Fanfic: Outra vez casados - AyA ( Adaptada) {FINALIZADA}

Gracias pelos comentários , meus amores.

Dez minutos depois, enquanto observava a face pálida de Annie, que se encontrava imóvel na cama, a ansiedade de Sean aumentou. Observou as mãos que pendiam sem vida. Ela sempre tivera mãos bonitas. Fora uma das primeiras coisas que notara nela. Na­quele momento, o pulso delgado lhe parecia ainda mais fino do que no passado.

De repente, Anahi fez um movimento brusco e me­xeu as mãos. Gotas de suor lhe salpicavam a fronte e ela gemeu, tremendo violentamente. Os olhos topázio se abriram e se dilatando, perplexos, fitaram-no.

—  Está tudo bem, Annie — acalmou-a Poncho, en­quanto ela lhe lançava um olhar vago. Porém, a des­peito das palavras reconfortantes, Alfonso sentia um peso enorme lhe oprimindo o peito.

— Minha cabeça dói — gemeu ela.

—  Por que não se senta e toma um pouco dessa água? — sugeriu Poncho em tom gentil. — Vai ajudar a baixar sua febre.

Annie tentou obedecer, mas ele podia ver que o mí­nimo esforço era demais para ela.

Sem lhe dar tempo para protestos, Poncho sentou-se na cama e amparou-a pela cintura, enquanto ajeitava os travesseiros.

Ela trajava uma espécie de camisola de algodão que estava ensopada de suor e tremia tão violentamente que os dentes batiam.

— Minha garganta está doendo muito — sussurrou ela, enquanto afastava o copo. — Tudo dói. — Num gesto automático, Poncho levou a mão à testa febril. — Isso é muito bom. Frio.

Alfonso engoliu em seco ante as sensações que as pa­lavras e a temperatura de Annie fizeram eclodir dentro dele.

— Sinto-me muito quente.

— Está com uma virose — informou ele.

—  Não quero afastá-lo do trabalho. Não com o contrato da Anderson para ser concluído.

Os olhos febris se fecharam quando ela se recostou aos travesseiros e Alfonso a observou, franzindo o cenho. O contrato ao qual ela estava se referindo era o mesmo em que ele estava trabalhando no início do casamento deles.

O médico o havia prevenido de que Annie estava um tanto delirante.

Ela fora sua esposa e amante. Seu corpo não guar­dava segredos inexplorados para Poncho. Como poderia quando Anahi se entregara tão completamente a ele? Ainda assim, podia sentir os músculos tensos, en­quanto removia a camisola úmida de suor. A excitação que sentia, atrasando a tarefa de despi-la, ao avistar a pele pálida dos seios firmes.

Relutante em remexer nas gavetas de Annie para procurar uma camisola limpa, após ter lavado com uma esponja o corpo suado dela, enrolou-a em uma toalha, respondendo às perguntas desconexas que ela lhe fazia nos momentos em que acordava.

Quando por fim Anahi se encontrava seca e aque­cida, e podia ser coberta com o edredom, as mãos de Poncho tremiam.

— Poncho?

Ele congelou ao perceber que Annie acordara outra vez.

— Sim?

— Eu o amo muito — declarou ela, voltando-lhe um sorriso doce antes de descerrar as pálpebras e imergir em sono profundo.