Fanfic: Um homem sem coração. - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA}

JL: Ah! Está bem , amoré. Irei esperar ansiosa pelos seus postes. ;)

Anahi passou o resto do dia cismada com a observação de Christopher. Tentando concentrar-se no trabalho, nem percebeu quando Alfonso se aproximou, comentando:

— Que há com você? Por que não olha para mim?

Ela não respondeu, temendo expor seu estado emo­cional. As cinco e meia, retirou-se discretamente.

De volta ao chalé, enquanto jantava, tentou analisar seus sentimentos e descobriu que tinha ciúme de Claudia, muito ciúme! Esse era um estado de alma novo, algo muito estranho para ela. Custou a admitir isso. Precisava mudar de atitude urgentemente.

Afinal, estava agindo como uma namorada que Alfonso tivesse abandonado. O que esperar daquele homem, além de uma vida inteira dedicada aos negócios e à bus­ca da satisfação de seu intenso desejo físico? Há muito tempo Alfonso mantinha casos com outras mulheres mais acessíveis que uma "donzela", como ele mesmo fazia questão de lembrar...

Procurando. relaxar, resolveu dar um passeio com Ronaldo, mas isso não teve o efeito desejado. Restava-lhe esperar o fím de semana. Só então, longe daquele homem por um tempo maior, poderia refazer seus ner­vos em frangalhos.

No dia seguinte, quando chegou ao escritório, Alfonso parecia preocupado, e não fez qualquer insinuação para Anahi. Apenas comunicou que iria a Londres e ficaria por lá até a noite.

Ele só retornou no sábado. Quando Annie voltava das compras, viu o Ferrari chegando e reparou que o motorista não estava só. Ficou arrasada ao reconhecer a loira que o acompanhava.

Fazia alguns dias que esperavam por uma tempesta­de, que finalmente caía. Ronaldo saíra para passear, mas não voltou ao ser chamado por sua dona, que can­sou de assobiar. Um vento cortante soprava por toda parte enquanto ela procurava o cão. Foi até a estrada  principal, temendo que o animal tivesse sido atropela­do por algum carro. Mas nada!

Uma hora mais tarde, muito cansada deu-se por ven­cida. De volta ao chalé, quando ia telefonar para a polí­cia, ouviu uma batida à porta.

Tensa, correu para atender e viu-se cara a cara com a última pessoa que esperava encontrar naquele mo­mento: Alfonso Herrera.

—  Aconteceu alguma coisa?

—  É o seu maldito cachorro! Está ganindo como louco no meu escritório, e não quer sair. É melhor você vir comigo para apanhá-lo. Não sei por que diabos você deixa o animal fora de casa numa noite como esta.

—  Ele fugiu. Eu o procurei por toda parte até agora.

— Se não está preparada, não devia ter um cachor­ro. Venha. Tenho visitas me esperando — concluiu bruscamente.

Dirigiram-se para Dower House num silêncio cons­trangedor. Entraram pela cozinha, onde ela reconheceu algumas mulheres da aldeia que preparavam o jantar. Dali já era possível ouvir os uivos de Ronaldo. Annie se assustou ao ver a expressão furiosa de Poncho.

— Desculpe... — Indiferente, ele continuou cami­nhando em direção ao escritório.

Assim que Annie entrou na sala, o cachorro se apro­ximou, farejando. Ela lhe colocou a coleira e nesse instante Claudia apareceu. Usava um vestido vermelho, muito elegante, e brincos de brilhantes. Parecia ner­vosa.

Ao vê-la, Ronaldo ficou agressivo e recomeçou a uivar.

— Por favor, tire esse animal daqui! — Claudia or­denou. — Ponchito, meus pais não conseguem conversar por causa do barulho que ele está fazendo. Como entrou aqui? Você precisa contratar um guarda. Papai tem um com instruções para atirar em animais invasores. Eles ameaçam o gado... Furiosa, Annie retrucou, imediatamente:

— Pois fique sabendo que Abbot`s Meade não tem rebanho de espécie alguma e fora isso, durante muito tempo esta foi a casa de Ronaldo.

— Agora, não é mais — Claudia revidou, acrescen­tando: — Ambos deviam lembrar-se disso. — E saiu da sala.

Alfonso, que durante esse tempo examinava alguns papéis sobre a escrivaninha, virou-se para Anahi e disse com frieza:

— Ela tem razão. Não quero Ronaldo passeando pelo parque.

— Está bem... — murmurou.. Annie, quase cho­rando, e saiu apressada. Alfonso seguiu atrás, chaman­do-a.

Lá fora soprava um vento gelado e, no jardim, ele conseguiu alcançá-la.

— Por favor, vá cuidar de seus hóspedes! Podemos muito bem voltar sozinhos. ..  E fique tranquilo por­que não voltaremos a perturbá-lo! — Annie gritou, sem parar de correr.

Chegou ao chalé em prantos, o rosto molhado pela chuva e pelas lágrimas. Ronaldo parecia arrependido da travessura e tenta­va agradar a dona.

—  Que vou fazer com você? — perguntou ela, aca­riciando-o, enquanto acendia a lareira, pois tremia de frio.

Como consequência, ela ficou resfriada, e passou o fim de semana espirrando e tossindo sem parar. Na segunda-feira de manhã, mesmo sem ter condições, foi trabalhar.