Fanfic: A Dinastia Do Sol | Tema: Magic Campus
— Pelo amor de Bess! Isso dói!
— Desiste?
— Não! Vamos de novo!
O garoto pegou a espada de bambu caída no chão e avançou contra o outro rapaz, que parecia ser seu mestre. Calmo e inspirado, o mais velho apenas se esquivou do ataque e, com outra espada de bambu, revidou rapidamente contra a investida do aprendiz. Atacou seu pulso em tal velocidade, que pouco se podia ver o movimento da estaca verde da arma.
A espada do jovem foi novamente atirada ao chão. O barulho produzido já estava cansando os ouvidos do rapaz, que tinha as mãos quase pretas de sangue seco e seu rosto com cascas de sangue coagulado. Suas vestimentas brancas estavam por toda parte manchadas de vermelho.
— Você só está se cansando Flyper. Não me ouve. Eu já disse mil vezes, não importa o quão forte você possa atacar. Onde está sua postura? Olhe só pra você. Quase curvado. E essas pernas? Quais possibilidades de movimento você tem para revidar?
Flyper bufou de cansaço. Suas pernas tremiam. O sol quente secava o rastro de sangue que escorria de seu ombro até pingar pelo indicador. O calor ardia tanto quanto as feridas. A visão estava turva.
— Vamos de novo! – gritou.
— Você não aprende ou não quer aprender Flyper?
— Dessa vez eu sei que consigo!
O mestre permaneceu calado. Flyper investiu outra vez, mas agora, o outro só desviava dos golpes tortos da espada de bambu.
— Revide! Revide mestre! – rosnou o aprendiz.
Sozinho, o garoto acabou tropeçando em alguns bambus secos empilhados no chão. Caiu de frente, largando novamente a espada. O mestre aproximou-se e a sombra de sua cabeça aliviou a visão do jovem, deitado e gemendo no chão. Flyper arrastou o braço até que seus dedos encontrassem a espada caída próxima a ele.
Sem forças para erguê-la, continuou gemendo:
— Outra vez... Vamos... Vamos de novo...
— Você não presta atenção nem na paisagem ao seu redor. Quando se cansar do chão, vá comer algo. Tem bolo de arroz na mesa da sala – havia um olhar triste, de desapontamento e decepção, pregados em seu rosto cansado.
O mestre olhava de relance para as rajadas de sol que se cruzavam por entre as frestas na floresta de bambus. Estava sentado numa cadeira de madeira, básica e com poucos detalhes notáveis. Também não trajava nada em especial, além de sua bermuda larga e suavemente amarelada e uma camiseta de malha. Alguns raios de sol iluminavam metade de seu rosto. A outra metade estava protegida sobre a sombra do toldo da varanda. Por entre as portas corrediças escancaradas da sala o garoto, agora limpo e bem vestido, lentamente aproximou-se de onde seu mestre estava sentado, e jogou-se na parede, deixando as costas deslizarem até o chão.
— Mestre Shanks...
Shanks não respondeu. Flyper liberou um forte suspiro cansado. Ficaram calados, encarando a floresta de bambus, onde atrás o sol se escondia.
— Não vou mais te dar aulas. – disse o mestre sem mudar a direção de seu olhar – Não estou apto. Cheguei a essa conclusão. Não posso ser seu mestre. Não posso ser mestre de ninguém.
— Eu não entendo mestre. Eu não...
— Quatro meses e nada. Quatro meses Flyper, e você não aprendeu nada. Agora já estou achando que o problema sou eu.
— Mestre não é não...
— Eu não estou perguntando, Flyper. Isso já é uma certeza. Se eu não sou capaz de ensinar, não serei mais professor.
Flyper se levantou. Calado, foi atravessando a varanda daquela casa humilde e pisou descalço novamente na graminha escassa daquela terra dura.
— Aonde você vai? – perguntou Shanks, finalmente olhando para o rapaz.
— Dar uma volta. Esse bolinho não quer descer mesmo...
— Se eu avistar a lua antes da sua chegada...
