Fanfic: Um pai perfeito (VONDY)[finalizada] | Tema: vondy

Dulce conteve-se para não dizer-lhe que estava per­dendo tempo. O Dr. Anderson estava furioso e irredu­tível. Christopher Uckermann transformara-se em prioridade para o hospital. A administração e o Dr. Anderson ha­viam lhe concedido tempo, um tempo considerável em termos terapêuticos, para recuperar-se da tragédia e voltar ao trabalho. Agora, estavam decididos a levá-lo, mesmo gritando e esperneando, de volta ao mundo dos vivos. Ele era valioso demais para ser posto de lado. Uckermann e seus dedos mágicos eram o trunfo que as finanças abaladas do Southeastern Illinois Memorial precisavam. A sorte grande. Um nome a ser re­cuperado. Por Dulce.

Havia muita coisa em jogo na recuperação daquele homem. A própria reputação dela. Por esse motivo, ela estava na casa dele.

Porém, era só por essa razão que ficava? Ela sabia que havia algo mais. Olhando nos olhos de Christopher Uckermann, Dulce ficara chocada. Lidando com todos os tipos de pacientes, aprendera a ler e a conhecer a alma de cada um deles. Vira medo e frustração, raiva e amargura, dor e desesperança. Porém, assustava-se com o olhar daquele homem. Lembrava-se do Christopher Uckermann que vira havia dois anos. Ele irradiava energia e alegria de viver. As pessoas comentavam isso. Mas, esse Uckermann, o novo Uckermann... Dulce não concluiu o pensamento. O velho Uckermann poderia ser perigoso, mas estava vivo.

Ela sabia porque o Dr. Anderson estava empenhado na recuperação de Ucker. Dulce também queria a volta do Dr. Uckermann seus dedos mágicos. Mesmo que ele se recusasse a cooperar com o tratamento, ela não poderia recuar.

-     Por que ficou tão calada, srta. Saviñón? Não me diga que está tentando achar uma saída gloriosa para nós dois!

Ucker virou o rosto. Notando os cabelos compridos dele, Dulce perguntou-se se o cumprimento dos cabelos tinha a ver com a falta de cuidados ou se era reflexo da rebeldia que o dominava. Sim, porque não tinha dúvidas de que Christopher uckermann era um rebelde e que exercia esse tipo de magia sobre seus pacientes.

Olhou para as mãos dele, para os dedos injuriados que haviam salvado muitas vidas, devolvido a espe­rança para muitas pessoas.

-     Nada no mundo me fará mudar de idéia, doutor.
Olhando-a de novo, ele declarou num tom assusta­doramente frio:

- Não vou ao hospital para o tratamento, por mais que me ameace, srta. Saviñón. Ninguém, nem você, nem Dan, vão tirar-me desta casa para expor-me à piedade dos outros. Eu respeito minha privacidade.