Fanfic: Perdidos de Paixão [Adp- AyA] ♥ | Tema: RBD/ AyA

Ele olhou ansioso para os irmãos. Christian e Christopher bem que podiam dizer alguma coisa para ela ficar. Mas nem um dos dois se mexeu. Então, de um salto, Alfonso levantou-se.
—  Acompanharei você até o trailer - ofereceu-se.
Anahí franziu a testa.
— Posso atravessar o pátio sozinha. Não precisa se incomodar.
— Oh, não, será um prazer. Além disso, o piso é irregular, pode tropeçar e cair.
 Alfonso não se importava de bancar o bobo. Nem notou os olhares e risos velados dos irmãos.
Anahí o encarou, impaciente.
— Não há nada de errado com o piso. E, para ser franca, você é a última pessoa de quem quero ajuda. Está sempre sujeito a acidentes. -  Anahí virou-se para Christopher e Christian, desejou-lhes uma boa noite e saiu para a escuridão.
Alfonso sentiu-se um idiota. O que foi agravado pelas gargalhadas dos irmãos.
—  Ah, o amante perfeito enfim encontrou alguém que não está disposta a se jogar a seus pés! - Christopher enxugou as lágrimas do riso. —  Como é doce ver a queda dos poderosos! O melhor foi ter visto sua expressão quando ela o recusou.
—  Essa vai lhe dar trabalho, garotão - Christian brincou.  Pela primeira vez, não terá tudo à mão.
Christopher se dobrava de rir. Alfonso saiu pela porta dos fundos. Christian o seguiu e falou em tom suave:
—  Nem pense em magoá-la, Alfonso. Não vá atrás dela se não tiver boas intenções. Alex disse que Anahí está muito vulnerável.
Alfonso virou-se e o encarou, sarcástico.
—  Qual nada! Anahí é a mulher mais segura que já conheci. Viu como me trata? Como se não bastasse, toda vez que se aproxima de mim, passo a correr perigo mortal. - Alisou a testa.
Christian examinou a postura determinada do caçula.
—  Ela é vulnerável, eu insisto. Foi abandonada no altar há sete meses. Para completar, o sujeito comprou a firma em que trabalhava e a demitiu. Está começando a se recuperar agora. Não a magoe, Alfonso. Se gosta mesmo dela, vá com calma.

Anahí estava de pé junto às arvores em volta do local onde seria a casa de Christopher. Observava os operários com atenção, que terminavam de limpar a bagunça. Haviam acabado de aplicar a última camada de cimento da fundação.
Alfonso surgiu de repente, e ela se deu conta de que não o via fazia duas semanas. Tivera de conviver com o sentimento de culpa por tê-lo magoado no último encontro. A saudade era imensa.
Depois de falar com Christian e Christopher, soubera que Alfonso estava nas montanhas, nos limites da terras, consertando cercas e outros estragos causados pelas chuvas. Como sentira a ausência de sua beleza masculina e forte... O surgimento dele, assim, sem avisar, a agitou.
Devia ser sua imaginação, mas Alfonso parecia mais alto. Depois de tê-lo apreciado a contento, aproximou-se, disfarçando.
—  Olá, estranho, é bom tê-lo de volta.
Alfonso deu meia-volta. Fora pego de surpresa. Sentiu um aperto no peito. Toda vontade de evitá-la se anulou.
— Como tem passado, Anahí? Parece cansada.
—  Também parece cansado. Conseguiu terminar todo o trabalho? - Anahí não queria brigar. Não dessa vez.
— Sim, acabei tudo. Ah... - Ele hesitou ao contemplá-la. “Oh, céus, estou perdido. Esses lábios...” Prendeu a respiração ao perceber a faísca de desejo nos olhos de Anahí, que logo desapareceu, deixando-o confuso. Virou-se na direção da obra.
—  Produziu bastante na minha ausência, Anahí.
— Sim. - Ela se sentiu desapontada com a reação dele. Como pudera desperdiçar tantos dias pensando naquele homem intratável? Será que nunca aprenderia?
Alfonso percebeu a mudança. Passara de amável a indiferente. Não queria vê-la recuar agora.
— Senti sua falta, minha feiticeira. - Ele pousou a mão em sua nuca e a puxou, beijando-a de maneira possessiva.
Alfonso sabia, que apesar de ter negado, estava apaixonado. Voltar a beijá-la despertara emoções profundas. Anahí era doce como o pecado, o mel, as manhãs nas montanhas e ... amor?
Ele se afastou e a contemplou. Aquela era a última mulher a quem devia... Deus, não podia nem pensar na palavra. Não podia ser verdade!
Alfonso sacudiu a cabeça, o rosto transparecendo desespero.