Fanfic: Tal como é - [Adp-AYA♥] (FINALIZADA) | Tema: RBD

Anahí fechou os olhos. De algum jeito, isso tinha sido amor. Falava-lhe a desejado desesperadamente, e aquela noite não tinha sido a primeira vez. Fazia já tempo que lhe desejava; possivelmente desde a primeira vez que lhe viu. Mas não o tinha querido reconhecer ante si mesmo. Não até que lhe tinha pedido que lhe desse essas lições. E, agora, Annie se perguntava se não o teria feito precisamente para chegar a esse fim, se não teria decidido já ele que era hora de saciar seu violento desejo.
Importaria- ela algo de Poncho? Isso era o que lhe estava torturando. Tudo isso era somente um apetite físico que estava tratando de satisfazer, ou é que realmente sentia algo por ela?
Levou a taça à cozinha e se vestiu para ir trabalhar. Provavelmente, a julgar pela forma em que lhe tinha falado essa noite, não ia querer voltá-la para ver na vida.
Angie tinha várias mensagens para ela, Anahí as agarrou e, metendo-se em seu escritório ficou olhando sem pensar em nada. Demorou aproximadamente uma hora em fazer-se à idéia de que tinha que trabalhar e, quando ficou a fazê-lo, moveu-se de modo automático, passou o dia inteiro olhando ao telefone, esperando que Poncho a chamasse. Mas, às cinco da a tarde, ainda não o tinha feito, e se deu conta de que, provavelmente, já não o faria. Foi então a sua casa e passou o resto da tarde olhando pro nada.

A sexta-feira chegou por fim e Maite lhe recordou ao chegar no escritório que tinha que ir essa noite a sua festa. 
-A festa? 
Anahí se sentiu mal ao lembrar-se de que Poncho havia ficado de passar a recolhê-la:
-Não... Não sei, May...
-Tem que vir, Alfonso disse que ia trazer-la.
O coração de Anahí deu um salto.
-Há-lhe isso dito recentemente?
-Esta mesma manhã, quando fui a seu rancho, dar a última olhada a seu touro. Estava como tolo, até que lhe mencionei que os` Gibson iriam cantar. Faz anos ele estava acostumado a lhes acompanhar. Já sabe que é um magnífico violonista.
-Não, não sabia - disse-lhe Anahí lentamente. Ao parecer, havia um montão de coisas que não sabia de Alfonso.
-O mais provável é que estejam toda a noite tocando. Nos o vamos passar muito bem. Verei-te por volta das seis! 
-De acordo.
- Eu adoraria ir -disse Angie quando May partiu, Mas tenho que cuidar dos meninos de minha irmã. Maite ia apresentar a um menino que vai. Anahí esboçou um sorriso ao ver o aspecto de tristeza que tinha a jovem.
-Trocaria-te o lugar se pudesse.
O que não deixava de ser verdade; não estava disposta a estar toda uma tarde ao redor de Poncho, quem, certamente, a odiaria.
-Quase estou por tomar a palavra A - replicou Angie
- Mas não há problema, sobreviverei; fui boy scout.
- Sim, suponho que isso te ajudará.
Nesse momento, soou o telefone. Agarrou-o Angie e se o passou em seguida: a Anahí.
-É para ti, o senhor Herrera.
Anahí sentiu seu coração subir, à garganta.
Esteve tentada então de lhe dizer a Angie que contasse uma mentira e lhe dissesse que não estava ou que estava em reunião ou algo pelo estilo. Era curioso ver como Poncho era inclusive capaz de despertar nela essas reações tão covardes.
-De acordo -disse por fim dirigindo-se lentamente a seu escritório.
Agarrou o telefone com as mãos tremo-las.
-Diga?
-Poderá estar pronta às cinco e meia? -perguntou-lhe Poncho friamente e sem preliminares.
O som de sua voz a fazia ficar mau. Fechou os olhos e ficou enrolando o cordão do telefone.
-Sim.
- Foi idéia de May -recordou-lhe ele. - Por mim, tinha ido sozinho.
-Bom, se preferir... -começou dizendo ela, sentindo-se ferida.
-Sim, demônios, preferiria-o! Mas não quero que sejamos a fofoca do povo se por acaso vamos ou não juntos à festa. Estará pronta a essa hora -e pendurou o telefone de repente.
Anahí pendurou também o telefone com fúria e, soltando um grunhido, atirou num tiro a Lista Telefônica contra a porta.
Angie entrou então assustada. 
-Está bem? -perguntou-lhe assustada.