Fanfic: Tal como é - [Adp-AYA♥] (FINALIZADA) | Tema: RBD

Os braços de Poncho a aproximaram mais a ele. Lhe sentiu então em toda sua longitude, fechou os olhos e se pendurou nele, apertando as palmas das mãos contra os músculos de suas costas. Anahí nunca havia sentido antes tão a salvou, nem tão feliz.
-Melhor irmos pra casa -disse ele depois de um momento. - Vamos.
Agarrou-a pela mão e a ajudou a meter-se no carro. Anahí se perguntou o que haveria passado se tivesse ficado pega a ele. Provavelmente a teria afastado de seu lado.
O caminho a casa lhe fez muito curto. Poncho parou diante da porta, mas não apagou o motor.
-Quer... quer um café? 
-Não, obrigado vou dormir. Amanhã vou ter muito trabalho. 
-Obrigado então por me trazer.
-De nada.
Ela abriu então a porta da casa e disse.
-E aproxima de balé...
-Já que tenho as entradas, acredito que seria uma tolice as desperdiçar e não quero ir com ninguém mais que contigo - então, soltou uma mancada.- May morreria de rir lá.
-Sem dúvida -respondeu-lhe ela apertando os dentes. Quando é?
-Na quarta-feira. Temos que sair daqui às cinco para chegar pontuais.
-Fecharei logo o escritório -respondeu-lhe ela lhe odiando mais que nunca.
-Anahí.
-Sim? .
-Esta vai ser a última lição. Acredito que quando terminarmos com o balé já teria aprendido o suficiente.
-Muito bem. Isto se estava sendo um pouco aborrecido, verdade? -disse-lhe ela friamente.
-Tenho que te dizer algo, querida. Acredito que eu gosto mais meu mundo que o teu. O meu tem a vantagem de que a gente é real e as emoções são honestas. O teu é como uma casa velha com móveis elegantes e o calor de uma tumba. Falando disso, já está em sua casa. Porque não entra e te põe a gemer por seu amor perdido?

Anahí fechou os punhos. 
-Se tivesse uma pistola, pegaria-te um tiro em metade da cabeça.
-É um corno. Se tivesse uma pistola te teria pego um tiro em um pé. Boa noite.
Anahí colocou a chave na fechadura com tanta força que se partiu pela metade. Poncho já partira, e ela ficou ali olhando a fechadura como uma parva. A porta traseira tinha um cadeado velho e não tinha a chave. Todas as janelas estavam baixadas e fechadas. O que fazer?
Com um forte suspiro, afastou-se, agarrou uma grande pedra e a atirou contra uma janela. O ruído do cristal ao rompera fez sentir-se um pouco melhor, apesar de que sabia que lhe ia ter que contar uma interessante historia ao vidraceiro pela manhã.
Infelizmente, o homem ao que tinha que chamar para que a arrumasse estava ocupado com as renovações que estava fazendo Poncho em sua casa, assim que sua mulher lhe deu o telefone de um homem que arrumava janelas em seu tempo livre. Chamou-lhe e conseguiu que lhe prometesse que lhe arrumaria a janela a primeira hora da manhã da segunda-feira. Enquanto isso, conseguiu que um chaveiro o fora a arrumar a porta. Não lhe tinha ocorrido lhe perguntar à mulher do vidraceiro como ia a casa de Poncho, e sentia curiosidade por sabê-lo.

Foi a Phoenix e passou o resto do fim de semana ali, numa tentativa de afastar-se um pouco do ambiente em que tinha estado sumida durante as últimas semanas. As coisas tinham trocado muito nesse tempo, pensou ela. Entre Alfonso e ela tinha estado a ponto de nascer algo muito formoso; mas durante esses últimos dias o tinham jogado tudo a perder. Em realidade, decidiu o que tinha trocado tudo tinha sido esse beijo que se deram no princípio. 
Tinha que reconhecer que sempre tinha sentido curiosidade por ele, e que quando Poncho lhe tinha aproximado, não tinha tido a integridade suficiente para apartar-se dele. Tinha querido saber como se comportaria ele como amante. E agora já sabia, e esse conhecimento a estava torturando. Nunca se tivesse podido imaginar que um homem chegasse a ser tão carinhoso e tão... Ela podia ter tido todo isso se não tivesse sido pela de objeção. Poncho trocar para amoldar-se pra agradar a May. Anahí aproximou-se da janela da habitação do hotel e deixou que seu olhar se passeasse sobre as luzes da cidade. Ele tinha beijado a May na festa. Por que o haveria feito isso? Fechou os olhos e lhe pareceu que ainda podia ouvir a profunda e formosa voz de Poncho quando cantava. Apoiou a cabeça na parede e se perguntou o que sentiria estando a sós com ele um entardecer do verão no alpendre de sua casa e lhe ouvindo cantar. E, se tivessem filhos, poderiam-se sentar em seu regaço...
Esse pensamento foi extremamente penoso. Lembrou-se do que tinha passado a noite em que lhe tinha desejado tanto. Se não tivesse acendido a luz e visto a foto de Tom...
Querido Tom. Tinha utilizado sua lembrança como um escudo para defender-se dos problemas sentimentais e manter o amor fora de sua vida. Mas agora, tinha vinte e seis anos e estava sozinha, além de ter perdido ao único homem no mundo com o que tivesse querido viver é obvio, não tinha nem a mais mínima oportunidade contra May. Isso o tinha sabido sempre. Poncho estava muito apaixonado por ela. O que lhe resultava curioso era que lhe tivesse dado de ficar a aprender coisas relacionadas com a cultura e a educacão com vistas a resultar mais agradável a Maite; sobre tudo quando a ela pareciam lhe gostar das coisas do campo e sua gente. Era muito curioso.
Voltou para a cidade no domingo de noite, não se sentindo melhor que quando partiu. Tinha a sensação de que essa ia ser outra semana muito longa.