Fanfic: Um homem sem coração. - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA}

No início, quisera desafiá-lo, dar-lhe uma lição, mas agora via claramente que fora longe demais. Em pouco tempo conhecera o lado oculto de um homem e a sen­sualidade que ele conseguia lhe despertar.

Quando chegou ao chalé, acariciou Ronaldo e sen­tou-se, resignada. Sim, estava mais interessada naquele homem, mais intrigada do que esperava.

Às onze horas, ela abriu a porta dos fundos para o cachorro sair e foi tomar um café na cozinha. Estava muito cansada, principalmente porque não parava de pensar em Alfonso!

Quando se preparava para dormir, ouviu um barulho de carro. Olhando pela janela, viu o conhecido Ferra­ri... Decidida a enfrentar aquele homem, abriu a por­ta antes que ele pudesse tocar a campainha. Alfonso estava muito elegante, com um terno azul-escuro, mas sua expressão demonstrava cansaço.

—  Eu já estava indo dormir... — comentou ela, com o máximo de frieza que conseguiu fingir.

—  Hum, que ideia fantástica! — brincou, com um brilho malicioso no olhar, que percorria o corpo bem-feito de Anahi.

Sem coragem de tomar qualquer atitude, ela decidiu conduzi-lo até a sala de visitas, onde poderiam conver­sar com calma. Talvez assim, frente ao homem que a desafiava, ela conseguisse recuperar o autocontrole.

— Eu gostaria de ver aqueles desenhos de Abbot`s Meade — pediu ele.

— Agora? A esta hora da noite? - Poncho encolheu os ombros, explicando:

— Esses fusos horários me atrapalham todo, perco o sono. Pensei em usar meu tempo de maneira agra­dável ...

—  Os desenhos estão no sótão. Talvez eu demore para encontrá-los.

Nesse momento, o cachorro entrou na sala, dirigin­do-se para Poncho, que começou a acariciá-lo.

"Até Ronaldo gosta dele...". Annie constatou irri­tada. "Como rejeitá-lo?"

— Não vai oferecer uma xícara de café a este via­jante exausto? — Poncho brincou, afetando um ar dra­mático. — Não tenha medo, Anahi, não vim aqui para seduzi-la, ainda que esse seu jeito assustado seja tão tentador.

Poncho sentou-se, examinando-a com um sorriso nos lábios. Parecia divertir-se com tudo.

—  Nunca lhe disseram que a melhor maneira de afastar um homem é permitir que ele a pegue? Quanto mais foge a caça, mais ávido fica o caçador. Por que você corre tanto de mim?

— Bem, vamos esclarecer uma coisa. Meu único de­sejo é manter a maior distância possível entre nós! — protestou, furiosa. — O mesmo machismo de sempre, não é Alfonso? Por favor entenda: quando eu digo "não", é "não"

— Verdade?.— perguntou ele levantando-se tão depressa que ela não teve tempo de recuar. Segurou-a pelos pulsos, aproximando-se mais. Parecia zangado.

— Não acredito Anahi, porque seu corpo reage e nunca me diz `não". Vou lhe provar o que estou dizen­do. — E beijou-a com violência. Recuperando o fôlego, acrescentou: — Durante o tempo em que estive nos Estados Unidos, só pensei em você, Anahi, mas não gosto disso.

— Claro que não! Você costuma tratar as mulheres como se fossem descartáveis, não é? Acha que todas devem ser tratadas mal só porque levou um fora de Claudia Delaney.

Pálida de espanto, ela viu que tinha ido longe de­mais. Agora era tarde!

—  Maldição! Diabos, Anahi! — E novamente bei­jou-a, exigente, quase a machucando, como se a punisse pela ousadia daquelas palavras.

Como se obedecesse a uma força superior ao pró­prio bom senso, ela deixou-se dominar pelo desejo e correspondeu à fúria dos beijos de Alfonso, à força de seu corpo másculo explodindo de sensualidade. No momen­to só importava a paixão que os unia.

— Você me deseja... — Poncho murmurou, pas­seando os lábios quentes sobre a pele de Anahi. — Seu olhar me diz o quanto me deseja! E se quer saber, você também me deixa louco, fico como um adolescen­te. Eu não poderia voltar para casa sem passar por aqui antes. Fiquei pensando em você desde que viajei para os Estados Unidos... Cheguei a sonhar com o calor desse corpo maravilhoso.

Nesse momento, ele a acariciava por inteiro, demo­rando-se nos seios, brincando com os mamilos intumes­cidos.

— Vou lhe dar muito prazer, Anahi, prometo...

Os beijos dele lhe atiçavam fogo nas veias, deixar do-a entregue aos mundo dos sentidos. Não havia li para a razão. Ela o desejava de corpo e  bastava. Mas de repente, abraçando-o com mais sentiu em Alfonso um perfume diferente, na certa, de outra mulher! Tomada de uma onda de revolta, em­purrou-o.

—  Que houve? — perguntou ele, sem entender. Anahi não admitiria que ele a tratasse como mais uma de suas conquistas, mais uma para ser usada e de­pois descartada.

Com um fio de voz, pediu:

—  Por favor, Alfonso, vá embora... Preciso de tem­po...

Ele segurou-a pelo queixo, para poder encará-la.

—  O que aconteceu? Até agora estava tudo uuio bem, você desejava as minhas carícias, Anahi  que essa atitude, de repente?                            

—  Não consigo beijar um homem que traz no corpo o perfume de outra mulher — declarou ela, notando a súbita mudança no humor de Alfonso.

— Eu não sou um monge.

— Tudo bem, só não quero sofrer mais tarde. Não estou preparada para entrar em sua lista de amantes.

— Afinal, o que você quer? — perguntou, afastan­do-se dela, — Ser a única?