— Já sei mestre, já sei... Vai me amarrar de cabeça pra baixo com pasta de arroz e deixar que as plantas carnívoras me arranquem os olhos.
Um vestígio de sorriso pairou sobre os lábios do Mestre Shanks. Mas ele permaneceu calado e sem expressão. Bom rapaz.
Flyper avançou floresta adentro e, quando já estava longe, parou de disfarçar sua postura. Agora já podia mancar. Andar fingindo que pouco sentia a dor insuportável das feridas abertas de manhã era mais incomodo que as próprias feridas. Sozinho, pensando sabe-se lá o que, o garoto seguiu a trilha da floresta de bambus, que por causa dessa mesma trilha, recebeu o nome de caminho dos bambus. É uma trilha grande, que não leva a lugar nenhum. Quando perguntava a seu mestre aonde ela termina, ele nunca dava uma resposta concreta. Termina aonde deve terminar. Às vezes Flyper desistia de ter alguma conversa séria com o Mestre.
Depois de andar tanto, precisou parar para descansar. Retirou um pequeno cantil de água e tomou alguns goles. A água esquentou com todo esse calor e Flyper precisou de mais alguns goles pra saciar sua sede. Só então quando parou parar notar a paisagem ao redor, viu que estava começando a anoitecer. Havia ficado horas sentado sozinho, ali no meio da trilha. Levantou-se da terra dura, e correu para as últimas frestas de luz. Então deu por si no topo de um penhasco. E que vista incrível. Podia ver a província das Rochas Mágicas, a Floresta Yu-Feng... E a suave brisa de outono... Os ventos caminhavam por ali, ventos que não se sentia em nenhuma outra parte do Caminho dos Bambus. E ao fundo, o Sol lentamente ia descendo, escondendo-se nas montanhas dos desertos a oeste. Ainda escondido entre as encostas do Instituto Lioo-yun, era possível ver alguns templos de Tian Shu, onde eram treinados os Caçadores do Sol.
Flyper sentou-se na beirada do penhasco, deixando as pernas pendendo. Dali podia ver a continuação da trilha, que se bifurcava e entrava na Floresta e na Província. E ouviu a voz de seu mestre sussurrando entre seus ouvidos. A floresta é a passagem para o norte. Guarde essas palavras rapaz, você não quer conhecer os nortenhos.
O garoto é um mal nascido do sul. Teve os pais mortos por Ladrões de Túmulos e foi levado para os monges de um mosteiro perto de Lioo-Yun. Alguma coisa aconteceu nessa época. Algum terrível acidente. Então fugiu, e correu para o leste, sempre o leste. Correu por dias, talvez por semanas, até que finalmente encontrou um suposto peregrino. Era um contador de histórias, a primeira pessoa com quem teve uma conversa amigável desde que seus pais foram mortos.
— Do que você foge garoto? — perguntou o velho — Foge da noite? Foge dos selvagens? Ou foge do seu destino?
Flyper riu.
— Não acredito nessa coisa de destino. Sinto como se eu não controlasse minha própria vida.
O velho sorriu. Carregava algumas mantas vaidosamente enfeitadas e um cajado de madeira roxa. Sussurrou alguma coisa e entre os pequenos galhos no chão surgiu uma labareda. A fogueira estava pronta, como num truque de mágica.
— Sabe garoto... Você não controla sua vida. Mas não é por causa do destino, — parou para tossir. — esse olhar triste... Ele expressa, sabe... Os seus sofrimentos, os seus medos... Sabe por que você não controla sua vida?
Flyper não respondeu.
— Porque você não sabe como fazê-lo.
— Não entendo. — o rapaz evitava falar muito. Nesses casos, ele preferia escutar.
— Há quanto tempo você corre? Pelos calos ensangüentados nos seus pés, presumo que há pelo menos cinco dias. Sabe o que tem mais para o leste?
O velho não esperou resposta dessa vez e prosseguiu.
— Água. Muita água. Pretende nadar isso tudo?
Não tinha pensado nisso, quis dizer. Mas tudo o que saiu foi “não senhor...”
— Então por que você corre? Estava fugindo?
