Fanfics Brasil - 57 Outra vez casados - AyA ( Adaptada) {FINALIZADA}

Fanfic: Outra vez casados - AyA ( Adaptada) {FINALIZADA}


Capítulo: 57

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Eram nove horas da noite. Miguel já dormia em sua cama nova e ela e Poncho dividiam a deliciosa refeição que a Sra. Lupita deixara pronta antes de ir para casa. De súbito, a última coisa que Annie sentia era vontade de comer.


— E desde quando você e a Sra. Lupita decidem o que é melhor para Miguel sem me consultar?— Enquanto falava, Anahi levantou-se deixando cair o guardanapo e agarrando-se à mesa furiosa.


— Ele está desesperado por seu próprio cachorro — argumentou Poncho. — Você sabe disso.


— Também sei que eu disse que ele não poderia ter um agora.


— Porque teria que voltar para a creche e você para o trabalho. Mas isso não se aplica mais — ponderou Alfonso.


Annie tremia com um misto de raiva e angústia sem saber exatamente o motivo.


— Não vou ficar aqui ouvindo mais nada — infor­mou ela, empurrando a cadeira para trás e quase cor­rendo para o quarto, ignorando os protestos de Alfonso.


— Anahi! Volte aqui.


Como uma tola, procurou refugio exatamente no quarto principal e sua face ficou lívida quando notou que Poncho a havia seguido e agora fechava a porta atrás de si.


— O que deu em você?


— Eu consegui criar Miguel durante cinco anos sem sua assistência e sem sua interferência. Eu sou a mãe dele... e eu...


E você o quê? — desafiou-a Poncho. — E você di­vidiu sua cama com outro homem para concebê-lo?


A emoção selvagem na voz dele a assustou. Nunca o vira assim fora de controle e a intensidade daquela explosão a deixou paralisada.


Você acha que não penso sobre isso todo santo dia, toda santa hora? Diabos, Anahi, acha que porque não sou capaz de gerar um filho, porque não sou ho­mem o bastante para dar a vida a uma criança, não sou homem o bastante para pensar em você e ele juntos?


Em silêncio eles fitaram um ao outro.


Annie liberou o  ar que ficara retido  em  seus pulmões.


O que está dizendo? Não pode gerar um filho?


 A boca de Anahi ficara seca e seu coração batia descompassado. Apesar do choque, podia notar o olhar angustiado de Sean e a intensidade de suas emoções. Quando Alfonso começou a se afastar, ela o segurou pelo braço.


Você é o pai de Miguel, Poncho — disse Annie cal­mamente.


Não, não sou. Não posso ser — negou ele com amargura. — Eu não sou capaz de gerar uma criança. É impossível sob o ponto de vista médico.


Não posso entender — disse Anahi num sussurro, enquanto tentava compreender as palavras dele.


Era tarde demais para retroceder, pensou alfonso. Além do choque que aquela revelação causara a Anahi, ele podia divisar uma grande determinação. Sabia que ela insistiria em saber a verdade. E o que adiantava negar agora?


Poncho respirou fundo.


— Durante os exames de rotina anuais, o médico sugeriu uma contagem de espermatozóides. Era ape­nas uma formalidade, dissera ele, e eu acreditei. Afi­nal, sempre me julguei um homem saudável. Quando os resultados chegaram, houve um problema...


Ele fez uma pausa e Anahi aguardou, ardendo de compaixão por ele.


— Parecia... Ele me disse que a contagem de esper­matozóides era tão baixa que seria impossível gerar um filho — disse Poncho com a voz entrecortada. — Natural­mente, me recusei a aceitar aquela afirmativa e pedi para repetirem os exames. Mas eles não estavam errados. Não preciso explicar-lhe, Annie, a intensidade da humi­lhação que senti ao ouvir aquela sentença do médico.


— Por que não me contou? — murmurou Anahi.


  Eu não podia. Não conseguiria ver seu rosto quando lhe contasse que não seria capaz de dar-lhe os filhos que tanto desejava.


Sim. Desejava muito, pensou Anahi. Mas não tanto quanto o desejava. Ela o conhecia profundamente e sabia o que aquelas notícias deviam ter destruído den­tro dele.


— Eu tinha o direito de saber, Poncho.


— E eu tinha o direito de protegê-la.


— Proteger-me?


Poncho comprimiu os lábios.


 — Eu sabia que se lhe contasse, você insistiria em... aceitar o fato de que jamais teríamos um filho e... iria querer sacrificar suas chances de ser mãe por minha causa. Então, decidi naquele instante que não deixaria que isso acontecesse e que eu... tinha que deixá-la li­vre para encontrar outro homem... que fosse capaz de dar-lhe o que eu não poderia dar.


Deixar-me livre? — Agora que o choque inicial passara, Anahi começava a ficar zangada. — Você foi infiel, Alfonso e...


