Fanfic: Um homem sem coração. - AyA ( Adaptada) { FINALIZADA}

—  Você mudou de ideia ou quer ser adulada? Quer me convencer de que não deseja apenas sexo, não é mesmo? — Imitando Anahi, ele continuou, zombetei­ro: — Sei muito bem que espécie de mulher você é, apesar da sua aparência recatada. Isso não me engana nem um pouco, sabia? Está na cara que você aceita qualquer coisa, desde que sejam mantidas as aparências. Vai me dizer que não recebe outros homens?

—  Não, não é isso! — ela se defendeu, constrangida com o rumo que a situação tomava.

—  Como se eu não soubesse quando uma mulher está apaixonada e quer fazer amor! O problema é que venho de uma classe inferior, não é mesmo? Pois a sua Origem pouco me importa, pelo visto isso não lhe garantiu nem mesmo um lugar melhor para viver, E agora fica cheia de escrúpulos. . .

—   Já disse que não sou desse tipo, aliás detesto isso! — respondeu, revoltada.

—  Então por que não Cumpre a promessa que me fez? — perguntou, segurando-lhe o rosto para ver bem dentro dos seus olhos. — Posso lhe proporcionar o máximo de prazer, sabia?

—  Só quero que você vá embora... — murmurou, chocada com o estado de perturbação em que se encon­trava.

Havia qualquer coisa de excitante no contato com aquele homem, e sua pele vibrava como se desejasse corresponder ao toque das mãos fortes. Entretanto, havia ódio na expressão de Alfonso. Apavorada, Anahi começou a lutar, tentando se livrar dele. Imediatamen­te Ronaldo veio em seu auxílio e num salto cravou os dentes na jaqueta de Poncho.

Xingando o animal, ele soltou Annie, que no fundo sentia-se culpada por toda aquela confusão. Se não ti­vesse cismado de dar uma lição àquele machista. ..

Com agilidade, Alfonso segurou a mandíbula do cão e o fez soltar sua jaqueta. Então acrescentou, olhando para Annie:

— É melhor continuarmos a discussão sem interfe­rências.

Com muita coragem, pegou Ronaldo pela nuca e o levou até a cozinha, fechando a porta perguntou:

—  Onde estávamos mesmo?

—  Por favor, vá embora!

—  Ah! Então é assim? Pois saiba que o nosso negócio ainda não foi concluído — falou, apontando o cheque sobre a mesa. — Isto me garante certos direitos ...

Antes que Alfonso pudesse continuar, ela pegou o cheque com violência e rasgou-o em pedacinhos.

—  E agora, pode sair! — respondeu, vermelha de ódio.

—  Nós fizemos um acordo... Está lembrada?

—  Você não pode me forçar a nada — protestou, assustada com a pouca distância que havia entre eles.

Era melhor pensar rápido. Estava em pé, entre Alfonso e a escada... Talvez, num salto rápido pudesse subir, trancar-se no banheiro e ficar ali até que ele resolvesse ir embora...

— Você se vendeu a mim — insistiu ele. O pânico então se apoderou de Brooke, que correu para a escada, tentando lívrar-se daquele homem. Mas ele correu atrás, rápido, e conseguiu agarrá-la no andar de cima, já perto do quarto. Pela porta entreaberta podia ver a cama.

— Que maravilha! —exclamou, satisfeito. Poncho carregou-a com facilidade, como se fosse uma boneca, indo direío para o leito.

Para espanto de Anahi, porém, ele a pôs de pé e segurou-lhe os pulsos.

— Agora vamos conversar como bons amigos. .. — propôs com calma. — Há duas maneiras de fazermos isso. Ou você admite que perdeu, com classe, como convém a uma Lady... ou então podemos lutar um pouquinho, como aliás muitas ladies gostam de fazer. .. .— Poncho parecia escolher as palavras para humilhá-la. Ela mal podia acreditar no que estava ouvindo e tentou reagir:

—  De qualquer modo será uma violência... — Es­tava assustada com a possibilidade de aquele homem ser um criminoso de sangue-frio, que a mataria depois de violentá-la.

Com o dedo, Poncho contornou de mansinho, de ma­neira excitante os lábios de Brooke.

—  Você tem a boca mais tentadora que já vi, quero senti-la junto à minha... Desde o primeiro momento em que nos vimos, hoje à tarde, fiquei interessado. Você sabe exatamente como me provocar quando me olha com esses olhos verdes. Violência...que bestei­ra! — Ele riu. — Seria interessante levar o nosso caso ao tribunal. Tenho certeza de que nenhum juiz me con­denaria.

Depois de uma pausa, ele perguntou:

—  Muito bem, o que você escolhe, Anahi?

A voz dele era suave, quase hipnótica. Enquanto lhe acompanhava a linha dos lábios com os dedos, carinho­samente, Poncho aproveitava para também lhe acariciar o braço, a cintura...

Ódio causado por essa ousadia foi tamanho que Anahi explodiu. Subitamente tentou morder-lhe o dedo, mas ele se afastou a tempo.