Fanfic: Amor Tirano . d&c - adaptada / terminada | Tema: Rebelde - vondy

Lorena e Vondyatrevidinha obrigado pelos comentários lindas, capitulo totalmente dedicado a vocês :D

Antes de tudo uma pergunta... A Belinda conseguiu enganar alguém com aquele ar de santinha ? O.O

Dulce conteve a respiração. Como Belinda sabia sobre Derrick? Só se Christopher contara a ela.

— O que a faz pensar que ele se interessa pelo meu bem-estar? — Belinda tornou-se séria.

— Não precisa bancar a ingênua, Dulce. Sei que vocês tiveram um envolvimento. Acho que acabou chegando à conclusão de que seria melhor encontrar um partido mais rico, estou certa?

Dulce sobressaltou-se. Estaria Belinda insinuando o mesmo que Christopher?

— Eu não queria encontrar ninguém — retrucou, furiosa. — Acontece que Derrick é casado.

Belinda arregalou os olhos.

— É mesmo? Suas fontes jornalísticas falharam?

— No caso de Derrick, sim, embora eu não estivesse pensando nisso quando o conheci.

— Que romântico. Foi amor à primeira vista?

Claro que não, pensou Dulce. Nunca sentira vontade de ser tocada por Derrick, como acontecia quando estava com Christopher.

— Provavelmente foi mais interesse à primeira vista — respondeu. — Estávamos participando de um mesmo trabalho e fomos tomar café depois do expediente. Foi então que tudo começou.

Belinda suspirou.

— Seu mundo parece fascinante. Sinto-me como uma caipira em comparação, embora eu tenha certeza de que Christopher prefere não ter de competir por minha atenção.

Não havia resposta para isso, uma vez que o próprio Christopher revelara seus sentimentos. Belinda terminou o chá e ficou de pé.

— Preciso terminar de arrumar minha mala. Pode telefonar da biblioteca, se quiser.

Lembrando da posição de Belinda como futura dona da casa, Dulce não pôde deixar de sentir uma onda de ressentimento. Porém, o que mais ela esperava? Que Christopher mantivesse suas confidencias sobre Derrick em segredo? Sentia-se furiosa por ele haver contado tudo a Belinda. De que outra maneira ela saberia a informação?

A voz de Anahi ao telefone foi uma distração bem-vinda. A cunhada queria viajar até Bowana para cuidar dela.

— Precisa pensar no bebê, Anahi — Dulce lembrou-a. Anahi concordara com relutância, mas sob a condição de que Dulce a manteria informada sobre sua recuperação, ainda mais sabendo que Belinda ficaria longe.

— Não se preocupe, posso cuidar de mim mesma — Dulce assegurou-a.

As palavras revelaram-se proféticas. Enquanto Belinda estava fora, ela via Christopher apenas bem cedo, antes que ele partisse para uma ou outra de suas propriedades, e tarde da noite, quando ele aparecia para lhe desejar boa noite, antes de se fechar no escritório. Era o mesmo que estar sozinha na casa.

Um dia antes do retorno de Belinda, Christopher foi visitar Bill Peregrin e disse a Dulce que voltaria à tarde.

Seria mais um dia solitário, pensou ela depois que ele saiu. Quando deu por si, já estava na biblioteca, folheando antigos documentos sobre a rota de gado de Bowana.

Começou a fazer algumas anotações e logo ficou completamente concentrada na tarefa.

A hora do almoço veio e passou. Somente quando a porta da biblioteca abriu-se de repente foi que ela levantou a vista. Surpreendeu-se ao ver Christopher.

— O que diabos está fazendo? — indagou como se a houvesse flagrado roubando os talheres de prata da família.

— Eu estava entediada e resolvi fazer uma pequena pesquisa.

Com duas passadas ele chegou até Dulce e tirou os papéis de suas mãos.

— Contrariando as ordens do médico — censurou-a. — Nunca faz o que lhe pedem?

Dulce ficou de pé no mesmo instante. Porém, o movimento brusco fez sua cabeça tontear. Christopher amparou-a depressa, segurando-a pelos ombros.

— Depende de quem dá as ordens — respondeu ela, por fim.

— Obediência também pode ser ensinada, Dulce.

Ela ergueu o queixo, com ar de desafio. Se ao menos tivesse comido alguma coisa não estaria com essa tontura incômoda.

Conteve a respiração quando Christopher tocou seu rosto com a ponta dos dedos e foi descendo até alcançar a curva entre seus seios. O coração acelerado denunciava o quanto o toque dele a afetava.

Christopher esperava que ela implorasse para que ele parasse, porém ela engoliu as palavras, recusando-se a dar a ele a satisfação de sua rendição.

Precisou de todo seu autocontrole para suportar a doce tortura dos lábios dele roçando seu pescoço. Quando deu por si, inclinara a cabeça para trás, fechando os olhos. Ao sentir os lábios de Christopher sobre os seus, teve que se apoiar nele, para não cair.

Além de afetar seus sentidos, Christopher também parecia ter o poder de controlar sua alma. Diante do pensamento, tentou afastá-lo, recusando-se a ser manipulada por ele. Não dançaria segundo a música de Christopher, por mais sedutor que fosse o ritmo.

Sabia que essa dança já estava prometida a Belinda.

Quando ele levantou a cabeça, fitou-a com olhar frio.

— Como eu disse, obediência pode ser ensinada. — Dulce o encarou.

— Não por você. Nunca conseguirá me controlar.

Christopher sorriu com ironia, traçando o contorno dos lábios dela com a ponta do dedo.

— Palavras corajosas, depois do que acabou de acontecer.

O telefone começou a tocar e, para alívio de Dulce, Christopher o atendeu. Quando ela fez menção de se afastar, ele forçou-a a ficar junto dele. Era Belinda, confirmando que chegaria no dia seguinte.

— Ela tem uma surpresa para você — anunciou ele ao desligar.

Outro choque?, Dulce perguntou-se. Por certo não chegaria nem aos pés do que acabara de receber das mãos de Christopher.

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