Fanfic: Amor Tirano . d&c - adaptada / terminada | Tema: Rebelde - vondy

Oi lindas *-* Desculpem a demora, a última vez que eu postei foi mês passado, que horror! Aoisoiasoiasoiaosiaoisoias
Bom, obrigado por todos os comentários, fico feliz que estejam gostando *-*
Tá acabando...

CAPÍTULO XI

Dulce teve pouco tempo para apreciar as belezas dos oásis por onde passou. Toda sua atenção estava voltada para a trilha. Não podia errar o caminho.

Várias vezes lembrou de sua última conversa com Christopher, em Turuga. Por que ele não acreditara nela? Não acusara Belinda com a intenção de separá-los.

Não mesmo?, indagou uma voz no fundo de sua mente. Será que as coisas não se tomariam mais fáceis se Christopher ficasse livre?

— Não — respondeu em voz alta.

Sabia o quanto o futuro daquela cidade significava para ele. Não suportaria ficar por perto e ver o sonho dele ser destruído.

Todavia seria inútil argumentar. Pouco importava o que descobrisse sobre Belinda. Também havia a presença do pai dela, a quem Christopher devia muito. Como ela poderia esperar competir com tamanha dívida de honra?

Estava mesmo precisando ficar assim sozinha. Só ela e o solitário deserto. Paz afinal. Dirigiu durante horas, parando apenas para matar a sede. Com o fim da tarde, a areia começou a ficar avermelhada. Decidiu parar e procurar um lugar para acampar.

Tentar dirigir à noite seria imprudente. Além do risco de se perder, poderia acabar se deparando com algum canguru e causar um sério acidente.

Como que respondendo aos seus pensamentos, ouviu o ronco de um motor a distância. O ruído foi ficando cada vez mais próximo. Ao levantar a vista, distinguiu um pequeno avião branco com listas azuis, seguindo a trilha por via aérea.

Seria Christopher?

O vento levantou poeira quando ele passou próximo. Era o mesmo Cessna no qual eles haviam voado de Turuga para Bowana. Tinha certeza de que Christopher o estava pilotando. O que ele estaria fazendo ali?

Dulce foi tomada por uma onda de incontida alegria. Christopher viera procurá-la, incapaz de deixar ela sair assim da vida dele.

O avião pousou a uma certa distância, levantando uma nuvem de poeira. Um sorriso de puro contentamento iluminou o rosto de Dulce quando ela viu a porta do avião ser aberta.

Porém, sua alegria durou pouco. Christopher parecia mais furioso que nunca ao se aproximar.

— O que diabos pensa que está fazendo? — O sorriso de Dulce desapareceu.

— Estou voltando para Wildhaven.

— À noite? Só pode estar maluca!

— Claro que não. Eu ia acampar aqui até de madrugada.

A expressão de Christopher amenizou-se um pouco, mas ele continuou muito sério.

— É loucura viajar sozinha nessas condições — declarou. O orgulho ferido impeliu-a a se defender:

— Isso realmente não é da sua conta.

— Veio para cá como minha hóspede. Sua segurança é da minha conta, sim.

— Pois seu dever para comigo terminou essa tarde. Não precisava ter percorrido toda essa distância apenas para se desculpar.

Christopher enrijeceu o maxilar.

— Fico satisfeito que pense assim, por que não tenho nenhuma intenção de me desculpar.

— Então por que veio?

— Depois que você fugiu, recebi um telefonema de seu irmão. Sua cunhada entrou em trabalho de parto prematuro.

Uma expressão de pânico surgiu no rosto de Dulce. Ela fez menção de entrar no carro novamente, mas Christopher a segurou pelo braço.

— Solte-me! Preciso ir para lá. Anahi está precisando de mim — disse ela, tentando se desvencilhar.

Christopher puxou-a mais para perto.

— Escute-me! Se dirigir a noite inteira, acabará doente.

— Mas Anahi... O bebê...

— Vou levá-la de avião. — Dulce fitou-o nos olhos.

— E por que faria isso?

— Essa pergunta é mesmo necessária?

Claro. A camaradagem do interior. Christopher estava apenas sendo um bom vizinho em um momento de necessidade. De súbito, a resistência de Dulce se foi. Anahi e o bebê eram mais importantes do que seus desentendimentos com Christopher.

Tirou a bagagem do carro e a transportou para o avião. Em seguida, deixou o veículo a um canto da trilha e o trancou. Minutos depois, alcançavam o céu da Austrália, púrpuro àquela hora da tarde.

Felizmente o avião fazia barulho demais para permitir uma conversa normal.

— O que o médico disse? — perguntou a Christopher, alteando a voz.

— Ele não estava lá — respondeu ele. — Seu irmão o estava esperando quando telefonou para mim.

— Mas ele estava quase chegando, não é?

Dulce lembrou que Wildhaven fazia parte da rota para atendimentos médicos por via aérea. Mesmo assim, suas mãos começaram a suar de apreensão. E se o médico não chegasse a tempo?

Christopher pareceu prever seu pânico crescente.

— Ele estará lá.

Já havia escurecido quando chegaram em Wildhaven. Tom Noonagar, um dos empregados de Poncho, estava esperando-os no campo de pouso.

O motor mal havia sido desligado quando Dulce saiu dó avião e correu até o carro que os esperava.

— Como está Anahi, Tom?

Na penumbra, Dulce conseguiu ver apenas seus olhos expressivos. Para seu espanto, pareciam molhados.

— Ela não está muito bem, senhorita. E nem sinal do médico ainda. — Ele olhou para o Cessna. — Pensei que fosse ele que viesse nesse avião.

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Muita luz pra os nossos anjinhos que já estão no céu!