Fanfic: Amor Tirano . d&c - adaptada / terminada | Tema: Rebelde - vondy

Vocês querem outra web adaptada depois desta? :D
Beijos lindas, daqui a pouco tem mais... se tiver alguém pra ler :X
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— O que é isso, Christopher? Uma ordem militar?

— Você ouviu. O médico recomendou repouso e é isso que você terá.

Estava evidente que Christopher queria que ela se recuperasse o mais rápido possível.

— Isso se eu não morrer de tédio antes.

— É mesmo a mulher mais geniosa que já tive o desprazer de conhecer.

Dulce levantou a vista para ele.

— Porque escrevi a verdade a seu respeito na minha coluna?

— Por se preocupar tão pouco consigo mesma.

Dulce encolheu-se quando Christopher se inclinou sobre ela. Mas, para seu alívio, ele apenas queria ajeitar os travesseiros.

— Pelo menos o remédio do médico trouxe um pouco de cor ao seu rosto — comentou ele.

Mal sabia ele que o efeito se devia à proximidade dele, pensou Dulce. Bastava Christopher estar por perto para seu sangue correr mais rápido nas veias.

Ele também parecia cansado pelo desgaste das últimas horas.

Dulce sentiu uma imensa vontade de tocar o rosto dele e aliviar toda aquela tensão. Porém, achou mais sensato manter as mãos embaixo do lençol.

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Belinda entrou no quarto de repente.

— Encontrei o médico lá fora. Que história é essa de Dulce passar mal em Turuga?

— Nada sério, na verdade — Dulce insistiu. Christopher estreitou o olhar.

— Nada além dos efeitos posteriores de uma séria doença que a obrigará a ficar em repouso durante uma semana — ele explicou.

Belinda não disfarçou o ar de espanto.

— Uma semana? Mas Jenny vai se casar dentro de quatro dias. Prometemos que estaríamos presentes.

— Você prometeu, não eu — replicou Christopher. — Jenny é uma velha amiga de Belinda — explicou a Dulce.

— Então vocês devem ir. Eu ficarei bem, não se preocupem.

— O casamento será em Perth — disse Belinda. — Portanto, não é conveniente eu ficar com uma inválida aqui durante toda a semana.

— Dulce não está inválida e se houver alguma inconveniência, afetará apenas a mim. Afinal, eu sou o dono dessa casa.

— Claro, querido. Esqueci meu lugar por um momento. Isso não voltará a acontecer.

Dizendo isso, Belinda se retirou pisando com firmeza. Dulce afastou o lençol no mesmo instante. Christopher adiantou-se, forçando-a a deitar novamente.

— O que pensa que está fazendo?

— Levantando, oras! Não posso deixar que minha estúpida fraqueza atrapalhe a vida de vocês.

Christopher forçou-a a deitar, segurando-lhe os pulsos ao lado da cabeça, junto ao travesseiro.

— Vamos deixar uma coisa bem clara aqui. Você é minha hóspede e Belinda nem ninguém poderá reclamar disso, entendido?

Dulce tentou se desvencilhar, mas não conseguiu.

— Sim, seu... seu tirano! — bradou entredentes. Christopher sorriu com charme.

— Assim está melhor.

— Agora quer me soltar, por favor?

— Só quando eu achar que devo.

Sem soltar os braços dela, ele inclinou-se e beijou-a nos lábios. Um calor de desejo esquentou o corpo de Dulce. O peito de Christopher roçou seus seios no lugar onde o médico deixara sua blusa entreaberta, após o exame.

— Agora sim — disse Christopher, soltando-a de repente.

— Por que fez isso? — Ele deu de ombros.

— Como você mesma escreveu na revista, estou longe de ser um santo. Se pudesse se ver agora, entenderia por que a beijei.

Antes que Dulce pudesse dizer algo, ele saiu do quarto. Ela permaneceu imóvel durante um longo tempo, afetada por um turbilhão de pensamentos. Christopher não escondia seu desejo por ela, e, no entanto, não assumia isso definitivamente. Teria sido o beijo apenas um meio de demonstrar a força de sua resistência a ela?

— Droga, droga, droga! — praguejou consigo.

Por que não conseguia sentir a mesma indiferença que ele? A essa altura, deveria estar removendo os vestígios do beijo de seus lábios, entretanto, passou a língua por eles, saboreando o contato de Christopher como uma adolescente que acabara de ser beijada por seu ídolo.

— Uma tiete de Christopher, é isso que você é! — censurou-se, aborrecida.

Acabou adormecendo e só despertou quando Belinda entrou no quarto, à noite, carregando uma bandeja.

— Ainda bem que está acordada — disse ela. — Christopher deu ordens para não perturbá-la até que você acordasse por conta própria.

Sentindo-se meio embaraçada, Dulce sentou para que a outra depositasse a bandeja sobre seus joelhos. Só se deu conta de que estava com fome quando sentiu o aroma do omelete de queijo e dos legumes cozidos que o acompanhavam.

— Não deveria ter esperado — disse a Belinda. — Sei que tem muitos afazeres.

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P.s.: A cobra continuará lançando seu veneno ...