Fanfic: Perdidos de Paixão [Adp- AyA] ♥ | Tema: RBD/ AyA

Christian havia optado por uma cozinha enorme, um pequeno escritório e jardim de inverno com banheira de hidromassagem. O ideal para o final de um dia de trabalho no campo. No andar superior, três dormitórios e mais uma suíte completa. A mulher que se casasse com Christian teria um lar maravilhoso, além de um homem bom.
Por que, ela refletiu, não podia se interessar por alguém como Christian? Ele tinha muitas qualidades, e decerto sabia como tratar uma mulher. Jamais a abandonaria quase no altar. Nem ficaria furioso por causa de um simples acidente. Nem provocaria um turbilhão de emoções e desejos, como seu irmão caçula, Alfonso.

Interrompeu a linha de pensamentos, chocada com o rumo que estava tomando. Sim, Alfonso fazia coisas maravilhosas com ela. Mas não se deixaria envolver. A última coisa de que precisava em sua vida era um caubói convencido e arrogante.
Com certeza, era lindo. Qual mulher não se renderia aos encantos físicos de Alfonso? Não era sua culpa ele ter aqueles olhos castanhos penetrantes. Nem um tórax largo e forte recoberto de pêlos escuros. E aquele perfume másculo... E os jeans moldados àquele corpo perfeito. As pernas musculosas, o caminhar seguro. Tudo nele era magnífico.
Por isso sonhava com Alfonso todas as noites. E as coisas que ele fazia em suas fantasias.
Nos sonhos, Alfonso era o marido ideal, que trazia flores do campo e massageava-lhe os pés e as costas no fim do dia. Partilhava um banho de espuma e depois a carregava no colo até a imensa cama de casal, onde faziam amor lenta e divinamente. Era o amigo, marido e amante.
Seria uma tola se acreditasse que um relacionamento podia ser assim. Era um devaneio, nada mais.
Os homens eram todos iguais, apaixonados num instante, indiferentes logo depois. O amor verdadeiro era lenda. Havia o desejo, o sexo, e o empenho para conseguir alguma coisa. E havia aquilo que sentira por Rodrigo: aquele em que só um se entregava, e o outro só se aproveitava. Jamais passaria por isso outra vez.
Estava livre, sem nenhum homem para controlá-la.
Anahí acomodou-se sob um pinheiro e desfrutou o sol.
Adorava a vida presente. Quem poderia pedir mais? O lugar era tão lindo e pacífico! E nem precisava se preocupar com mais nada. Logo, flutuava num sono leve e nos sonhos de Alfonso...
Ele vestia um smoking. Esperava por Anahí, os olhos cheios de volúpia. Anahí caminhou de braço dado com o pai para entregar-se a ele.
Alfonso virou-se para o padre e perguntou se podia prová-la antes de prosseguir. Então, removeu-lhe o longo vestido de noiva. Parecia não notar a presença dos convidados. E Anahí estava nua, só com o véu e as flores.

Anahí despertou, chocada com as primeiras gotas de chuva. Um trovão soou a distância. Ela sentiu-se e mergulhou a cabeça entre os joelhos. Céus, que pesadelo! Talvez fosse um aviso. Esfregou os olhos e se levantou.
Devia ser um aviso. Não se renderia aos encantos de Alfonso Herrera.
Montou na pequena égua e virou na direção do celeiro. Foi então que viu um cavaleiro se aproximando. Suspirou, aliviada, pois estava preocupada com a tempestade iminente.


Posto mais depois, claro, se tiver comentários! =D