Fanfic: Um homem sem coração. - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA}

Jl, é que Annie se apaixona muito rapido , quando o homem é Poncho. RSRSRSRS

As oito horas ela já estava pronta. Usava um vesti­do de veludo preto e sandálias de salto da mesma cor. A maquilagem era leve, só batom e destaque para os olhos verdes; havia deixado os cabelos soltos.

Quando a campainha tocou, ela conduziu Kuno para a sala de visitas, tomando o cuidado de acalmar o ca­chorro, que começava a latir.

— Vou só pegar o casaco e já volto.

Ao subir a escada, estava convencida de que Kuno admirara suas pernas. Talvez a reunião daquela noite fosse mais agradável do que parecia.

De fato, o rapaz tímido se transformara num homem muito atraente. Estava bronzeado e usava os cabelos mais longos. Foi muito gentil ao ajudar Annie a entrar no carro. Um verdadeiro cavalheiro.

Durante o trajeto conversaram sobre vários assuntos. Kuno atualmente trabalhava nos Estados Unidos e só vol­tara à Inglaterra para resolver uma questão de heran­ça, pois sua mãe falecera no mês anterior.

— Sabe, eu não estava entusiasmado com o jantar de hoje. Lembrava-me de você como uma menina usan­do tranças.

— Bem, minhas lembranças também não são das melhores.

— Posso imaginar. Mas você está linda. Dulce já havia me falado isso e agora vejo que ela tem razão. Solteira ainda?

—  Sim. E você? — Uma das regras que Anahi se impunha era nunca sair com homens casados.

— Atualmente estou divorciado: Até a morte de mi­nha mãe eu pensava em permanecer nos Estados Uni­dos. Afinal, tive bastante sucesso por lá. Mas agora que voltei, não tenho tanta certeza.. No fundo mi­nhas raízes, estão aqui.

—  Eu entendo.

Chegando A casa de Pedro, foram recebidos com mui­to carinho. Já na sala, quando todos estavam sentados à volta de uma mesa muito bem decorada, o procurador anunciou:

—  Convidei Kuno para ser meu sócio. Mai vive in­sistindo para que eu me aposente.

—  Confesso que a proposta é tentadora. Ainda mais depois desta noite —Kuno respondeu, lançando um olhar significativo para Anahi.

A filha e o genro de Pedro também estavam presentes, por isso a noite foi excepcionalmente divertida. O bom humor desse casal contagiava a todos.

Quando Kuno sugeriu que estava na hora de se reti­rarem, Annie ficou meio sem jeito porque fazia tempo que não passava momentos tão agradáveis na compa­nhia de amigos.

—  Já passa de meia-noite e amanhã preciso estar em Londres muito cedo. Vou ao aeroporto me despedir de um amigo que segue para Dálias — desculpou-se ele, com um sorriso amável.

Durante o trajeto de volta ao chalé eles não conver­saram. Quando Kuno estacionou, Annie dirigiu-se a ele.

— Só não o convido para entrar por que sei que está com pressa. Foi uma noite agradável...

— Tem razão... e eu gostaria de terminá-la com um toque especial.. — sussurrou, beijando-a.

O contato era agradável, sem dúvida, mas não pro­vocava em Anahi a mesma explosão de emoções sen­tida com os beijos de Alfonso Herrera.

Kuno beijou-a mais uma vez. Ao faze-lo, faróis ilumi­naram o interior do carro. Um Ferrari passou rapida­mente e entrou no jardim da mansão.

— Quem é? — perguntou ele, irritado com a inter­rupção.

— O vizinho. Aliás, meu novo chefe. - Annie aproveitou a situação para despedir-se.

—  Muito obrigada, foi uma noite excelente.

—  A primeira de uma série, espero — murmurou ele, ajudando-a a sair do carro.