— Sim, mas não era do meu destino, era...
O homem fez um gesto de silencio.
— Eu não preciso saber. Vou te contar uma história. Sabe... eu gosto muito de andar. Eu nasci num templo, nas colinas vermelhas. Isso faz muitas décadas, talvez mais de um século...
— Puxa, quantos anos o senhor tem? — Flyper interrompeu.
— Eu... Eu não sei... Mas isso não vem ao caso. — deu um risinho — Enfim, isso foi no ano em que Bess, Aquele que tem a mais forte Pedra Sábia, morreu. Foi muito triste sabe... As pessoas ficaram com medo de novo, como se os antigos monstros estivessem dormindo embaixo de suas camas. A esperança que o ancião trouxe, morreu com ele. Mas no mesmo ano, nomearam seu sucessor. Bei Si, o diretor. Ele fez uma visita, pouco tempo depois, as colinas vermelhas. Passou no meu templo e todos os monges fizeram uma reverência como se fosse Deus ali na frente. Mas era só um homem. Um homem poderoso, forte, mas um homem. Assim como os outros seis anciões.
— Seis?
— Sim, seis. Cada um fundou a sua academia sobre as ordens de Bess. Posso continuar? – deu um risinho.
— Sim, desculpe...
— Então... — parou para tossir. A essa altura já estava com um pouco de dificuldade de falar, e fazia pausas para respirar e fungar bruscamente. — O diretor entrou devagar na nossa praça, e meus mestres se curvaram. Meus mestres se curvaram em reverência, mas eu não sabia o que fazer. E ele... Ele olhou pra mim e sorriu... E veio andando atentamente, em passos lentos, na minha direção. Eu pensei que ele fosse fazer algo, me punir ou quem sabe me ensinar alguma reverência. Talvez eu o estivesse desrespeitando. Mas ele simplesmente me olhou nos olhos e disse “O que faz aqui?”. Eu não tinha entendido bem o que era aquilo. Ora, eu queria ser da Dinastia do Sol, queria ser um Lutador e honrar os Seis Anciões de Dong Xuen... Mas ele continuou. “Eu vejo um futuro de guerras e glórias. E você não está nele. Sabe o que quer dizer isso?”
Flyper ouvia atentamente. Estava com os olhos tão fixos no homem, que lacrimejavam por causa da fogueira logo ao lado. Piscou bruscamente e esfregou os olhos com a blusa de trapos, e voltou a olhar para o velho.
— O quê? — perguntou ao homem.
— O quê, o quê?
— O quê significa?
— O quê significa o quê?
Flyper olhou para o chão desiludido. “Ele realmente não sabe o que está falando. O pobre homem perdeu a razão.”
— Garoto, parece faminto. Vamos, me ajude a comer essa ovelha.
O rapaz ficou com água na boca. Fazia dias que não comia.
— É do planalto, nas colinas vermelhas – continuou. – muito saborosa por sinal. São animais interessantes... Elas matam tigres e arrancam sua pele, e a vestem, como se fosse só mais uma vestimenta que usamos.
— Ovelhas matando tigres?
O velho riu um pouco, e logo sua risada se misturou com uma nova crise de tosse. Tomou fôlego e disse:
— No norte as coisas são assim. Ovelhas matam tigres, aprendizes ensinam mestres, selvagens falam como humanos e demônios caminham sobre as montanhas. — suspirou — Bons tempos...
— Bons tempos de quê? — perguntou Flyper, curioso, enquanto observava o velho cortar um pedaço da coxa da ovelha e perfurá-la com um espeto sobre a fogueira.
— De quê o quê?
— Deixa pra lá... — disse o garoto, novamente desiludido.
Na manhã seguinte, Flyper acordou sozinho. Não havia velho nenhum, nem vestígios de uma fogueira, e o pior, nem a suculenta ovelha ficou.
