Fanfic: A Mexicana | Tema: rebelde

Parecia loucura,mas Dulce estava dentro do carro de um estranho em que acabara de conhecer,mas antes estar com ele do que com a polícia e sendo deportada de volta ao México.E o pior com apenas alguns dólares no bolso.

  ­   ­  ­ - Eu esqueci de me apresentar. - Dulce virou para Christopher enquanto o sinal parou.
  ­   ­  ­ - Dulce María,esse é o seu nome. - Ele disse sorrindo e olhando pra ela,voltou rapidamente o olhar para o semáfaro.
  ­   ­  ­ - Como sabe? - Ela perguntou assustada e pela segunda vez sentiu medo dele.
  ­   ­  ­ - Eu estava no bar onde você trabalha.Vi a sua apresentação. - Ele respondeu ainda sem olhar para ela.Apenas para suas pernas que estava de fora,ela ainda continuava com aquela roupa do trabalho,era a única que tinha,além da que tinha chego.
  ­   ­  ­ - Espera,você é o rapaz que falou com a Júlia? Você está me seguindo? É isso? - Dulce começou a se alterar.
  ­   ­  ­ - Não segui ninguém,o destino que quis assim,que eu te salvasse daqueles policiais.Não me culpe por algo que Deus quis. - Christopher também se alterou,nenhuma mulher nunca falara assim com ele,até Dulce aparecer e mudar tudo em questão de segundos.
  ­   ­  ­ - Deus não colocaria alguém tão..tão... assim como você no meu caminho. - Dulce disse nervosa,cruzando os braços e olhando para frente.
  ­   ­  ­ - Chegamos! - Foi a última palavra dita por Christopher depois daquela pequena discussão.
  Dulce desceu do carro e sem olhar para Christopher agradeceu e entrou na lanchonete.Christopher foi atrás dela,ele gostava de mulheres que se faziam de dificil,mas Dulce não estava fazendo,ela era dificil e ele não havia notado isso ainda.Talvez toda a ingenuidade de Dulce de não saber o quão Christopher era importante na sua cidade,no meio em que trabalhava e no seu país lhe fazia mais especial e só aumentava a atração magnética de Christopher por ela.


  ­   ­  ­ - Boa Noite,eu gostaria de um hot dog,por favor! - Dulce disse colocando suas coisas no balcão e pedindo para a balconista que estava de costas.
  ­   ­  ­ - Pois...Dul? - A moça exclamou.
  ­   ­  ­ - Mai? - Dulce assustou-se quando viu Maite na sua frente,como ela foi parar ali? Do outro lado da cidade. - Eu te procurei muito garota. - Dulce sentiu-se aliviada.
  ­   ­  ­ - Eu também,mas um dos coiotes me pegou e eu consegui escapar dos homens. - Maite sorriu. - Então,o que você vai querer?
  ­   ­  ­ - Eu quero um hot dog,o mais barato,por favor! - Dulce exclamou.
  ­   ­  ­ - Saíndo um hot dog no capricho. - Maite gritou colocando um prato com o pão sob o balcão.
  ­   ­  ­ - Você não imagina a fome que eu estou. - Dulce disse pegando o pão,mas antes de dar sua primeira mordida alguém lhe interrompeu.
  ­   ­  ­ - Você esqueceu isso no carro. - Christopher colocou uma bolsa de Dulce sob a mesa. - Quantas bolsas você trouxe?
  ­   ­  ­ - Não te interessa.Me deixa comer em paz? Eu já agradeci pela carona,e já disse que não quero nada com você,tá dificil? - Dulce o encarou e Christopher mais uma vez desviou o olhar rindo.
  ­   ­  ­ - Um dia você vai precisar muito de mim. - Ele a encarou. - E eu vou lhe ajudar com muito prazer. - Ele se aproximou. - Muito prazer. - ele disse as últimas palavras ao pé do ouvido de Dulce e saiu.
Dulce continuou parada com seu lanche na mão olhando Christopher sair da lanchonete.

  ­   ­  ­ - Úh,amiga.Nem bem chegou e já tem um gatão assim dando sopa? Safada. - Maite debochou de Dulce.
  ­   ­  ­ - Não quero me envolver com ninguém,muito menos com esse ai. - Dulce respondeu começando a comer o lanche. - E você? Não vai arrumar ninguém?
  ­   ­  ­ - Não,não,eu vim exatamente atrás de alguém certo.Meu marido. - Maite respondeu passando o pano sob o balcão,seu turno estava acabando.
  ­   ­  ­ - Seu marido? Eu nem sabia que você era casada. - Dulce surpreendeu-se.
  ­   ­  ­ - Pois é,eu sou a cinco anos,mas quando tinhamos dois anos de casado ele veio pra cá arrumar dinheiro pra uma vida melhor.
  ­   ­  ­ - E ai? Me conta. - Dulce ficou curiosa pela história de Maite.
  ­   ­  ­ - Ai que ele veio e conseguiu um emprego,ele sempre me mandava dinheiro,mas de um ano pra cá ele começou a mandar menos dinheiro e quase nunca.Perdi o contato com ele e ai resolvi vir rpa cá procurar ele.
  ­   ­  ­ - Nossa,isso que é prova de amor. - Dulce ficou abismada. - E como é o nome dele?
  ­   ­  ­ - Alfonso. - Maite sorriu com os olhos marejados. - Mas então,você já tem onde ficar?
  ­   ­  ­ - Ih! Não tenho não. - Dulce franziu o cenho. - E você?
  ­   ­  ­ - Também não,Bob,o chapeiro disse que tem um albergue aqui perto onde a maioria dos moradores são imigrantes,vamos lá? Dividimos um quarto. - Maite sugeriu.
  ­   ­  ­ - Por mim tudo bem. - Dulce sorriu.
  ­   ­  ­ - Vou trocar de roupa e já vamos,me espere.
Dulce e Maite seguiram até o albergue que Bob havia lhes indicado.O lugar era simples,muitos imigrantes e o quarto minusculo com duas camas de solteiro.Mas era tudo o que elas precisavam no momento.

  ­   ­  ­ - Sabe o que eu mais quero nesse momento? - Maite saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cabeça.
  ­   ­  ­ - O que? - Dulce interrogou.
  ­   ­  ­ - Dormir numa cama como essa. - Maite jogou-se na cama de Dulce.
  ­   ­  ­ - Mas essa é minha. - Dulce gargalhou.
  ­   ­  ­ - Eu sei. - Maite mostrou a lindua. - Será que tudo vai dar certo?
  ­   ­  ­ - Tudo o que?
  ­   ­  ­ - Tudo,todos os nossos sonhos e planejamentos para o futuro aqui.Sei lá,as vezes me bate um medo,uma insegurança. - Maite dizia e seus olhos continuavam marejados.
  ­   ­  ­ - Mai,se nada der certo e se uma de nós cairmos,uma vai ajudar a outra a levantar e a não desistir. - Dulce segurou a mão de Maite e a encarou serenamente e também sentiu os olhos molharem.
  ­   ­  ­ - Tá bom. - Maite sorriu. - Me dá um abraço? Eu estou muito carente. 

  ­   ­  ­ Elas se abraçaram como o selo do pacto de amizade entre elas.O alicerce de cada uma era a outra.


Ufa super grande esse poste né acho que mereço um comentario:)Ah e se quiserem mais postes comente:) 
Bjsss...fiquem com Deus:)