Fanfics Brasil - 5º Capítulo Make a Wish[ Mini web]- Terminada

Fanfic: Make a Wish[ Mini web]- Terminada | Tema: Vondy


Capítulo: 5º Capítulo

742 visualizações Denunciar


— Dulce, querida, nós precisamos de sua ajuda. — Molly tocou-lhe no ombro, fazendo-a desviar os olhos de Meg e encontrar os tão verdes da enfermeira. — Você pode vir aqui um minutinho?
— Pergunte para a Meg. — Dulce sorriu. — Eu estou à disposição dela.
— Só um minutinho, tia M., porque a Tia D. está me ajudando a escrever o meu livro...
— Prometo que será rápido, pequenina. — ajudando Dulce a se levantar, Molly guiou-a até o corredor, bem afastado das crianças e apontou com a cabeça para uma porta, fazendo tudo de forma sigilosa e sempre mantendo os olhos presos nas crianças, para ter certeza de que nenhuma espiava. — Doutora, nós precisamos de sua ajuda.
— Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa com algum dos meus internos?


— Não, querida. — Molly sorriu sem graça. — Esse ano nós tivemos um voluntário para papai Noel, sabe, para alegrar as crianças... Mas ele está tendo problemas com a vestimenta e eu queria saber se você pode ajudá-lo... Lia está cuidando dos doces na cozinha e eu não posso tirar os olhos dos meninos... Você poderia ajudá-lo?
— Ah. — mais calma, Dulce confirmou com a cabeça, não querendo fazer uma desfeita com a senhora em sua frente e sorrindo um pouco. — Claro que eu posso.
— Obrigada, minha querida. Ele está ali. — apontou outra vez para a porta. — Qualquer coisa, me avise.

Rapidamente Molly voltou atravessou as portas e sumiu do alcance da visão de Dulce, deixando-a para trás um tanto frustrada e sem alternativas. Rumou para a sala que Molly lhe aconselhara e adentrou em silêncio, avistando de imediato as costas largas de um homem e sorrindo ao vê-lo quase tropeçar, tentando vestir a calça vermelha de seda.

— Sabe, quase 20% dos meus pacientes que sofrem acidentes são aqueles que tropeçam nos próprios pés... — sem saber de onde tirou aquele comentário, Dulce corou por sua falta de tato e observou a cabeça do homem virando para mirá-la sobre os ombros e abrir um sorriso igualmente sem graça. — Você quer ajuda?
— Molly a mandou para me salvar? — a voz daquele homem era tão rouca que Dulce perguntou se era o tom natural da voz dele ou se ele estava gripado.
— Sim...
— Então você é meio que o meu anjo de Natal? — ele brincou, vendo-a sorrir mais uma vez e conseguindo subir a calça vermelha.
— Se você quiser me considerar o seu anjo de Natal, fique a vontade. – corou um pouco mais. — No que você está com dificuldade... Digo, além das calças?
— Com essa barba horrível... — ele apontou para um amontoado branco jogado em cima de uma sacola e coçou a própria barba rala. — Você já se perguntou o porquê do papai Noel ter uma barba tão grande? Quer dizer, será que não existe gilete no Pólo Norte?


— Acho que é para dar uma imagem de um avô bonzinho, sabe? — Dulce respondeu enquanto ajoelhava diante da sacola e pegava a barba postiça nas mãos. — Se um dia aparecesse um homem sem barba na minha chaminé, sem cabelos brancos e barriga grande, eu começaria a gritar, achando que era um ladrão...
— É, você está certa. O papai Noel precisa mesmo dessa barba... Ou se não, não seria o papai Noel. — tirando a mão que coçava a barba e levando-a para o cabelo de cachos dourados, o homem sorriu singelamente, esticando a mão para pegar um enchimento e cerrando os olhos. — Deus, como é que se coloca esse negócio?
— Você precisa colocar por debaixo da blusa e vestir o... Jaléco? — perguntou, olhando meio sem entender para o jaleco branco que estava por cima da fantasia e tragando a saliva.
— Molly achou que seria legal passar uma imagem de papai Noel médico para as crianças. — ele deu uma risada baixa. — Quem sou eu para negar?
— Meu Deus, Molly está fazendo propaganda do Hospital usando uma figura natalina! — a boca de Dulce se encontrava entreaberta e quase chegou a tocar o chão quando viu que o homem em sua frente retirava a camiseta azul-marinho que vestia, ficando com o torso despido por completo e mostrando o porte físico bem trabalhado para os seus olhos.
— Molly tem algumas ideias que é melhor não perguntar de onde são tiradas. — ele riu mais uma vez e o peito de Dulce arfou. — Como é que se coloca esse negócio mesmo?
— Vire-se. — Dulce resolveu parar de agir como tola, pegando o enchimento das mãos dele e encarando mais uma vez as costas dele – dessa vez, sem nenhum pano as cobrindo – e passando as pequenas mãozinhas por debaixo dos braços dele, para então conseguir posicionar o enchimento no local certo da barriga e abotoá-lo atrás.
— Quando você entrou, disse que tinha pacientes... Trabalha aqui? — pausa. — Ok, essa foi uma pergunta idiota.


