Fanfic: Perdidos de Paixão [Adp- AyA] ♥ | Tema: RBD/ AyA

Anahí se surpreendeu ao reconhecê-lo. Mesmo com o chapéu abaixado, cobrindo-lhe parte
do rosto, foi fácil.
Ela gemeu. Deveria lutar? Apesar de tudo, seu corpo traidor teimava querer o que não podia ter.
A chuva aumentou, mas não foi esse o motivo de Anahí estar tremendo. Foi a sensualidade dele combinada a sua zanga. Ela não respondeu à pergunta.
Era uma imagem estonteante. Só quando Alfonso chegou mais perto, ela resolveu se manifestar:
—  O que disse? Eu cavalgava quando a chuva começou. Já estava voltando...
Antes de poder terminar a frase, uma lufada de vento os atingiu. O cavalo de Alfonso empinou, mas ele controlou o animal. Esticou o braço e agarrou a rédea da montaria de Anahí.
—  Há uma tempestade terrível vindo nesta direção. Não percebeu pelo céu?
Anahí olhou ao redor e engoliu em seco. O firmamento estava pior do que quando despertara.
Outro trovão soou, dessa vez mais próximo. Anahí dirigiu o olhar a Alfonso, sabendo que ele percebera seu temor.
— Distraí-me...
— Mulheres da cidade...Não sabe que pode se machucar? O que diríamos a seu irmão? - Sem falar no seu nervosismo quando chegou ao Blue Sky e não a encontrou.
— Venha. Precisamos ir andando antes que piore. Já está encharcada.
Alfonso tirou a camisa e a jogou sobre as costas de Anahí.
Ela admirou seu peito nu, os pêlos agitados pelo vento. Os músculos dos ombros tensos enquanto ele virava o cavalo na direção da casa.
—  Espere, Alfonso. Não preciso disto. Não deve ficar sem camisa. Pode pegar um resfriado.
—  Acredite-me mocinha, você precisa mais do que eu. Se tiver de olhar mais para seus seios, será bem pior. Agora, abotoe logo essa coisa e vamos.
—  Ora, que comentário infeliz.
— Não acredita em mim? - Alfonso a segurou pelo pescoco e a beijou com ferocidade.
Anahí gemeu quando ele lhe mordeu o lábio. Alfonso passou a língua para confortá-la.
“Santo Deus, o homem é letal!”
Anahí fechou os olhos. Os pensamentos racionais deram lugar ao sabor masculino. A chuva apertou, e os cavalos ficaram inquietos. Alfonso se afastou.
—Este é o momento...agora. - Ele tomou as rédeas de Anahí e a conduziu, atônita, até o celeiro.
Não havia como escapar. E, sendo sincera, nem queria.
Foi como se um raio a atingisse. Todos os circuitos ficaram confusos e foram queimados pela força do beijo dele. Alfonso tinha razão, era o momento.
Anahí o acompanhou com o olhar através da borrasca. Ele parecia sensual e selvagem, montado naquele cavalo.
Como podia resistir? Era a fantasia de toda mulher. Parecia um deus pagão.
De repente, ela sentiu-se confusa. Era sonho ou realidade? Tornou a olhá-lo. Era realidade. E naquele instante, Anahí viu que fora derrotada. Esqueceria os sonhos, as vozes e os avisos. Queria Alfonso Herrera.
E se ele não correspondesse a seus anseios? Por outro lado poderia tirá-lo da cabeça de vez. “Mas e se ele corresponder?”, uma voz irritante a incomodou.