Fanfic: Um homem sem coração. - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA}

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No dia seguinte, a governanta sugeriu:

—  Vamos a Cannes, lá estão as melhores lojas. - Anahi tomava o café da manhã, deliciando-se com um croissant recheado de geléia.

"Estou sendo mimada", pensou ela, divertida, beben­do um bom gole de café, que completava sua refeição.

A sra. LeBrun estava muito elegante, usando um vestido azul-marinho, que Anahi suspeitava ter custa­do muito caro. Se protestasse dizendo que não preci­sava de nada, seria mentira. Detestava ter que usar o dinheiro de Alfonso, mas assim que voltasse à Inglaterra devolveria tudo.

A governanta era excelente motorista e encontrou um estacionamento perto da galeria onde fariam compras.

Enquanto a acompanhava pelas ruas cheias de gente, Annie sentiu uma certa melancolia ao ver que as pes­soas carregavam presentes de Natal.

— Acho que não vou poder ficar com você no dia de Natal — a sra. LeBrun desculpou-se. — Meu pai está muito velho e nos espera, mas...

— Não, por favor...  Não pense em mudar seus planos por minha causa — Annie apressou-se em res­ponder.

Quais seriam os planos de Alfonso para o dia de Natal? Almoço com Angelique e os pais dela? Ele não era mais um jovem iniciante, mas um rico homem de negócios, e por isso os Delaney o aceitariam com facilidade. Como ele conseguia gostar de Angelique, que apesar de muito bonita, continuava fria e calculista? Como aceitava que ela lhe desse um fora e agora voltasse, quando era um homem bem-sucedido?

Essas perguntas martelavam em sua cabeça e vendo que não encontrava solução alguma, Annie procurou concentrasse nas compras.

Correram várias lojas, até que a sra. LeBrun teve uma ideia:

—  Conheço uma inglesa que tem uma loja perto daqui.

Em quinze minutos chegaram a um estabelecimento elegante, com vestidos muito lindos e certamente carís­simos, expostos na vitrine.

Quando entraram, uma senhora aproximou-se para servi-las e Annie explicou, num francês fluente, o que desejava. Estava assustada com o aspecto sofisticado da loja.

— Por favor, quero alguma coisa simples, pois só ficarei aqui por algumas semanas.

— Que pena, nossas roupas são tão especiais! — A vendedora sorriu. — Bem, de qualquer forma você esta­rá por aqui durante as festas de fim de ano e precisa de algo especial, a menos que também já tenha trazido um vestido de noite.

Constrangida por não querer explicar que ficaria sozinha no Natal, Anahi sentou-se e examinou vários vestidos.

—  Acho que este ficaria perfeito na senhora. ..

A vendedora mostrava um conjunto negro de veludo e cetim. Assim que o viu, Annie teve certeza de que iria comprá-lo, não importava o preço.

A saia de veludo, bem justa, moldava seu corpo como se tivesse sido feita sob medida. A blusa era de cetim, com mangas bufantes. Mas o que mais chamava a aten­ção era o decote acentuado das costas, chegando até a cintura.

—  Cesí magnifique! — exclamou a sra. LeBnm. — Você está linda!

De fato, a cor escura realçava sua pele rosada.

—  Foi feito para você! — A proprietária da loja acrescentou, sorrindo.

Annie aproveitou para comprar meias de seda, sa­bendo por intuição que Alfonso aprovaria suas compras.

Mesmo que não fosse a nenhuma festa no Natal, esta­va certa de que não se arrependeria por ter adquirido uma roupa tão fina. Afinal, que mulher não gosta de variar a imagem de vez em quando?

—  Agora, sapatos — a governanta sugeriu, ao saírem da loja.

Ela conhecia uma pequena loja especializada em mo­delos de Dior, onde Annie encontrou um par de sapa­tos de camurça negra, de finíssimo acabamento.

Em seguida foram a um bazar e escolheram roupas para uso diário: saias de tweed, blusas de seda, suéteres  em cashmere, além de jeans e camisetas.

Voltando à villa, a sra. LeBrun explicou que aquele a lugar era muito calmo, principalmente na época dei férias.

—  Os visitantes preferem as montanhas ou cruzeiros pelo Mediterrâneo — explicou, sorrindo.