— Não foi idiota. — Dulce deu uma risadinha e entregou uma blusa vermelha para ele, acreditando que fazia parte da fantasia e acertando. — Eu poderia ser dentista e poderia estar me referindo aos meus pacientes que tropeçam nos próprios pés, caem e quebram um ou dois dentes... — o homem abriu outra vez um sorriso para ela, achando graça no jeitinho que ela tinha para lidar com o rumo das conversas. — Mas sim, eu trabalho aqui. Sou médica.
— Que você era médica, eu sabia... Suas mãos agem com cuidado o suficiente para delatá-la.
— Ah. — obrigada a abaixar a cabeça para o homem não ter a visão de suas bochechas em tom escarlate, Dulce odiou-se por corar e por sorrir tanto naquele instante. — Você precisa de ajuda com mais alguma coisa?
— Sim... Com essa barba! — ele fez uma careta, colocando a língua para fora e entortando o nariz. — Você pode me ajudar?
— É claro. — aproximou-se outra vez, pegando a barba falsa e levando até o queixo dele, evitando olhar para qualquer outra parte que não fosse aquela região e ignorando por total a boca dele, que, meio entreaberta, exalava um hálito quente e que a deixou um pouco desnorteada. — Pronto, papai Noel, o senhor está pronto para encontrar os seus... Pacientes?
— Ho, ho, ho. — a risada, com a voz rouca, ficou no tom ideal. — Agora falta apenas o gorro e o jaléco... E a sacola de presentes. Será que as crianças vão acreditar que eu sou o papai Noel?
— Eu acreditaria se fosse elas. — mais uma vez Dulce traiu-se, abrindo outro sorriso e corando.
— Minha filha talvez não acredite... Ela é inteligente demais para a idade dela.

Engolindo a saliva, Dulce ergueu a cabeça e arqueou as sobrancelhas, sem saber que aquele movimento fez com que uma ruguinha adorável brotasse entre essas e que chamasse a atenção de Christopher, encantando-o com tamanha graciosidade.

Você é o pai de Meg?


— Culpado! — ele ergueu as mãos, em brincadeira, e logo em seguida colocou o gorro, vendo que a expressão de Dulce continuava transtornada e suspirando. — Ah, não, o que ela aprontou dessa vez?
— Você tem uma filha maravilhosa. — falou, outra vez sem pensar. — Conheci Meg está noite e já me encontro apaixonada por ela...
— Sim, Meg é realmente apaixonante. — ele sorriu orgulhoso, para em seguida, meio desajeitado, dar três passos em direção a Dulce e estender uma mão, como se para cumprimentá-la. — A propósito, me chamo Christopher Uckermann.
— É um prazer, Sr. Uckermann.
— E você se chama...?
— Normalmente me chamam de Doutora Saviñón, mas como não sou médica da sua filha, creio que pode me chamar de Dulce. Ou Srta. Saviñón, para mim tanto faz.
— Você costuma ser tão simpática assim ou só está o sendo porque hoje é feriado? Quer dizer, deixe-me explicar antes... — Christopher se embaralhou com as palavras. — Não que os médicos sejam antipáticos, mas normalmente tratam os pacientes e qualquer pessoa relacionada a eles de uma forma mais... Rude. Não que os médicos sejam rudes... Quer dizer...
— Eu entendo, Sr. Uckermann. — o sorriso tímido de Dulce foi constrangedor, para ela. — Eu confesso que nessa noite fui contagiada pelo espírito natalino, coisa que não me acontecia há tanto tempo... E se estou assim foi por conta de sua filha, que me trouxe um pouquinho de... Felicidade. Ou melhor, ela me trouxe muita felicidade. — Christopher sorriu, encantado com o brilho do olhar que os olhos de Dulce ganhavam quando se referia a sua filha. — Algumas horas atrás eu estava como sempre... Sentindo o peso do mundo nas minhas costas e me lamentando pela vida que eu levava, pela infelicidade que eu sentia... Mas quando conversei com Meg... — Dulce sorriu um pouco mais. — Foi como se ela afugentasse todos os meus rancores, medos e tristezas... E se essa noite eu fui o seu anjo, Sr. Uckermann, acredite quando eu digo que a sua filha foi o meu.


