Fanfic: Um homem sem coração. - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA}

Não faz isso com Kuno , Jl , eu gosto dele , mas claro que prefiro Annie com Poncho. *_*

No domingo Annie levantou-se bem cedo. Enquan­to tomava o café da manha, lia os jornais calmamente. De repente Ronaldo começou a latir. Estranho... Não esperava ninguém aquela hora. Teve então um sobres­salto quando olhou pela janela e reconheceu Alfonso Herrera, caminhando na direção do chalé. Por um momento ela teve vontade de fingir que não estava em casa, mas abandonou a ideia por achar infantil essa atitude.

Resignada, abriu a porta para recebê-lo e surpreen­deu-se mais uma vez com Ronaldo. O cachorro parou de latir e recebeu Alfonso com carinho.

— Alô, amigo — brincou ele, tocando o animal com delicadeza.

— O que deseja?

— Então é assim que você trata seu novo vizinho? Não me convida para um café?

— Vizinho! O que você quer dizer com isso? — Annie perguntou, aturdida.

— Por favor, Anahi... — ele pediu, em tom irônico. — Tive informações excelentes sobre você. Seus antigos empregadores disseram que você era muito es­perta. Será que se enganaram?

— Não entendo... A casa mais próxima é Christian Chavez.

— Muito bem, nota dez por enquanto.

— E agora a casa está ocupada pelo presidente das Empresas Hart.

— Seu novo chefe, não é mesmo? — perguntou com um sorriso cínico.

— Espere... por acaso você vai morar com o sr. Rodriguez? — arriscou ela.

— Sim, o sr. Alfonso Herrera Rodriguez!

Ao ouvir isso Anahi empalideceu e sua primeira reação foi querer bater a porta na cara dele. Mas, prevendo o que podia acontecer, Alfonso já tinha posto o pé junto ao batente. Simplesmente não havia como livrar-se daquele homem.

—  Muito bem... pois saiba que não vou mais tra­balhar para você.

—  E por que não? — sorria ele, observando-a com atenção.                                                       

Seu olhar estava fixo nos seios, que se insinuou sob a lã fina do suéter. Percebendo isso ela sentiu uma estranha perturbação. Alguma coisa naquele homem era mais forte que seu desejo de resistir. Atônita, tentou explicar:

—  Não posso trabalhar para você depois...

—  Depois do que aconteceu naquela noite? Por que não? Tem medo de não fugir a tempo da próxima vez? Ou sente medo de não querer fugir? — perguntou com uma calma estudada, à medida que ela ficava cada vez mais constrangida.

— Simplesmente não consigo trabalhar se me tratam dessa maneira, como um objeto sexual. Por que me quer como secretária, afinal?

— Acho que a palavra certa para isso é medo — falou Poncho.

— Isso é um absurdo! Você não me assusta nem um pouco!

— Prove — Poncho desafiou, cínico. — Venha tra­balhar comigo e mostre o quanto é indiferente a mim.

Ele sabia como aprontar uma armadilha. Se Anahi recusasse, não teria um minuto de paz até ceder à von­tade de Alfonso. Era claro que a desejava, não havia dú­vida. Sua única possibilidade de defesa seria enfrentá-lo em campo aberto, demonstrando no convívio diário que o ignorava, aceitando o desafio.

— Tudo bem, vamos manter relações estritamente profissionais.

— Que tal selarmos nosso contrato com uma xícara de café? — sugeriu ele, sorrindo.

Anahi o conduziu alé a cozinha, servindo-lhe café. Sentaram-se à mesa e Alfonso a encarou, dizendo com suavidade:

— Que tal o beijo dele, ontem à noite?

Imediatamente Annie lembrou-se do Ferrari, jogan­do o farol sobre o carro de Kuno, Reagindo àquela arro­gância, ela respondeu:

— Se quer saber, gostei muito!

— Foi mesmo? E por que não foram para a cama? Parece que você acha os meus beijos mais estimu­lantes ...

— Não é verdade... eu... — Foi interrompida por um gesto brusco de Alfonso, que a tomou nos braços e beijou-a com uma paixão selvagem, explorando-lhe a boca com tamanha sensualidade que Annie se entre­gou, louca de desejo.