Fanfic: Perdidos de Paixão [Adp- AyA] ♥ | Tema: RBD/ AyA

Numa tarde ele a vira vestida num maiô que mal cobria-lhe os seios fartos. Anahí se deitara ao sol e despertara a atenção dos operários. Um deles até assobiara, e Alfonso tivera vontade de descer e lhe acertar um soco.Alfonso a vira na parte traseira do trailer. Nua.
E agonizara diante daquele corpo perfeito. Nesse momento, sofria de um mal que só ela podia curar.
Deitado em sua cama, Alfonso rolou, deitando-se de barriga para baixo para conseguir uma posição mais cômoda. Os hormônios estavam no comando, e só o lembravam do que não podia ter.
Virou de um lado a outro até adormecer. Sonhou que tinha Anahí sob si, sem fôlego, incentivando-o com gemidos e sussurros. Alfonso mergulhava em sua carne quente, penetrando-a e levando-a ao clímax. Sentiu-se, enfim, relaxar, aliviado.

Alfonso acordou de repente, prestes a explodir, o travesseiro comprimindo seu abdome. Xingou baixinho e desejou que os hormônios lhe dessem uma trégua.
Um trovão fez a casa estremecer, e Alfonso saltou para o chão. O raio caíra tão próximo que pôde ver as faíscas junto à janela. A chuva tão esperada caía, torrencial.
O primeiro pensamento foi Anahí no velho trailer. Caminhou até a janela e espiou. Tudo parecia tranqüilo. Os relâmpagos exibiram o trailer ainda intacto, embora balançasse com as lufadas de vento.
Forçou-se a retornar à cama e deitar-se. A borrasca persistia, barulhenta, do lado de fora.

Na verdade, Alfonso apreciava a chuva forte, mas, como fazendeiro, precisava pensar nas vacas e bezerros à solta. Recordou de certa vez em que ajudara, junto com os irmãos, a reparar os estragos no celeiro de um vizinho, provocados por um raio. Todos os animais em seu interior haviam perecido. O fazendeiro perdera tudo. A vida fora destruída num único golpe.
A natureza era uma poderosa parceira, imprevisível e feroz, mas também podia ser gentil e generosa.
Resmungando, rendeu-se à preocupação sobre Anahí. Vestiu uma camisa de flanela e uma calça jeans e desceu a escada na ponta dos pés. Era estupidez Anahí ficar lá fora e arriscar-se tanto, à toa. Afinal, não se tratava de uma chuvinha, e aquele velho trailer estava caindo aos pedaços.
Por que os irmãos não haviam pensado nisso antes? Na certa, tinham assistido à previsão do tempo antes de ir dormir. Deviam tê-la convidado para passar a noite dentro de casa.
Esgueirou-se até a cozinha, à procura das botas de Christian.
Um relâmpago iluminou o cômodo.
Estava próximo à porta dos fundos quando notou uma sombra no sofá no canto da cozinha. Aproximou-se em silêncio e pôde ouvir soluços.
Ficou paralisado.
Mais um clarão e conseguiu vislumbrar uma figura encolhida sob a coberta. Ela tremia. Era pequena demais para ser um de seus irmãos. Os soluços femininos esclareceram tudo.
— Anahí? - Alfonso sussurrou, então recuou receoso.
Ela permaneceu imóvel, sem levantar a coberta da cabeça.
— Vá embora, Alfonso.
— Você está bem? - Era evidente que esse não era o caso.