Christopher quis falar algo... Talvez agradecer por todas aquelas palavras carinhosas destinadas a sua filha... Porém não conseguiu. Não conseguiu nem ao menos elaborar uma frase que fosse consideravelmente boa para agradecê-la... Mas percebeu um agradecimento não seria necessário. Dulce é quem estava agradecida.

— Acho melhor nos apressarmos. — disse, ganhando um pouco de acanhamento depois de tudo o que falara e afastando algumas mechas de cabelo que caiam sobre os seus olhos, levando-as até atrás de suas orelhas e sorrindo mais um pouco. — As crianças logo vão dormir e seria decepcionante se você tivesse colocado essa barba a toa, não é mesmo?
— Sim, seria. — ele confirmou com a cabeça, pegando o saco de presentes e jogando-o atrás de seus ombros, dando um sorriso doce para ela e indo em direção a porta, acompanhado dela. — Por acaso você sabe se Meg está brava comigo?
— Sim, ela está. Ela acha que o senhor se esqueceu dela e está muito brava.
— A maldita loja de fantasias me enviou uma roupa de papai Noel três números menores do que o que eu pedi, então eu precisei abusar dos meus direitos de consumidor para conseguir o que eu encomendei hoje... Acho que você não imagina como algumas pessoas podem ser ignorantes no Natal.
— Ah, sim, eu imagino. — porque eu sempre fui uma dessas, Dulce pensou e antes de entrarem na sala das crianças, ajeitou o gorro e a barba de Christopher, sorrindo para ele ao ver o quanto ele estava nervoso e negando com a cabeça. — Fique calmo. É Natal. As crianças vão adorar vê-lo aqui, principalmente Meg... Ela me disse que estava louca para conhecê-lo.
— Meg está louca para conhecer o papai Noel, a fada dos Dentes e o coelhinho da Páscoa. De papai Noel e coelhinho da Páscoa eu até posso me passar, mas e fada dos Dentes? Usar um vestidinho colado e uma tiara de dentes é pior do que usar uma barba e um gorro... Pelo menos para mim. — Christopher brincou e Dulce gargalhou.


Deus, fazia tanto tempo mesmo que ela não ria daquela forma?

— Me deseje sorte. — ele pediu.
— Boa sorte. — ela cedeu ao pedido.

E Christopher entrou com um sorriso enorme nos lábios (quase idêntico ao que Meg dera para ela), e Dulce pode escutar os gritos exaltados das crianças antes que a porta fechasse por completo.

Ho. Ho. Ho.

A risada rouca ecoou pela sala e pelos seus pensamentos.

Ho. Ho. Ho.

Era Natal. E Jack continuava cantando na televisão, enquanto Christopher abraçava as crianças e recebia beijos nas bochechas de todas assim que entregava uma boneca ou um carrinho. E Jack continuava cantando na televisão enquanto Dulce sentava ao lado de Molly e Lia para observar a felicidade contagiante das crianças e sorrir, brindando com as outras duas com uma xícara de gemada e rindo com tanta facilidade. E Jack continuava cantando na televisão, completamente esquecido, quando Meg aproximou-se do papai Noel sem nem ao menos imaginar que debaixo daquela barba falsa e daquele enchimento, quem ela abraçava com tanta adoração e amor era o seu próprio pai... E Jack continuou cantando quando Meg colocou um envelope verde-claro nas mãos do papai Noel e levou as duas mãozinhas em direção ao ouvido dele, preparando-o para escutar um segredo, e então sussurrando: “papai Noel, eu não sei se o senhor recebeu a minha cartinha, mas se não recebeu, eu peço de novo ao vivo... Eu quero que o senhor dê o maior presente do mundo para o meu papai, mesmo ele não merecendo, porque até agora ele não veio me desejar um feliz Natal... Mas eu quero, papai Noel, que o meu papi seja feliz... Então por favor, papai Noel, leia essa cartinha... É tudo o que eu mais quero nesse Natal, e o senhor pode até dar a minha boneca para outra criança... Eu não me importo.”


