Fanfic: Perdidos de Paixão [Adp- AyA] ♥ | Tema: RBD/ AyA

—  Cale-se! Não percebe que me machuquei? - A voz de Alfonso mostrava-se cheia de fúria. Interrompeu-se quando uma ponta cortante rasgou-lhe a calça e cortou-lhe o traseiro.
Anahí perturbou-se com a ira de Alfonso.
—  Ora, vamos, Herrera! Não pode negar que é engraçado tudo isso. Desajeitada, ela ficou de pé.
— Alguém já falou que é uma feiticeira, Anahí Puente? — perguntou, sarcástico.
—  Não.
—  Bem, eu falei!
Anahí mordeu o lábio e examinou a situação de Alfonso com interesse. Por falar em déjavu, já não o vira nessa posição alguns dias antes? E por que justo agora que estavam se entendendo?
—  Você está bem? __ Anahí quis saber - Dê-me sua mão, vou ajudá-lo a se levantar.
—   Esqueça. Suma daqui! Vá embora antes que acabe me matando. - Alfonso tentou se levantar, mas não conseguiu. —   Santo Deus!
Tentou puxar o pedaço de madeira da nádega. Além de ter estirado o músculo, estava preso ao chão por um talo pontudo.
—  Busque alguém para me ajudar, Anahí. Alguém grande e forte. E não precisa voltar. Fique longe de mim!
Anahí correu até o celeiro mais próximo. Gostaria de ficar e discutir, mas Alfonso precisava de socorro urgente.
Em sua mente, podia vê-lo estirado sobre o balanço quebrado. Não pôde evitar o remorso e o desespero.

Christian e Christopher não paravam de rir quando Anahí veio mais tarde saber notícias sobre Alfonso. O médico viera outra vez naquela tarde. Pudera ouvir os grunhidos e imprecações de Alfonso durante a meia hora em que o doutor estivera em seu quarto.
Anahí se aproximou dos dois homens sentados no degrau da varanda desfrutando a noite quente com uma cerveja gelada.
— Ah, olá!
— Ei, Anahí! - Christopher a saudou. — Você também deve estar dolorida esta noite. Tem certeza de que está bem? Não se machucou esta tarde, não é?
—  Não, estou ótima. Como vai Alfonso? -Ela lembrou-se das palavras ásperas de Alfonso quando Christian o tirou dos destroços do balanço. Corou diante da recordação. — Pude ouvi-lo quando o médico esteve aqui. Como ele está?
— Tudo certo, Anahí, e não importa o que Alfonso tenha dito, a culpa não foi sua. Este lugar está caindo aos pedaços. O balanço da varanda tem sido um risco há anos. Alfonso devia saber. - Christian tomou um gole da garrafa, então mudou de assunto. — Diga, como
está nossa planta?
Anahí trabalhava na revisão das modificações da residência nova de Christian enquanto esperavam a chegada da equipe de operários para fazer a fundação.
— Estou terminando, Christian. Amanhã estará pronta. Hoje não consegui fazer muito depois do incidente. - Torceu o nariz e puxou pra baixo a bainha do short.
—  Não tenha pressa, Anahí. Demore o tempo que precisar. E não se preocupe com Alfonso. Meu irmão está ótimo.
— E por que o ouvi gemendo e xingando quando o médico esteve aqui? - Anahí ergueu o queixo.
Christopher gargalhou, e Christian procurou manter-se sério, ao explicar o delicado estado de Alfonso:
— Algumas farpas ficaram presas você sabe onde, e o doutor as removeu.
Anahí se encolheu.
— Agora, Alfonso não poderá cavalgar por uma semana. Nem sentar. É bom vê-lo, enfim, sentir na própria pele como a vida pode ser desconfortável. Até sua chegada, Anahí, nosso irmãozinho nunca tivera um acidente. -  Christopher sorriu.

Christian se juntou as risadas de Christopher, e Anahí sacudiu a cabeça, incrédula. Homens...
Pensou ter ouvido um ruído na janela de Alfonso. Mas não havia ninguém. Decerto ele já tinha ido dormir. O médico devia ter lhe dado algum tipo de analgésico.
—  Aceita uma cerveja Anahí?
—  O que disse? Perdoe- me, estava com o pensamento longe. - Ela olhou para Christopher, que estava à soleira esperando por uma resposta.
—  Uma cerveja, Anahí. Aceita uma? - Repetiu.
—   Ah, não, já vou me deitar. Obrigada.
Anahí desejou-lhes boa noite e seguiu até o trailer, sentindo que era observada por mais de dois Herrera.
Quando chegou, Anahí tornou a olhar para a janela de Alfonso. Lá estava sua silhueta contra a luz de fundo do quarto. Vestia apenas uma toalha ao redor dos quadris, o braço do tecido contrastando com o bronzeado. O peito coberto de pêlos, uma garrafa na mão. Ele a encarava.