Continuou andando, sobre o sol ardente e encontrou a trilha dos Bambus. Caminhou por algumas horas, até que sentiu o delicioso cheiro de almoço. Aparentava ser algum coelho assado. Antes de ser acolhido por monges de Lioo-yun, Flyper mendigou em cidades próximas e aprendeu a reconhecer os pratos que lhe agradariam. Nessa época, aos 13 anos, já se mostrava um exímio ladrão. Roubava, principalmente, comida das padarias do Oásis na hora do almoço, e de vez enquanto, garrafas de vinhos de tabernas locais.
Aproximou-se e tentou espiar o local de onde vinha o confortável cheiro de assado. Espreitou-se por entre os bambus. Viu um rapaz ruivo, humildemente vestido, aparentemente limpo e sozinho. Logo atrás, erguia-se uma casa feita de madeira nobre, talvez de Yu-Feng. Fácil demais.
Quando deu o primeiro passo para roubar seu almoço, um tentáculo verde e seco enrolou-se sobre suas pernas, fazendo-o tropeçar. No chão, virou de costas e deu-se com uma criatura nojenta e demoníaca, encarando-o com uma expressão indecifrável. Seu hálito tinha cheiro de carne, de morte. Então o bicho gritou. Um grito fino, e preparou-se para atacar. Por entre os bambus, mais dessa coisa começaram a rastejar em direção ao garoto preso no chão, e agora, com o monstro sobre seu peito, aproximando-se de seu rosto. A criatura rosnou novamente.
Uma gosma verde pingou sobre o rosto de Flyper em seu momento de mais angustia. Um tentáculo verde e afiado penetrou a cabeça da criatura e rapidamente saiu, desferindo golpes em seu corpo verde e mole. Flyper libertou-se do peso do cadáver e tentou correr. As criaturas brigavam por ele, e uma delas conseguiu alcançá-lo. Desesperado, o garoto quebrou uma vara meio podre de bambu, a primeira coisa que conseguiu achar para se defender. O monstro carnívoro avançou sobre ele, desferindo golpes de seu tentáculo verde, que se erguia como uma cauda, lembrando muito um escorpião. O tentáculo prendeu no bambu, e puxou-o com força. Quando Flyper soltou, a vara voou ferozmente na direção daquela coisa raivosa, e penetrou seu peito. Gosma verde começou a vazar e dar filetes espirrados para fora do corpo. Quando se virou para correr novamente, já havia outros dois desse monstro cercando-o.
Quando o primeiro partiu para atacá-lo, uma rajada prateada cortou o ar e o rosto da coisa simplesmente caiu. O outro monstro ficou parado, mas algo chamou a atenção do restante desse bando. Incontáveis desses bichos rastejaram na direção de Flyper. Sem reação, o rapaz fechou os olhos. E de repente, ouviu o barulho de mil espadas voando do céu e fincando na terra dura. Abriu os olhos, e não havia espada alguma. Apenas corpos ensopados de gosma verde, e um homem ruivo, que andava em sua direção. Com os joelhos tremendo, o garoto continuou sem reação e viu o homem passar direto por ele, em direção a uma estaca fincada no chão, perto de onde tinha cortado o rosto daquela criatura. Uma espada Cidiana. Embainhando a espada, em lugar nenhum, o homem pôs a mão no ombro esfarrapado de Flyper.
— Está com fome garoto?
O rapaz engoliu seco.
— Estou... Mas eu não queria roubar nada, eu só...
— Não tem problema. — interrompeu. — Vamos, tenho roupas pra você.
O homem levou o jovem Flyper para dentro da casa de madeira. Não era grande coisa, mesmo com seu lindo acabamento externo.
— Tenho água morna na banheira, caso queira tomar um banho.
Flyper assentiu com a cabeça.
— A propósito, meu nome é Shanks. E você é o?
— Obrigado. Quero dizer, Flyper, eu acho. Faz tempo que não ouço meu nome.
— Flyper... É um nome... Interessante... Seu sotaque... Você veio dos desertos?
— Eu... Sim... Obrigado mesmo, eu pensei que fosse...
Shanks riu. Uma risada leve, suave.
— Caminho dos Bambus não é um lugar para se andar sozinho. Pra onde você está indo?
