Fanfics Brasil - 3 Outra vez casados - AyA ( Adaptada) {FINALIZADA}

Fanfic: Outra vez casados - AyA ( Adaptada) {FINALIZADA}


Capítulo: 3

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Já era difícil o bastante para qualquer mãe trabalhar um expediente inteiro — como se equilibrar na corda bamba, — mas quando se adicionava àquele delica­do equilíbrio o fato de a mãe em questão ser sozinha e lutar com todas as forças para prover a segurança emocional que dois pais proporcionariam, esse equi­líbrio se tornava perigosamente instável. Sem contar com o fato de que Anahi não informara ao empregador que tinha um filho.


O simples pensamento sobre o menino foi suficien­te para lhe dar um nó no estômago pela ansiedade pró­pria da proteção maternal.


— O que houve? — indagou Dulce, curiosa, perce­bendo a tensão da colega.


— Na... Nada.


Annie não revelara a ninguém sobre Miguel. Percebia a atitude dos colegas de trabalho e empregadores diante das dificuldades que costumavam acompanhar uma funcionária que era mãe — especialmente solteira. Não mencionara o filho na entrevista de admissão. Só após algum tempo trabalhando na empresa percebeu que Christian tinha uma atitude um tanto antiquada no que concernia à contratação de mulheres com bebês. Na ocasião, Anahi estava convencida de que se encaixava perfeitamente naquele emprego, e, embora tivesse lhe custado algumas noites insones e muitos escrúpulos, decidiu que a existência de Miguel permaneceria em se­gredo. De natureza extremamente íntegra, a resolução lhe pesara na consciência em várias ocasiões, mas a cada vez, alertava a si mesma que aquele era um mal necessário se quisesse ver seus planos profissionais realizados.


Adquirira a qualificação de que necessitava e esta­va determinada a prover o filho de alguns benefícios materiais aos quais teria direito se o pai não a tivesse abandonado.


Pai! Annie podia sentir a mistura explosiva de náu­sea e desespero se apossar de seu íntimo — uma com­binação tão tóxica quanto o arsênico, mas era a ela que aquele veneno ameaçava destruir, não ao homem que lhe despedaçara o coração e a abandonara.


Porém, no presente, achava que ela e Miguel pas­savam bem sem ele, embora o salário que recebia desse apenas para cobrir a hipoteca que estava pagan­do pelo exíguo chalé que comprara numa bela aldeia muitos quilômetros distante da cidade, deixando ape­nas o suficiente para a alimentação, os gêneros de pri­meira necessidade e a creche.


Creche! Os lábios, sempre macios e graciosos fi­caram tensos. Ela era a pessoa indicada para prover o filho de cuidados, mas não estava em situação finan­ceira que propiciasse tal vantagem.


O emprego atual era apenas o primeiro degrau da ascensão profissional que teria de atingir para pro­porcionar a ambos uma vida confortável. O chefe do departamento iria se aposentar dentro de dois anos e Annie acalentava a esperança que, se executasse suas funções com brilhantismo, Christian talvez pudesse pro­movê-la ao cargo.


Seu 25º. aniversário se aproximava, assim como o 5º. de Miguel. Cinco anos de solidão, sem... De imediato Annie afastou os pensamentos danosos. Não precisava deles e não permitiria que lhe estragassem a paz de espírito.


Era no futuro que tinha de se focar e não no passa­do! A compra da companhia podia destruir suas chan­ces de promoção, mas talvez lhe aumentasse as opor­tunidades, refletiu, enquanto estudava alguns gráficos comparativos que elaborara por iniciativa própria, para descobrir que clientes poderiam ser estimulados a aumentar seus pedidos.


Enquanto permanecia parada à porta da pequena creche da aldeia e observava o filho correr em sua di­reção, a face pequenina iluminada ao vê-la, Annie sen­tiu o coração pular de amor.


Quando se inclinou para tomá-lo nos braços, enterrar o rosto na pele macia do pescoço de Miguel e inspirar a deliciosa fragrância dele, concluiu que não importava quantos sacrifícios tives­se de fazer, ou o quanto teria de trabalhar duro, faria tudo que estivesse a seu alcance para o bem-estar de Miguel.


Pequenas rugas lhe franziram a testa ao vaguear o olhar pela sala de aula, vazia. Escolhera viver em uma aldeia, pois desejava proporcionar a Miguel um senso de vida em comunidade e prover ao filho um tipo de infância que lhe fora negada. Mas viver ali significava que tinha de viajar todos os dias para a cidade para trabalhar e Miguel tinha de esperar mais do que as ou­tras crianças para que ela fosse buscá-lo.


Nunca desejara que Miguel crescesse daquela forma — filho único sem nenhuma família além dela. Quise­ra que tudo fosse diferente para ele.


Dois pais amorosos, irmãos, a certeza de ser queri­do e amado!


A dor a atingiu inexorável. Passaram-se cinco anos... Por certo apenas uma mulher desprovida de respeito próprio se permitiria pensar sobre o homem que a traíra e rejeitara. Um homem que jurara amá-la pelo resto da vida, dividir com ela os sonhos e aspi­rações, que a ensinara a amá-lo, que sussurrara con­tra seus lábios, enquanto lhe possuía o corpo virginal, que no passado desejava que ela fosse a mãe de seu filho e que iria cercá-lo de amor e segurança.


O mesmo homem que mentira e a deixara com o coração em frangalhos, desiludida e completamente só.


Para ficar ao lado dele, Annie fora contra a vontade dos tios que a criaram e por esse motivo tinha sido renegada.


Não que quisesse os tios envolvidos na vida de seu precioso filho. Eles lhe haviam dado uma casa quando ficara órfã, mas fizeram aquilo apenas por obrigação e não por amor. E Annie ansiara por amor a vida toda.


— Miguel estava começando a ficar preocupado.


O tênue traço de reprovação na voz da professora da creche fez Annie estremecer.


— Sei que estou um tanto atrasada — desculpou-se. — Houve um acidente na estrada.


A professora era corpulenta e de meia-idade. Tinha netos e as crianças da creche a respeitavam e ama­vam. Annie perdera a conta do número de vezes que ouviu Miguel citar-lhe o nome quando insistia em algu­ma coisa.


— Mas Mary falou... — dizia a criança.


Dez minutos mais tarde Annie estava destrancando a porta do pequeno chalé. Ficava localizado no centro da aldeia. As janelas da frente descortinavam o vasto verde com um lago para patos e os fundos da casa desembocavam num estreito jardim.


Miguel era uma criança de compleição robusta com músculos firmes e uma cabeça ornada de cachos de cabelos pretos. Uma herança genética do pai, embora a criança não soubesse.


Para Annie, o homem que lhe dera seu filho não mais existia, e ela se recusava a deixá-lo entrar na vida de ambos. A natureza plácida de Miguel permitira até pou­co tempo que ele aceitasse a ausência de um pai sem fazer perguntas. Porém, o fato de seu mais novo ami­go ter um pai levou-o a querer saber mais.


Annie franziu o cenho. Até então o filho se contenta­ra com as respostas evasivas, mas doía-lhe o peito ao ver o modo como Miguel observava encantado enquan­to Kuno Becker brincava com o filho.


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 297



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  • MilkaGenise Postado em 20/05/2016 - 13:26:55

    Apesar do Poncho ser um idiota durante quase toda fic. O amor deles venceu as barreiras que os impediam de ser felizes! que estória lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • jl Postado em 20/10/2011 - 14:32:04

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