Fanfic: Tal como é - [Adp-AYA♥] (FINALIZADA) | Tema: RBD

Era a primeira vez que via sua chefa tão zangada para atirar coisas.
-Não - respondeu-lhe Anahí com a fúria lhe brilhando nos olhos-. Não o estou. Algum dia lhe matarei. Lhe vou pegar um tiro! Lhe vou fazer comer um cacto! Melhor, o vou colocar...
-Ao senhor Herrera? -lhe perguntou Angie sentida pelo súbito arrebatamento de fúria de Anahí.  -Mas vocês são amigos.
-Eu? Amiga desse animal?
Angie ficou muito quieta, procurando as palavras adequadas.
-Vou para casa - disse-lhe Anahí agarrando sua bolsa e equilibrando-se para a porta-. Fecha você, de acordo?
-É obvio. Mas...
-Vá colocar fósforos sob as unhas – ia murmurando Anahí-. Vá queimar o...
Angie, limitou-se a sacudir a cabeça.
-Deve ser o amor -murmurou divertida.
Alfonso e Anahí podiam chegar a ser o casal do século.
Uma mulher tão bem educada e fria como ela e um selvagem como Alfonso. Não os podia imaginar apaixonados. Nem em brincadeira! Voltou para sua mesa e começou a limpá-la.

Anahí voltou para sua casa conduzindo tão depressa que chamou a atenção ao ajudante do xerife, Danny Burton.
Diminuiu a velocidade e estacionou no borda quando ouviu a sirene. Parou o carro e ficou ali, esperando a que o policial se aproximasse. 
- Me deixe ver seu carnê, senhorita Puente, e os papéis do carro -disse-lhe Danny adotando um ar muito profissional-. Vamos fazer as coisas como é devido. Onde é o fogo?
-O fogo vai ser justo debaixo de Alfonso Herrera quando encontrar um pouco de lenha e uns fósforos.
-Mas você é amiga dele  -recordou-lhe Danny:
-Dessa serpente de cascavel? 
O policial se esclareceu voz e agarrou os papéis que Anahí lhe oferecia com mãos tremo-las.
-Tem que lhe haver feito algo muito mau para que você fique assim, pobre guri.
-Pobre guri! Ele foi o que lhe encerrou em um trastero. É que já o esqueceu?
-Bom, leva-me encerrando em trasteros há seis anos. Já estou acostumado. Além disso, quando está sóbrio, sempre me convida a comer no bar da Rosie. Não é um mau menino. Danny lhe devolveu o carnê e os papéis e terminou de escrever a multa.
-Por que tinha tanta pressa?
-Tenho que ir à festa de May esta noite.
-Ah, sim! Eu também vou ir. Parece que vai estar muito boa, além disso vão os Gibson e Poncho vai tocar com eles outra vez. Maldito seja, esse Poncho sim que pode lhe tirar proveito a um violão!
Por que saberia isso todo mundo exceto ela? Isso a fez sentir-se inclusive pior. Tomou a notificação da multa com um suspiro.
-Agora, vá mais devagar - acautelou-lhe Danny-. Se estatelar não vai poder dançar esta noite. Verdade, senhorita Puente?
Ela voltou a suspirar.
-Suponho que não. Sinto muito, Danny. Irei mais devagar.
-Boa garota. Veremo-nos esta noite.
-Sim, até mais tarde.
Quando chegou em casa e terminou de vestir-se, ainda não lhe tinha passado o aborrecimento. Sentia-se como um gato selvagem, furiosa com Poncho e com as circunstâncias que a faziam estar perto dele. Quão único queria era lhe apartar de sua vida e lhe esquecer. Quando lhe ouviu chegar, o coração começou a lhe pulsar furiosamente. Não queria lhe ver, não queria estar perto dele! Seu corpo começou a tremer quando abriu a porta e lhe olhou. Levava postos uns jeans e uma camisa vaqueira vermelha. Suas botas marrons eram as que tinham comprado juntos em Phoenix. Estavam tremendamente brilhantes e pegavam com o chapéu também marrom que levava. Estava tão bonito que a Anahí lhe nublou a vista.
A sua vez, os olhos de Poncho estavam muito ocupados estudando-a. Ia vestida de uma forma muito mais informal do que acostumava, e levava o cabelo solto sobre os ombros. Parecia mais pequena e feminina do habitual. Ante essa visão, Poncho apertou os dentes e seu rosto adquiriu uma expressão mais dura.
-Está pronta?
-Quando encontrar minha bolsa - respondeu-lhe ela friamente. Agarrou-a de cima do sofá e ambos saíram da casa.
Poncho lhe abriu a porta de seu carro, mas ela quase não se deu conta desse detalhe. Estava ainda zangada por sua frieza.

Quando ele se meteu no carro, arrancou e entrou a toda velocidade na auto-estrada.
-Guie com cuidado, se não vão pôr uma a ti também –o advertiu ela sem apartar a vista da estrada.
-Uma o que? 
-Uma multa por excesso de velocidade.
-Puseram-lhe uma multa por excesso de velocidade com o devagar que você conduz? Por acaso o xerife, Wilson contratou a um novo ajudante ou algo assim?
-Pô-me isso Danny  -respondeu-lhe enquanto seguia olhando pelo guichê.
-Não me conte histórias. Danny nunca para a ninguém.
-Nesse momento eu ia a cento e cinqüenta por hora.
O carro deu uma inclinação brusca antes de que Poncho pudesse dar-se conta.
-A cento e cinqüenta por esta estrada?
-Siga, faz um de seus estúpidos comentários  -disse-lhe ela jogando faíscas pelos olhos. - Siga, não te corte!
Poncho a observou durante um instante e logo voltou a fixar-se na estrada. 
-De mau humor?
-Deveria sabê-lo. Além disso, o teu tampouco é muito bom que digamos, acredito que eu tenho direito a estar zangado, sobre tudo, tendo em conta o que é o que provocou minha irritação.
Anahí se ruborizou e foi impossível lhe olhar. Tampouco pôde lhe dizer nada. A ele não pareceu lhe importar. Conduziu todo o caminho até a casa de May sem lhe dirigir uma só palavra.
-Poncho! Annie! Já era hora de que chegassem! -disse-lhes May aproximando-se e agarrando a Poncho pelo braço. Anahí nunca tinha sentido em sua vida uma necessidade tão grande de golpear a outra mulher. Maite, sem dar-se conta da reação de seu amiga, aproximou-se ainda mais de Poncho e sorriu.
-Os Gibson estão lhe esperando- disse-lhe.-  Chris chegou inclusive a dizer que não tocavam se você não vinha.
Poncho pôs-se a rir, mas Anahí quase pôs-se a chorar se não fosse mal visto. Parecia-lhe que tinha passado muito tempo desde que riu com ela dessa forma.
-Nesse caso, é melhor que vá ver lhes. Está muito bonita. -disse a May observando seu vestido azul.
-Obrigado. - lhe respondeu May lhe olhando nos olhos coquetemente. 
-Eu gosto que se apreciem meus esforços.
Essa noite levava o cabelo solto e nunca antes tinha parecido mais feminina e sem esse aspecto de menino travesso que tinha normalmente. Chris a olhou de lado e franziu o cenho. Anahí foi a única pessoa dos presentes que se deu conta desse olhar e se perguntou por um momento se Chris não estaria com ciúmes. Uma idéia curiosa! O capataz de Poncho nunca olhava assim às mulheres.


NÃO, JL, EU NÃO ESQUECI! ELES AINDA VÃO TER A "NOITE DELES", MAS É MAIS ADIANTE! =D