O garoto pensou um pouco antes de responder, e em seu intimo chegou a uma conclusão:
— Não sei. Eu não faço idéia de pra onde estou indo, pra onde tenho que ir. Não sei o que fazer agora.
O homem o encarou por um minuto. E então notou suas roupas, rasgadas e praticamente toda trapos esfarrapados. Mas reparou em algo na roupa do garoto.
— Essa insígnia... Você esteve em Lioo-yun?
Agora Flyper sentia-se culpado.
— Eu fugi! Mas por favor, não me leve de volta! Por favor!
— Não levarei garoto. Por que fugiu?
— Eu não... Quero dizer, eu... — o cheiro de almoço o desconcentrava.
— Tudo bem, não interessa. — disse em tom gentil. — Melhor se apressar. O almoço está quase pronto.
Flyper tomou o banho e vestiu as roupas novas. Olhou-se no pequeno espelho da parede. “Flyper”, sussurrou pra si mesmo.
Abriu os olhos, já não havia mais sol, tinha de voltar. Mas pensar em correr já lhe deixava com as feridas sentidas. Quando se preparou pra levantar, sentiu uma presença atrás de si.
— Mestre... Eu já estava voltando...
— Eu sei...
Shanks sentou-se, quase na mesma posição de Flyper, com as pernas pendendo. Olhou para a Lua, erguendo-se nas montanhas ao longe. Seu brilho já iluminava boa parte da floresta que se estendia logo abaixo. Shanks suspirou longa e profundamente.
— Partirei amanhã para Noras – era como chamavam a Cidade Da Saudade. - Recebi um corvo do Ancião. Espero que você se comporte lá.
Flyper não respondeu e Shanks vislumbrou a lua mais um pouco. Suspirou novamente.
— Vamos. Vamos voltar, já está na hora dos Demônios de Barro acordarem.
Estava deitado na cama, engolido pelo breu do quarto. Sozinho com seus pensamentos se, virou e ficou de bruços. Fechou os olhos. Um ruído no quarto fez com que os abrisse novamente. Era a janela, que entreabriu com uma suave brisa fresca. Agora a aconchegante luz da Lua iluminava um pequeno trecho do quarto. Lá embaixo, Shanks deveria estar cozinhando algo, mas não sentiu cheiro algum. Levantou-se e foi para a janela. Debruçou-se entre as venezianas e olhou a trilha azulada. Era uma noite linda, de céu estrelado, e sem nuvem alguma para atrapalhar o deslumbre dos observadores.
Novamente viu-se naquele dia em que Shanks o salvou. Na madrugada, o garoto não conseguiu dormir. Os ganidos dos Demônios de Barro eram enlouquecedores. Não tardou muito até que se acostumasse. Desceu as escadas de seu quarto e parou no corredor, quando uma rajada de ar frio da noite entrou pela porta entreaberta e cruzou sua roupa e seu corpo até continuar seu caminho para o fim do corredor. Era um corredor não muito longo. Haviam archotes apagados nas paredes, e por isso estava escuro. A curiosidade o fez seguir o vento. Deu passos curtos e ao máximo silenciosos, aproximando-se da porta dupla, de bronze, enfeitada com os escorpiões da Estrela De Fogo. Quando tocou a porta, viu os archotes se acendendo atrás de si, e quando olhou para trás, deparou-se com Shanks, segurando sua espada de escorpião, feita de metal Pompeano. Mas logo, o homem descansou sua postura e embainhou a espada nas costas.
Aquela porta sempre atiçou a curiosidade de Flyper. E o mestre fazia questão de nunca tocar no assunto.
Eram três da manhã quando a primeira nuvem surgiu no céu, convidada por alguma montanha, e escondeu a lua cheia da noite. Foi então que o jovem aprendiz finalmente decidiu dormir. Amanhã, será um longo dia.
Autor(a): Selenium
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Três A luz do archote tremeluzia solitária quase engolida pelo breu que tomava o interior da biblioteca. Douglas era o único sinal de vida dentro da imensidão fria daquele enorme acervo de livros e manuscritos. A biblioteca permanecia na escuridão para conservar melhor os livros e as antigas relíquias que nela são gu ...
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