Fanfic: Outra vez casados - AyA ( Adaptada) {FINALIZADA}

Harlequin Paixão 79

Outra vez… Casados!

(Mistress to her Husband)

Penny Jordan

Digitalização : Rita

Revisão: Marelizpe

CAPÍTULO UM

— Anahi, não vai acreditar! Christian nos contou esta ma­nhã, enquanto você estava na consulta do dentista. A empresa foi comprada. O novo chefe chegará amanhã para entrevistar a todos!

Anahi Portilla digeriu em silêncio os comentários excitados da colega de trabalho. Baixando os cílios escuros e invejavelmente espessos sobre os olhos cor de topázio, considerou a informação que acabara de receber. Trabalhava naquela empresa há apenas seis meses. Antes só tivera empregos temporários, en­quanto completava seu mestrado. Com a qualificação incrementando o curriculum vitae, sentira-se segura para pleitear aquele cargo, o que antes teria conside­rado fora de seu alcance.

— E então, quem nos comprou? — indagou Annie a Dulce, jogando, distraidamente os cabelos por sobre os ombros. Fazia calor na rua e o ar condicionado do escritório era bastante confortador.

— Bem, Chris não nos diria — redargüiu Dulce, re­primindo um pequeno suspiro de inveja, enquanto ad­mirava a elegância do corpo esguio de Anahi, trajado em uma alvíssima camiseta branca combinada com uma blusa de linho marrom. Estava em companhia da cole­ga quando ela comprara a blusa em uma ponta de esto­que, a qual particularmente Dulce achara inadequada. Porém, em Anahi parecia não apenas deslumbrante, mas aparentava uma roupa cara.

— Ao que parece a infor­mação tem de ser mantida em sigilo até amanhã — in­formou, lançando um olhar pesaroso à colega. —Acho que deveríamos ter esperado por isso. Afinal, há anos Chris  manifestava a vontade de se aposentar cedo... mas nunca pensei que tivesse intenção de vender a empresa. Ele e Maite não têm filhos, não? Portanto, não há moti­vo para adiarem quando poderiam estar aproveitando a vida no apartamento que possuem em Miami.

Annie a ouvia atentamente, enquanto ligava o com­putador. A empresa que Christian Chavez fundara para fornecer equipamentos e instalações especializadas ao ramo de construção era um sucesso, mas Anahi perce­beu desde que começara a trabalhar lá como executi­va responsável pelas contas dos clientes, que Christian se mostrava cada vez menos inclinado a procurar novos contratos. O que era uma lástima, pois sabia que aque­le ramo de negócio possuía grande potencial e não es­tava surpresa com o fato de alguém ter se interessado em comprar a empresa.

— Todos temem o que possa acontecer — confi­denciou Dulce à amiga. — Nenhum de nós quer per­der o emprego.

— A vinda de um novo dono pode não representar algo ruim — argumentou Annie em tom sereno. — Há diversas maneiras de expandir a empresa e nesse caso haverá muito trabalho para todos nós... Contanto que o novo dono já não possua um negócio similar e esteja apenas querendo absorver o de Christian.

— Oh, não diga isso! — implorou Dulce, com ex­pressão preocupada. — Ucker e eu acabamos de aumentar a prestação de nossa hipoteca para podermos expandir a casa. — O rosto da colega se tornou rubro. — Estamos pensando em construir nossa família e um bebê requer espaço. A última coisa que preciso é perder o emprego! O que me lembra que... Christian nos comuni­cou que quer todos aqui, amanhã bem cedo. Ao que parece, o novo dono disse que chegaria às 8 horas.

— Oito? — Annie desviou a atenção de seus e-mails para Dulce, franzindo a testa. — Está me dizendo que Christian nos quer aqui às 8 horas?

— Sim.

A pele de porcelana se tornou ainda mais pálida. Era impossível para ela conseguir chegar ao escritó­rio àquela hora. A creche não abria antes das 8 horas e teria de deixar Miguel ao menos às 7h30 se quisesse estar ali no horário que Christian determinara. Sentiu uma crescente tensão comprimir-lhe o estômago.