe ele quando abriu a porta do carro. 
-O que?
-A que hora amanhã?
Anahí suspirou e se voltou. Poncho estava de pé no alpendre, apoiado contra uma coluna. A suave luz dos abajures de petróleo destacava Seu perfeito físico. Estava devastador e ela se perguntou o que faria ele se voltava para alpendre e lhe desse um beijo.
-Por volta das seis...
-Tenho que me vestir apropriadamente?
-É melhor, se queremos fazer as coisas propriamente.
-Em todos os sentidos - murmurou ele ironicamente. Boa noite.

-Boa noite, Poncho.
Anahí se meteu no carro, arrancou e conduziu como não o tinha feito até então. Estava alucinada. Alfonso tentava lhe dar lições de sexo! Isso não podia ser, a professora era ela, não ele. Tinha que tomar cuidado, suas lembranças amorosas eram muito doces para deixar que a realidade se interpor.Tinha aprendido da forma mais dolorosa que amar era o primeiro passo para a agonia. Não queria voltar a passar por isso outra vez. Não podia! Desde esse mesmo instante tinha que manter a distancia de Poncho. Era mais seguro dessa forma.
Anahí chegou em casa e esteve caminhando até a hora de deitar-se. Quando o fez, esteve dando voltas na cama durante horas, recordando vividamente o contato das mãos de Poncho contra seus seios e a fera ânsia de sua boca sobre a sua.
Tinham passado anos, da última vez que havia sentido esse tipo de paixão, e não queria ceder a ela de novo. Mas Alfonso tinha despertado em seu interior um tipo de emoção que ultrapassava e afogava suas doces lembranças do passado. Nunca antes havia sentido tão faminta de sexo. Tombou-se de costas e ficou olhando o teto. Talvez fosse coisa da idade.
Possivelmente o que lhe estava passando era- que já não se sentia tão jovem e se encontrava sozinha, como acontecia com Poncho. Se quer podia imaginar devorando-a com o olhar e lhe acariciando docemente o corpo... É obvio, tudo isso podia não ser mais que um capricho.