E Jack deixou de cantar assim que Meg postou um beijo enorme no nariz de Christopher e afastou-se, não vendo por pouco as lágrimas grossas que escaparam dos olhos de seu papai Noel e acenando para Dulce, Molly e Lia, que viam a cena em silêncio e sorriam para disfarçarem o que realmente sentiam.
Dulce mandou um beijo para Meg e disse que logo voltaria para a mesa, para ajudá-la a terminar o livro, e então virou o rosto para encarar Christopher, que se esforçava para sorrir mais um pouco e receber uma e outra criança nos braços... Oh, Deus, Dulce voltou a realizar uma prece, que ele seja forte... Que ele... Encontre a felicidade para ajudá-lo a suportar... Ele não merece sofrer, Deus... E Meg também não... Poupe-os... Por favor. Esse é o meu pedido de Natal... Realize esse pequeno milagre para mim... Por favor!






Confesso: CHOREI LITROS!


Comentem sim?



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): thatadulcitah

Este autor(a) escreve mais 13 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Sejam bem vindos aos leitores novos!*-* Tic. Tic. Tic. Tic... Tac.Um. Um. Um. Um. Dois.Um suspiro pesado escapou da boca de Christopher, sem que ele deixasse, assim como uma gotícula de água salgada maldita que insistiu até conseguir cair de um de seus olhos tristes. Deus, como ele odiava aquela sensação... De estar morrendo a ca ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 122



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • anacaroline98 Postado em 09/02/2018 - 19:25:26

    Parabéns. Ótima fanfic. Tive que me controlar para não derramar uma lagrima. Escreves bem.

  • stellabarcelos Postado em 22/01/2016 - 01:40:54

    Aí cara que história linda! Pequena e perfeita! Chorei aqui! Parabéns

  • candyvondyucker Postado em 05/04/2014 - 10:17:13

    Web linda do come0Š4o ao fim... Me emocionei com ela... Concerteza uma das melhores que li ate hoje... Nao tenho mais o que dizer, to em lagrimas aqui e queria dizer so isso mesmo que essa web foi muiito perfeita... Beijos Feh

  • gabialves28 Postado em 04/10/2011 - 13:48:31

    Tô chorando litros aqui! Muito linda, perfeita, perfeitaa!

  • dulyuckervondy Postado em 03/10/2011 - 19:03:22

    aain Deus, to aqui chorando muito.. essa web foi perfeita do começo ao fim, uma história muito tocante.. é linda. vou ler sua web nova *-*

  • ThataDulcitah Postado em 03/10/2011 - 14:54:17

    Aki o link da nova web Taila, : http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=12793 Gente p/ qm quizer meu tt é: @Thata_Dulcitah

  • thailavondy Postado em 03/10/2011 - 14:33:44

    como não gostar da sua web? foi perfeita, foi linda agora os vondys tem uma estrelinha, um anjinho de sorriso bangela pra protege-los. NUNCA VOU CONSEGUIR ESQUECER DA MEG

  • thailavondy Postado em 03/10/2011 - 14:33:43

    como não gostar da sua web? foi perfeita, foi linda agora os vondys tem uma estrelinha, um anjinho de sorriso bangela pra protege-los. NUNCA VOU CONSEGUIR ESQUECER DA MEG

  • thailavondy Postado em 03/10/2011 - 14:33:40

    como não gostar da sua web? foi perfeita, foi linda agora os vondys tem uma estrelinha, um anjinho de sorriso bangela pra protege-los. NUNCA VOU CONSEGUIR ESQUECER DA MEG

  • thailavondy Postado em 03/10/2011 - 14:23:02

    posta sim e começa a outra ja por favor amore


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais