Fanfic: Perdidos de Paixão [Adp- AyA] ♥ | Tema: RBD/ AyA

Se Anahí achasse que Alfonso poderia vê-la, teria se escondido. Em vez disso, porém, permaneceu em silêncio, observando.
“Nossa, como ele é belo! Exemplo magnífico de virilidade.”
Observou-o levar a cerveja aos lábios e tomar um gole. Alfonso saudou-a com a garrafa e fez um gesto de cabeça, virou-se e deixou a toalha cair.
Anahí suspirou, surpresa. Mesmo a distância, podia ver muito bem o traseiro musculoso antes que Alfonso desaparecesse na escuridão.
Ela ficou sentada, pensando, por um longo período. Quisera nunca ter posto os olhos naquele coubói. O que teria sido uma pena... Em sua cidade, ele seria considerado um espécime perfeito. Para Anahí, era apenas um problema e um destruidor de corações em potencial. Os homens sempre eram sinônimo de dor e mágoa.

Trabalhara muito para chegar ao topo da firma de arquitetura onde conhecera o noivo. Projetara prédios magníficos e premiados, e Rodrigo levara o crédito. Mas, por amor, Anahí deixara passar. Então, os pais de Rodrigo haviam feito chantagem para que a abandonasse. Achavam-na inferior ao filho. Dispuseram-se a comprar a firma se Rodrigo desmanchasse o compromisso. Ele nem hesitara, feliz por ser dono do próprio negócio. Descartara Anahí sem pensar duas vezes, e por causa do constrangimento entre os dois, despedira-a por um motivo técnico.
Depois de todos esses meses, a perda do emprego doía mais que o rompimento do noivado. Tivera de rastejar de volta à firma da família.

A noite estava quente para o mês de junho.
Anahí se virava de um lado para outro, o pensamento em Alfonso. Não o via fazia algum tempo.
Frustrada e zangada por não tirá-lo da cabeça, decidiu se acomodar do lado de fora e tomar uma bebida gelada em vez de lutar contra a insônia.
Trabalhara até tarde todas as noites dessa semana. Desenhara as primeiras plantas da casa de Christopher, e a construção de Christian já estava adiantada.
O ar era úmido e parado. Anahí percorreu o céu com o olhar em busca de sinais de uma tempestade. Perdera a previsão meteorológica do noticiário noturno, e agora era tarde. A única estação que conseguia pegar na televisão portátil tocava música aquele horário.
Despiu a camisola de algodão e se abanou com ela. Lembou-se de que tinha outra, mais fresca, e decidiu entrar e se trocar.
Vestiu um baby-doll de seda rosa, e saiu novamente do trailer. Agora podia sentir a brisa, e ouviu ao longe os primeiros trovões. A tempestade estava distante. Podia relaxar.
Sentou-se numa cadeira confortável e aspirou o ar fresco. Adormeceu e se viu nos braços de um homem forte e musculoso.
Nesse momento, Alfonso estava na janela do seu quarto, desfrutando da brisa deliciosa. O calor quase o enlouquecera, e jurou colocar um ar-condicionado em sua nova residência.
O pior era a proximidade daquela perigosa e sedutora mulher.
Alfonso a observava havia dias, apesar de saber que não devia. Adorava admirar sua figura curvilínea, o andar sensual. Desenvolvera uma obsessão por aqueles longos cachos loiros. Mas qual homem não teria a fantasia de se enrolar neles?
Alfonso a vira correndo todas as manhãs, como se estivesse em busca de algo.