Fanfic: TILL THE END OF TIME | Tema: LALITER

No recreio, conseguimos por sorte sentar um do lado do outro. Estávamos na praça, o resto do pessoal tava batendo foto. Então a gente foi sentar num banco diferente, mas ainda perto deles. Mariana estava sentada como escorando um pouco do seu corpo no meu, e repousando a cabeça no meu ombro e queixo.

Peter: Mô, to com saudade –
Mari: Como me chamou? – olhou pra mim com ternura –
Peter: Mô! Meu amor – rimos os dois – Mas sério, quando vamos poder ficar sozinhos? Amanhã a Euge vai atrapalhar também.
Mari: Amanhã é sábado Peter! – olhou pra mim como se dissesse: acorda! -
Peter: Então, você não vai lá pra casa? – olhei pra ela com a mesma expressão -
Mari: Ah, é verdade – falou desanimando –
Peter: Eai?
Mari: Eai que vamos ter que esperar.
Peter: Mas assim eu não vou agüentar Mariana.
Mari: Eu acho uma boa! – ela olhou pra mim séria, mas com serenidade –
Peter: Não to entendendo!
Mari: Não sei, eu penso que seja bom, pra gente ter certeza do que sente, e também assim a gente vai chegar a saber o quanto realmente a gente se necessita – fiquei pensando no que ela disse. Fitando um pouco os arredores, avistamos Agus e Rochi dando os maiores amassos. A gente se enojou, eles tavam a vista de todo mundo, deviam sentir pelo menos um pouquinho de vergonha. Embaraçados, mudamos um pouco de posição, pra tentar mudar o ângulo da vista. Enquanto isso, falei pra quebrar um pouco o clima –

Peter: Eu hein, tem beijo que parece mordida!
Mari: Mas tem mordida que parece carinho – falou um pouco depois, rebatendo –
Peter: E tem carinho que parece briga – cruzei os braços, a desafiando –
Mari: Tem briga que aparece pra trazer sorriso – ela me olhou e ergueu a sobrancelha, como se dissesse: “eu tenho razão, desiste!” Mas ainda com toda sua ternura. Eu sou apaixonado pelo porte que Mariana tem, assim, de não se alterar ou se exaltar quando é contrariada, desse jeito tranquilão dela, de sempre ter essa classe, esse poder, essa elegância, misturado com a sua simplicidade indiscutível –
Peter: Mas tem sorriso que parece choro – continuei, com todo meu machismo –
Mari: E também tem choro que é por alegria – desisti. Fiz cara de desapontado e ela riu de mim. Impossível me conter com aquele sorriso –