Fanfic: Perdidos de Paixão [Adp- AyA] ♥ | Tema: RBD/ AyA

Anahí não disse nada. Nem quando ele a ergueu e a colocou no banco do passageiro.
Alfonso ligou o motor, colocou uma mão na direção e a outra na coxa de Anahí, e seguiu. Ela podia sentir um calor emanando de seu interior, e sabia que ele podia perceber o quanto estava excitada.

Alfonso precisava tê-la. Acabaria com aquele martírio, e ambos atingiriam o êxtase.
— Pare... pare a caminhonete - a voz de Anahí se fez ouvir, e Alfonso freou bruscamente.
Ela desceu do veículo mais rápido que um coelho assustado em fuga. Alfonso não entendeu até ouvi-la passando mal. Podia dizer adeus à noite de amor e paixão.
Bateu a palma na testa. Não devia ter se deixado levar pelas fantasias. Afinal, sempre que estavam juntos, o inesperado acontecia.
Alfonso foi até Anahí. Por mais que tivesse vontade, não poderia deixá-la assim no meio da estrada.
Anahí estava agachada no acostamento, o rosto transtornado. Alfonso se aproximou com cautela. Já estivera em situação semelhante e não queria ferir seus sentimentos.
— Está melhor? - ele perguntou.
— Sim...
Que situação! Estava pagando caro por sua altivez. Aquele era um constrangimento além da imaginação.
A noite toda fora um fiasco. Flertara com todos, atentara Alfonso e se deixara seduzir, e agora isso. Estava se tornando mestre na área de sedução! “Sim, Anahí Puente! Bem feito! Deixou-o excitado, e agora passa mal!”
— Venha. Vou levá-la para casa, Anahí. Estará melhor amanhã. - Ele a ergueu em seus braços fortes, mas Anahí começou a passar mal de novo. —Bem, acho que terei de fazer o mesmo que Christian faz comigo quando estou doente.
Alfonso a pegou no colo e assentou-a na carroceria da caminhonete. Entregou-lhe um balde e voltou à cabine.
Anahí esforçou-se para manter o equilíbrio. A estrada cheia de buracos a jogava de um lado a outro. Céus, como ele podia agir assim com ela? A náusea já era o bastante. Precisava puni-la dirigindo tão depressa?
O vento fazia seus cabelos chicotearem o rosto. Afastava-os quando viu a luz de dois faróis se aproximando. “É tudo que preciso... Esta dor de cabeça e todos sabendo que voltei pra casa na carroceria de Alfonso.”
Conseguiu cobrir-se com a lona.
Alfonso a espiou pelo espelho retrovisor. Ele a havia colocado na traseira para que não sujasse sua caminhonete nova. Mas não devia tê-lo feito, apesar de estar farto de Anahí Puente. O show no bar, depois os beijos no estacionamento, quase fizeram-no perder a cabeça.
Como podia ignorá-la se estavam sempre se metendo nessas situações? Não ligava mais para os irmãos. Não tinha intenção de se casar. Nunca. Eles podiam cair nessa armadilha, mas ele não.
Quando eles chegaram ao rancho, Anahí estava dormindo. Alfonso não sabia ao certo o que fazer dela. O melhor seria levá-la até o trailer e colocá-la na cama. Ou podia levá-la para casa. Ou deixá-la na caminhonete e não tocar na tentação. Essa parecia ser a melhor opção.
Admirou a lua brilhante no céu claro. Não estava frio, nem com jeito de chuva. Desviou o olhar para Anahí. Era meiga e feminina adormecida. Sentiu vontade de se deitar ao lado dela. Virou-se. Era melhor deixá-la onde estava.
Caminhou até a varanda de entrada, então voltou. Não conseguiria dormir se a deixasse ali na caminhonete. Levaria Anahí até o trailer e pronto.
Mais fácil dizer do que fazer.
Respirou fundo em busca de controle. Anahí era maravilhosa, sem dúvida. Os cabelos loiros esparramados no feno, a lua a realçar os finos traços do rosto... Alfonso ficou tenso diante das lembranças dos lábios carnudos e macios. Antes que o corpo se pronunciasse, tomou-a nos braços.
A coisa errada.
Ela pareceu se enrolar em seu colo e gemeu com candura. O som percorreu-o dos pés a cabeça.
Alfonso arregalou os olhos e saltou depressa do veículo. Atravessou o pátio com Anahí em seus braços.