— Não!


— Não?


— Nunca houve mais ninguém. Eu... Eu apenas in­ventei outra mulher por que... sabia como se sentiria e como reagiria. Não queria mantê-la presa em nosso casamento, sacrificando-se por mim, tendo pena de mim e talvez algum dia até me odiando. Devo dizer, no entanto, que não esperava que encontrasse alguém com tamanha rapidez. Foi por isso que seu relaciona­mento com esse homem não durou?


Um nó alojara-se em sua garganta e a única coisa que Anahi conseguia fazer era balançar a cabeça em sinal de negação. Ela não sabia o que a fazia sofrer mais, a dor por Alfonso ou por si própria.


— Poncho. Eu não me importo com os exames médi­cos. Miguel é seu filho — exclamou ela emocionada.


As vezes essas coisas são possíveis e...


— Não! — O grito de Poncho paralisou-a. — Não laça isso comigo, Anahi. Seu caráter não lhe permite trapacear e Miguel não merece isso.


Anahi ficou lívida, mas antes que pudesse defender-se, ele continuou com veemência:


— Não consegue entender como me sinto? O quan­to desejaria que Miguel fosse de fato meu filho? O quanto me dói que ele não seja? Só preciso segurá-lo em meus braços para sentir todo o am... alguma coisa dentro de mim que... Ter filhos com você, dar-lhe fi­lhos, era uma coisa tão arraigada dentro de mim, tão instintiva, que me deixava quase maluco só de pensar em você tendo um filho de outro homem, mas...


— Miguel é seu filho! — protestou Annie. — Ele é seu, Poncho, nosso...


— Não faça isso, Anahi. Não posso ouvir isso. O que tenho que fazer para que pare de mentir para mim? Isto?


Annie não conseguiu mais mover-se quando ele a to­mou em seus braços e esmagou-lhe a boca num beijo alucinado, inclinando-lhe a cabeça para trás. A força das emoções, raiva contra raiva, fundiu-se e espalhou-se pelo corpo de Anahi.


Como um desejo tão primitivo poderia nascer da raiva? Seu corpo tremia pelo choque de reconhecer sua vulnerabilidade. Ela tentou escapar, mas era tarde demais.


Anahi fora capturada num turbilhão de emoções e sensualidade tão intenso, que mal conseguia racio­cinar.


Quando Alfonso interrompeu o beijo, seu peito arfava violentamente. Annie tentou afastar-se, mas ele recu­sou-se a soltá-la.


— Talvez o único modo de fazer-me parar de pen­sar nisso é deixar minha marca em você para sempre.


— Foi você quem pediu o divórcio, Poncho.


— E verdade, mas não a substituí em minha cama — retrucou ele com amargura. — Quanto você o que­ria, Anahi?


Poncho, não — protestou dividida entre o choque e a dor. Choque por ele acreditar que ela se dera a outro homem quando sabia o quanto o amava e dor por ele, por ela mesma.


Não? Você não disse não a ele, disse? — desafiou-a. — Vou fazê-la esquecer que um dia o conheceu, Anahi. Vou fazê-la querer-me tanto que esquecerá que um dia esse homem sequer existiu.


Poncho acariciava a lateral de seu pescoço com os lábios, procurando deliberadamente o ponto especial que a fazia estremecer. Ele fez isto? As palavras saíam abafadas contra a pele macia de sua garganta, enquanto ela lutava para evitar que as lagrimas lhe banhassem o rosto.


Você não lhe disse o quanto isto a deixa excitada?


Havia uma nota de crueldade na voz de Alfonso que lhe fazia doer o coração. Apesar da raiva, porém, ela precisava convencê-lo de que nenhum outro homem ja­mais tomara seu lugar. Nem em sua vida, nem em seu rotação, nem em seu corpo. Mas as palavras simplesmente não lhe saíam da garganta.


Ele a tocava assim, Anahi? E assim? As palavras irritadas do marido congelavam-lhe as emoções. Um vazio imenso se espalhou dentro dela e todo corpo se enrijeceu. Oh, Deus, Annie. Libertando-a, caminhou até a cama e sentou-se com os cotovelos sobre os joelhos, amparando o rosto entre as mãos.


— Que diabos estou fazendo?



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  A angústia sufocante com que aquelas palavras fo­ram proferidas preencheu o vazio entre eles. Antes que Annie pudesse responder, ele continuou: —  O que está acontecendo comigo, afinal? Eu sempre fui ciumento quando se tratava de você, mas... — Poncho mal podia conter seu desespero. Anahi ergueu a mão e pousou-a sobr ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 297



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  • MilkaGenise Postado em 20/05/2016 - 13:26:55

    Apesar do Poncho ser um idiota durante quase toda fic. O amor deles venceu as barreiras que os impediam de ser felizes! que estória lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • jl Postado em 20/10/2011 - 14:32:04

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