Fanfic: Amor Tirano . d&c - adaptada / terminada | Tema: Rebelde - vondy

Thaila você definitivamente é uma fofa *-* E eu tenho certeza que quando você criar a sua #megaweb ela também vai ter um lugarzão especial no meu coração :D
Obrigado pelos comentários Souvondy100, Eneida, Luana e Krol, suas lindas *-*

Talvez a descoberta de que ele a desejava com tanta intensidade houvesse resgatado sua auto estima.

— Pare o carro, por favor — pediu de repente. Christopher obedeceu no mesmo instante.

— Qual o problema?

Dulce mal conseguiu sair do jipe, antes que espasmos de enjoo a atingissem. Mal notou que Christopher a segurava até o mal-estar passar um pouco.

— O que causou isso? — perguntou ele.

— Não sei — Dulce respondeu, trêmula. — Aconteceu de repente, sem que eu esperasse.

— Costuma enjoar ao viajar de carro?

— Nunca. Deve ser algo que comi. — Christopher franziu o cenho, preocupado.

— Não comeu quase nada essa manhã e ambos comemos alguns biscoitos de Belinda ainda a pouco. Eu estou bem, portanto, não pode ter sido isso.

Dulce pensou em pedir que ele a levasse de volta, todavia, quanto antes visse o que precisava, mais cedo se livraria de toda essa situação.

Somente então ela poderia realmente relaxar. Forço um sorriso:

— Estou bem agora. O mal-estar já passou.

— Tem certeza? Podemos adiar a visita, se quiser voltar para Bowana.

— Não precisa mudar seus planos por minha causa — Dulce insistiu.

— Já que mudei grande parte dos meus planos por sua causa, uma vez mais não faria diferença — Christopher salientou.

— Quero voltar logo para Perth, Christopher.

— Ah, claro que quer. Isso a livraria logo de sua dívida comigo. Só que não vai funcionar.

— Acha que estou fingindo estar doente para que me leve de volta?

— Eu não duvidaria disso, embora duvide que você seja tão boa atriz.

— Talvez eu tenha sido ontem.

Christopher tocou a face dela, causando um arrepio pelo corpo de Dulce.

— Não, você não estava representando ontem. Assim como não está agora.

Foi para o carro sem dizer mais nada. Percorreram vários quilômetros em silêncio. Depois do enjoo, Dulce sentiu-se estranhamente vazia.

Chegaram em Turuga bem antes do almoço. Christopher entrou no casarão pertencente à família dele e disse a ela que o esperasse no carro.

Dulce saiu para tomar um pouco de ar. Encostando-se em uma cerca, afastou o chapéu para trás, enxugando o suor da testa. Como pudera detestar tanto o interior durante a adolescência? Naquela época, só via a solidão e o desespero daquela vida.

Sorriu ao ver um bezerrinho mamando na mãe. Nesse lugar havia esperança.

— Por que não ficou no carro?

Dulce sobressaltou-se com a voz de Christopher. A terra do chão abafara o barulho dos passos dele.

— Não sou nenhuma criança para receber ordens de você. Vim para cá recordar um pouco da minha infância.

— E adolescência?

— Sim. Quando eu tinha menos idade, tudo isso parecia tão horrível e empoeirado... Eu não via a hora de ir morar na cidade.

— Que também é horrível, às vezes.

Dulce detestava ter que admitir, especialmente para ele.

— Mas também é excitante, real... — Christopher surpreendeu-a ao concordar.

— Sim, porém aqui o que você tem conta menos do que o que você é. Trata-se de um mundo diferente.

E muito bom, segundo Dulce estava podendo notar agora. Só que pertencia a Christopher e Belinda, não a ela.

— Acho melhor visitarmos logo a cratera — disse Dulce, entrando novamente no jipe. — A que distância fica daqui? — perguntou quando Christopher voltou a pôr o carro em movimento.

Dessa vez, não havia uma trilha principal. O caminho era muito acidentado.

— Somente alguns quilômetros — Christopher respondeu.

— Graças a Deus!

O trabalho de abrir e fechar cancelas deixou-a exausta. O calor da tarde atingia o carro em cheio, prejudicando a ventilação do motor.

Christopher olhou-a de soslaio.

— Pelo jeito, seu amor pelo interior foi realmente muito curto.

— Não pensei que o caminho até a cratera fosse tão longo.

— Não é longo segundo as distâncias aqui do interior. Mas já está quase terminando.

Quase terminando. As palavras ecoaram na mente de Dulce. Sua estadia em Bowana também estava quase terminando. A visita à cratera seria a última peça do quebra cabeça.

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